Nas eleições parlamentares de 15 de novembro de 1978, quando o Brasil vivia o regime militar e não havia eleições direitas para prefeito em nenhuma capital (embora houvesse para vereadores), o jovem político Esperidião Amim, da Aliança Renovadora Nacional, ARENA, partido que dava sustentação ao regime, elegia-se para uma vaga na Câmara Federal, em Brasilia. Amim - que já havia sido prefeito indicado de Florianópolis, com vinte e poucos anos - fez a maior votação entre os candidatos do Estado catarinense. Note-se que ele - hoje com sua reluzente careca - tinha, na época, não só cabelos como ostentava uma bem feita barba. A reprodução é do Correio do Povo.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sábado, abril 16, 2016
Ray Charles em única apresentação em Porto Alegre: 1978
Porto Alegre, há décadas, é a terceira mais importante capital para shows de grande magnitude, eventos protagonizados por astros internacionais de indiscutível renome. Beneficiando-se de ter um público cativo para tais espetáculos, além de bons locais de apresentação, a cidade sempre atraiu superstars da constelação internacional da música. Foi, por exemplo, o que aconteceu com Ray Charles, no final do ano de 1978. quando o astro negro norte-americano fez uma única apresentação no ginásio do Internacional, o Gigantinho, acompanhado da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. A reprodução é do Correio do Povo.
sexta-feira, abril 15, 2016
Há 60 anos a gaúcha-catarinense Maria José sagrava-se Miss Brasil 1956
No próximo mês de junho fazem exatamente 60 anos que Maria José Cardoso - então uma jovem, moradora do bairro Petrópolis (rua Vicente da Fontoura), em Porto Alegre, e estudante do Instituto de Belas Artes - sagrava-se Miss Brasil 1956. Em uma época em que tais concursos muito representavam em importância, imaginário e status social, Zezé, como era chamada, foi escolhida a mais bela brasileira no evento realizado no famoso Hotel Quitandinha, em Petrópolis, no Estado do Rio - certame, aliás, que seria marcado por uma certa desorganização. Com um rosto à lá Ava Gardner, Maria José na verdade nem era gaúcha de nascimento, e sim catarinense da não menos bela cidade litorânea de São Francisco do Sul. Ela - que muitos diziam ser tímida, o que talvez comprometesse o seu desempenho na passarela - ficou entre as quinze semifinalistas no Miss Universo daquele ano, vencido por uma candidata dos Estados Unidos. No Rio Grande do Sul, Zezé foi alvo de uma série de homenagens oficiais. As reproduções são da Revista do Globo.
quarta-feira, abril 13, 2016
Inezita Barroso em Porto Alegre, 60 anos atrás
A Revista do Globo - fundada em Porto Alegre em 1929 e encerrada no verão de 1967 - marcou época no Rio Grande do Sul como uma das mais importantes publicações de imprensa. Quinzenal, editada pela Livraria e Editora do Globo, a revista teve capas com importantes personalidades nacionais, especialmente na área artística. Em 1956 - portanto, seis décadas atrás - quem estampava a capa era a jovem Inezita Barroso, então com 31 anos, e já respeitada como folclorista, compositora e cantora. Inezita esteve em Porto Alegre, onde hospedou-se na casa do também folclorista Paixão Cortes - uma legenda da história gaúcha e que hoje vive no balneário de Cidreira.
segunda-feira, abril 11, 2016
Vera Fischer, a "Verinha", parte para Miami como a Miss Brasil 1969
Em 1969, na época em que o mundo comentava a viagem da Apolo 11 que levou pela primeira vez homens a Lua - a catarinense de Blumenau Vera Lúcia Fischer, de 18 anos, era notícia por ser a miss Brasil que iria embarcar como representante do nosso país no concurso Miss Universo a acontecer dali a alguns dias, em Miami, nos Estados Unidos. Naquele complicado ano, de fechamento político, guerrilha e repressão, a "loirinha catarinense" estava apenas iniciando a sua agitada vida de celebridade, modelo, socialite, atriz de pornochanchadas, vip escandalosa envolvida com drogas e, finalmente, atriz respeitada de filmes e novelas. Hoje com 61 anos, mãe de dois filhos, é uma senhora ainda com certa beleza, porém de formas bem mais roliças do que as exibia quando era apenas a "Verinha" da charmosa e bela terra do chope, da salsinha e do chucrute.
sábado, abril 02, 2016
Os vampiros que existiam no Rio Grande do Sul nos anos setenta e oitenta
Quem quer que tenha nascido no interior do Rio Grande do Sul ou de outros Estados vizinhos sempre ouviu falar nas histórias dos "tiradores de sangue", espécies de vampiros que atacavam as crianças indefesas, geralmente a caminho da escola, e retiravam-lhes com seringa o sangue à força, ou depois de dopadas. Tais relatos - que muitos interpretavam como lendas rurais, inverossímeis até - de fato aconteceram e foram narrados pelos jornais da época, como nesta reprodução do Correio do Povo, de Porto Alegre, em abril de 1980. Naquela época ainda se comercializava sangue no Brasil e não havia uma política de saúde eficaz nesse sentido, o que tornava o comércio e o tráfico - geralmente com o plasma enviado para os Estados Unidos e Europa - algo muito rentável. Curiosamente, não se tem notícia de que nenhum de tais "vampiros" tivesse sido preso, o que certamente contribuiu para dar aos fatos verídicos um tom de lenda ou de histórias que os pais contam para disciplinar e amedrontar as crianças.
