Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
quinta-feira, janeiro 21, 2016
sábado, janeiro 16, 2016
Luis Fernando Veríssimo e o Encouraçado Butikin
Nos anos sessenta a casa noturna Encouraçado Butikin, na avenida Independência, era o ponto mais chique e badalado de Porto Alegre, frequentado por artistas, empresários, políticos e esportistas. Em junho de 1972 o jornalista e escritor Luiz Fernando Veríssimo - que, com trinta e poucos anos, ainda não despontara para a fama e trabalhava no jornal Zero Hora - comentou o fechamento do local.
segunda-feira, janeiro 11, 2016
sexta-feira, janeiro 08, 2016
16 dias em Buenos Aires e Montevidéu
No final dos anos quarenta o intercâmbio entre Porto Alegre e as capitais do Prata - Buenos Aires e Montevidéu - era mais intenso do que nos dias atuais, e frequentes excursões turísticas ou de compras se dirigiam para as duas importantes cidades da Argentina e Uruguai. A empresa Exprinter, que funcionava na Rua da Praia, era então a maior do ramo turístico e de câmbio, anunciando seguidamente nos jornais a sua programação, como vemos neste anúncio publicado no Correio do Povo, em janeiro de 1947.
quinta-feira, janeiro 07, 2016
10001 Noites, a boate que marcou época em Porto Alegre
A "boite" mil e uma noites marcou época em Porto Alegre, nos anos 40 e 50. Localizada, segundo dizem, na Vila Assunção, na Zona Sul, era local de importantes espetáculos e apresentações de grandes cantores que vinham do eixo Rio-São Paulo. Nesta publicidade, publicada no Correio do Povo, em 1949, vemos o anúncio dos shows de Dorival Caymmi e da dupla Jararaca e Ratinho.
segunda-feira, janeiro 04, 2016
De Porto Alegre para Curitiba em apenas um dia e meio
Que modernidade - uma viagem de Porto Alegre a Curitiba em apenas um dia e meio, graças às melhorias nas estradas... Pois é, era assim em 1945, quando não havia estradas asfaltadas em parte alguma do Brasil e fazer tais percursos por terra tinha um ar heroico para os corajosos passageiros que não optavam por viagens aéreas, ferroviárias ou marítimas. Na propaganda do CP, do ano de 1945, a empresa Expresso Flexa de Ouro anunciava seu ônibus (na verdade menos do que os atuais micro-ônibus) que saía da capital gaúcha rumo à capital paranaense, passando por São Leopoldo, Caxias do Sul, Antonio Prado, Vacaria, Lages, Rio do Sul, Blumenau, Joinvile e finalmente Curitiba. Note-se que esse trajeto é hoje a BR 116 - a 101, pelo litoral, demoraria mais algumas décadas para surgir de fato.
No tempo em que havia uma profissão chamada "telefonista"
Muitos nem imaginam, mas já existiu uma época em que havia um tipo de profissão hoje impensável - a de telefonista, quase sempre exercido por uma mulher, em uma época em que a discagem direta e mesmo a posse e uso de telefones eram coisas quase raras. Em 1975, portanto há 40 anos, somente a cidade de Porto Alegre contava com mais de 300 dessas profissionais, de cuja eficiência dependiam muitos relacionamentos e negócios. Tempos em que se utilizava orelhões com fichas e quem tinha um telefone fixo o declarava no imposto de renda como "bem". Os tempos passaram, as telefonistas se aposentaram ou deixaram de existir e as comunicações se banalizaram tanto que ninguém com menos de 30 anos imagina a dificuldade que era conseguir uma "linha" naqueles remotos anos setenta. A reprodução acima é do Correio do Povo, em homenagem ao Dia da Telefonista - 29 de junho.
domingo, janeiro 03, 2016
Há 65 anos surgia o primeiro Dia dos Namorados em Porto Alegre
Quando surgiu a comemoração do Dia dos Namorados, hoje uma das datas mais representativas do comércio no Brasil? Pois o 12 de Junho, ao contrário do que alguns pensam, não é tão antigo assim, e surgiu como algo importados dos países do chamado Primeiro Mundo. Pesquisando nos arquivos do Correio do Povo, o Conselheiro X descobriu que tal evento teve sua primeira edição no dia 12 de Junho de 1950 - portanto, fará 66 anos neste 2016 - graças, sobretudo, ao apoio da então poderosa Companhia Jornalística Caldas Júnior, de Breno Caldas. Em sintonia com o comércio porto-alegrense, os jornais da empresa promoveram uma campanha para implantar a data, certamente seguindo o exemplo de São Paulo.
sábado, janeiro 02, 2016
sexta-feira, janeiro 01, 2016
O inesquecível verão de 1980 nas praias brasileiras.
O verão de 1980 foi inesquecível para quem viveu aquela época. Foi o verão da anistia, da volta dos exilados, do jornalista Fernando Gabeira desfilando sua tanga de croché pelas praias brasileiras e foi também o veraneio do desbunde, em que se ansiava, mais do que nunca, pela liberdade. Naquele início de janeiro, há 36 anos, estas moças caminhavam pelas areias do litoral gaúcho, exibindo belos corpos, fotografados pelas lentes de um fotojornalista do Correio do Povo. Como será que estão mais de três décadas depois?
segunda-feira, dezembro 14, 2015
segunda-feira, novembro 30, 2015
Saudades da velha Casa Guaspari, no centro de Porto Alegre
Quem lembra da Porto Alegre de um tempo atrás - aliás, nem tanto tempo assim - recorda com saudade da Casa Guaspari, na Borges de Medeiros com a praça Quinze, em um prédio alto onde se encontrava uma grande variedade de produtos de qualidade, sobretudo vestuário. Um dos símbolos da capital gaúcha dos seus tempos mais charmosos e tranquilos, a Guaspari vestiu, durante décadas, homens, mulheres e crianças, até fechar as portas e seu edifício se transformar em uma dezenas de lojas comerciais populares. Neste anúncio publicado na Revista do Globo, em 1935, aparece o prédio original, que depois deu lugar ao "portentoso arranha-céu" dos anos finais. Bons tempos de uma Cidade Sorriso que já não é mais tão sorridente assim, dominada pela violência, mendicância e caos no trânsito.
quarta-feira, novembro 18, 2015
Os primeiros garis mulheres somente foram contratadas em 1975
Se hoje, conforme se vê, as mulheres ocupam praticamente todos os espaços profissionais (embora geralmente ganhem menos que os homens), há apenas quatro décadas a situação era muito diferente - para pior, é claro. A década de setenta - importantíssima para a luta da chamada "emancipação" feminina - representou um avanço importante na questão da igualdade de direitos. O ano de 1975, declarado pela UNESCO o Ano Internacional da Mulher, assistiu as primeiras mulheres contratadas como garis, realizando serviços de limpeza das ruas de cidades gaúchas - algo que, por seu ineditismo, gerou matérias nos jornais da época. E havia apenas três anos - mais exatamente em 1972 - a primeira motorista mulheres de ônibus de passageiros era admitida, em São Paulo, merecendo igualmente destaque nos noticiários. Outros tempos, como se vê, e nem tão distantes assim.
terça-feira, novembro 17, 2015
A espantosa potência da Rádio Farroupilha, inaugurada em 1935
A Rádio Farroupilha, a terceira emissora mais antiga do Rio Grande do Sul, foi oficialmente inaugurada em julho de 1935, com um show ao vivo de Carmen Miranda (ao lado de Mário Reis), que, grande nome da música brasileira, ainda não havia ido para os Estados Unidos e se consagrado como estrela internacional. Com uma espantosa potência de 50 quilovates na base, a Farroupilha - propriedade, entre outros, do então presidente do Estado, o general Flores da Cunha - era capaz de chegar aos mais remotos recantos do Brasil e da América do Sul, como se vê nesta reprodução de um anúncio da emissora publicado no Correio do Povo, exatamente naquele ano dos estrondosos festejos do centenário da Revolução Farroupilha, evento que mobilizou Porto Alegre e o Estado durante meses.
A Assembleia Legislativa gaúcha, ainda inacabada, 50 anos atrás.
Em novembro de 1965 - portanto, meio século atrás - o edifício da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul ainda não havia sido concluído, em substituição ao velho casarão onde a "casa do Povo" funcionava anteriormente. Imponente, quase junto ao Palácio Piratini, na área mais central de Porto Alegre, a Assembleia gaúcha demoraria ainda mais de um ano para ter o aproveitamento parcial da construção que consumiu muito dinheiro e causou muito transtorno à região central da cidade. Naquela época Porto Alegre tinha cerca de 800 mil habitantes, o governador nomeado era Walter Perracchi Barcelos,e o País vivia ainda o início da chamada Revolução de Março - o golpe militar que derrubou João Goulart do comando da nação. O presidente, Castelo Branco, havia cassado direitos políticos de centenas de pessoas, mas ainda havia esperança de que o movimento militar deflagrado em 64 fizesse o Brasil retomar o curso da democracia - o que, como se sabe, não aconteceu. A reprodução é do jornal Correio do Povo, coleção do Arquivo Histórico Moyses Vellinho.
quinta-feira, novembro 12, 2015
O Grêmio é tetracampeão gaúcho de futebol
Em 1960, o Grêmio Porto-Alegrense sagrou-se tetracampeão estadual do Rio Grande do Sul, referente ao ano de 1959, ao vencer a equipe do Farroupilha, o ex-Regimento, de Pelotas, por 3 a 2. Naquele tempo, pelas dificuldades naturais de locomoção, o certame gaúcho era dividido em regiões, com um quadrangular na final. O tricolor contava com nomes legendários, como Ortunho, Airton e Juarez. Note-se que o jogo final aconteceu em 15 de maio de 1960, anacronismo que hoje soaria absurdo. Os times de Pelotas - então a segunda maior e mais importante cidade do Estado - eram tradicionais, fortes e davam muito trabalho à dupla Grenal. O Grêmio ainda seria campeão de 1960, vencendo o Pelotas, perdendo o título de 1961 para o Internacional, retomando-o no ano seguinte, assim seguindo até 1968, quando foi heptacampeão do Rio Grande do Sul, uma época de glórias para a torcida que comparecia em peso ao Estádio Olímpico.
domingo, novembro 08, 2015
Pedro Carneiro Pereira, histórico narrador da Guaíba, em julho de 1968
Em 1968 a Companhia Jornalística Caldas Júnior, com seus veículos líderes - Correio do Povo e Rádio Guaíba - virtualmente detinha o controle da opinião pública gaúcha, graças à incrível penetração da emissora e do jornal, esta último então o maior da região sul do Brasil. A Guaíba, com seu padrão elegante e sua grande potência e credibilidade, ditava as regras do bom gosto em rádio e contava com os melhores profissionais também no esporte. Era o caso do narrador Pedro Carneiro Pereira, o maior nome das transmissões futebolísticas da rádio de Breno Caldas. Além de radialista, Pedro tinha também o hobby de pilotar carros de corrida, o que lhe foi fatal no domingo, 21 de outubro de 1973, quando veio a falecer devido a um terrível acidente no autódromo de Tarumã, recentemente inaugurado. Ele tinha 35 anos e deixava mulher e filhos. Nesta reprodução do Correio, de 1968, Carneiro é notícia pela Copa do Mundo do México, que se avizinhava e a qual ele transmitiria diretamente pela Caldas Júnior.
sábado, outubro 31, 2015
Grêmio conquista o pentacampeonato, em 1960
Em 1960 o Grêmio porto-alegrense, com um time memorável comandado por Osvaldo Rolla, o "Foguinho", sagrava-se penta campeão gaúcho, em uma época em que tal campeonato tinha um enorme peso esportivo. A reprodução é da Revista do Globo, acervo do Arquivo Histórico Moyses Vellinho, da prefeitura de Porto Alegre.
Cordeiro de Farias navegando nas proximidades da Renner, em 1941
Nestes dias em que as chuvas, e a consequente possibilidade de novas enchentes, atormentam Porto Alegre e região metropolitana, nunca é demais lembrar que tal flagelo - as cheias do Guaíba - são um dilema que remonta aos primórdios da colonização da cidade e que tiveram seu ápice na primeira metade do século 20, quando as inundações desalojavam dezenas de milhares de pessoas e se constituíam no principal problema para a população e a economia porto-alegrense. Nestas reproduções, vê, em primeiro, a matéria do Correio do Povo de 1937 (um ano antes ocorrera uma cheia extraordinária) cujo título "infelicidade que não tem fim" bem representa a gravidade do problema. Na segunda foto, da Revista do Globo, aparece o Interventor Federal (governador nomeado), Osvaldo Cordeiro de Farias, em visita à fábrica da Renner, então o maior estabelecimento industrial do Estado. A Renner, em maio de 1941, durante a histórica cheia, ficou com quase dois metros de água em seus interiores e teve grande parte das partidas de lã destruídas.
sexta-feira, outubro 30, 2015
Lupicínio Rodrigues, um dos vencedores do concurso de músicas carnavalescas de 1941
O carnaval de 1941 foi o mais animado dos últimos dez anos em Porto Alegre, e poucos imaginariam que, poucos meses depois, a cidade e o Estado sofreriam a terrível calamidade da grande enchente de maio. Em uma capital de cerca de 300 mil habitantes, com a elegante rua da Praia pontificando, músicos como Lupicínio Rodrigues, que não completara 27 anos (mas já era um nome reconhecido no País) participaram do concurso de músicas carnavalescas promovido pela prefeitura comandada por Loureiro da Silva (hoje considerado o melhor chefe do executivo municipal em todos os tempos), e que encerrava as comemorações do bicentenário da cidade, uma "forçação de barra" de Loureiro, que organizara os grandes festejos de 1940, bem ao estilo ufanista do Estado Novo. Na verdade o prefeito - descendente direto de Jerônimo de Ornellas, o povoador de Porto Alegre dos Casais - se baseara em um documento antigo para fazer retroagir a data primeira da capital gaúcha. A reprodução é do jornal Correio do Povo. Note-se que, naquela época, o auditório Araújo Vianna ficava em frente ao Palácio do governo estadual e era um anfiteatro não coberto.
quinta-feira, outubro 29, 2015
Norberto Jung vence o Circuito Farroupilha, em 1935
O Rio Grande do Sul, ao lado de São Paulo, foi, na primeira metade do século passado, o Estado líder no automobilismo de corridas no Brasil. Circuitos, como o Cristal e Zona Sul, mobilizavam dezenas de "ases do volante", nomes como Catarino Andreatta, Júlio Andreatta, Belmiro Guedes e Norberto Jung, entre outros. Em 1935, por ocasião dos festejos do centenário da Revolução Farroupilha, Porto Alegre transformou-se com a grandiosa exposição montada na Redenção, totalmente remodelada para os eventos, disputas e solenidades. Inúmeras competições esportivas, em todas as áreas, mobilizaram a cidade. Entre elas estava o Circuito Farroupilha, vencido por Norberto Jung, como se vê nestas reproduções da Revista do Globo de novembro 1935 pertencentes ao acervo do Arquivo Histórico Moysés Vellinho, da Prefeitura de Porto Alegre. Note-se os carros e, sobretudo, os equipamentos de segurança - na verdade apenas um capacete de couro que de nada protegia. Jung, na última foto, é festejado pela vitória, com um cigarrinho na boca.
segunda-feira, outubro 26, 2015
O "bafo tumular" da Borregaard, agora chamada de Riocell
Olfativamente Porto Alegre, sem exagero, pode ser dividida em duas ou três épocas: antes, durante e depois da Borreegard-Riocell, empresa de celulose de origem norueguesa que se instalou no município de Guaíba durante o regime militar, aproveitando-se dos incentivos fiscais e até financiamento governamental. Logo a gigante nórdica mostrou que não viera ao Rio Grande do Sul para "promover o desenvolvimento", como apregoava a sua propaganda. Cínica, sem dar a mínima para população, hostilizada pela imprensa, a Borregard empestou durante anos os ares de Porto Alegre e região metropolitana, não contando a poluição nas águas do Guaíba. Sem usar aqui os equipamentos anti-poluentes que se via obrigada a utilizar em países de Primeiro Mundo, despertou a ira da população e solidificou o movimento ecológico que então nascia, liderado pela Agapan - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, ainda hoje existente. Nesta matéria do Correio do Povo, de 1978, na época de Breno Caldas, seu proprietário (hoje é da Igreja Universal) vê-se o ódio que despertava. Mais tarde assumindo o nome de Riocell e presidida por um general, obrigou-se a instalar os equipamentos necessários para não exalar o seu "bafo tumular.
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