domingo, março 20, 2016
Jô Soares na volta do Teatro Presidente, em 1974
No final de 1974 - portanto, 50 anos atrás - o humorista, ator, teatrólogo e escritor Jô Soares vinha novamente a Porto Alegre, e tal fato, desta vez, tinha uma importância peculiar para a capital gaúcha: depois de anos funcionando apenas como cinema, o teatro Presidente voltava a ser uma casa de espetáculos cênicos. Localizado na avenida Presidente Roosevelt, o Presidente foi um dos teatros mais importantes de Porto Alegre, bem como um cinema que exibia filmes de qualidade. Mas a evolução e a mudança dos costumes, bem como a violência urbana, acabaram por fechar o local. Na época o humorista - já falecido - tinha apenas 36 mas já era famoso por seus trabalhos na televisão e no cinema, principalmente. A reprodução é do Correio do Povo.
quinta-feira, março 17, 2016
Estados Unidos rompe relações diplomáticas com Cuba: janeiro de 1961
Neste ano de 20016 os Estados Unidos e Cuba estão prestes a normalizar suas relações, inclusive com o fim do bloqueio econômico que existe em relação à ilha por parte do seu poderoso vizinho do norte. Isso acontece 55 anos depois que os EUA, no dia 3 de janeiro de 1961, uma terça-feira, romperam relações diplomáticas com o regime de Fidel Castro, que havia chegado ao poder ao término de uma longa revolução, dois anos antes. As relações entre os dois países eram tensas, e o fato de Castro acusar a embaixada americana de ser um ninho de espiões (o que provavelmente era verdadeiro) na verdade não era a razão e sim um pretexto para o então presidente Eisehower (que, em fim de mandato, entregaria o comando da nação em fevereiro ao jovem John Kennedy) decretar a medida radical. Alguns meses depois, já com Kennedy no comando, aconteceria a famosa e mal sucedida invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, e no ano seguinte a terrível crise dos mísseis, quando o mundo esteve, como nunca, às portas de uma guerra nuclear entre as superpotências - Estados Unidos e União Soviética, que apoiava o regime cubano.
segunda-feira, março 14, 2016
Bebeto Alves e Léo Ferlauto em novo show: novembro de 1976.
Bebeto Alves, 61 anos, é hoje um músico muito conhecido do cenário musical gaúcho, e Leo Ferlauto uma referência na área de arranjos e percussão. Em 1976 - portanto, há 40 anos - os dois eram jovens (Bebeto mal havia completado 22 anos) e estreavam, naquele mês de novembro, um novo espetáculo no teatro da Escola de Artes, em Porto Alegre. O show teria duas únicas apresentações, noticiou o Correio do Povo, conforme a reprodução acima.
quarta-feira, março 09, 2016
O jovem Emerson Fittipaldi é considerado o sucessor de Fangio: 1970
Em julho de 1970 o jovem corredor Emerson Fittipaldi, de apenas 23 anos, chamava a atenção do mundo da Fórmula 1 por suas incríveis qualidades de automobilista, provadas na Inglaterra, onde fora campeão de Fórmula-3 e onde já era considerado o sucessor do grande Jimmy Clark. Ou, até mais, o herdeiro de nada menos do que o pentacampeão mundial de automobilismo, o lendário argentino Juan Manoel Fangio. Nesta matéria do Correio do Povo, noticia-se que Emerson - que chegara à Europa apenas um anos antes, em 1969 - entraria agora para a elite do automobilismo mundial. Dito e feito: em 1972 o paulista Emerson seria campeão mundial de Fórmula 1 aos 25 anos, pela equipe Lotes, e bicampeão dois anos depois. Lenda de tal esporte, ele hoje tem 69 anos e continua em plena forma.
terça-feira, março 08, 2016
Hippies só pedem que os deixem trabalhar e viver em paz...
É, a vida não era mesmo fácil para os hippies naqueles inícios dos anos setenta. Considerados sujos, drogados, vadios e permissivos, eles - naqueles tempos de repressão política e também de costumes - passavam duras penas para fazer o que hoje se vê em qualquer esquina ou qualquer praia. Nesta matéria, reproduzida do Correio do Povo, um grupo de hippies de Nova Friburgo, na zona serrana do Estado do Rio, perseguidos e humilhados pela polícia, só pedem que os deixem trabalhar e viver em paz, como qualquer cidadão brasileira.
Palmatória para castigar moça que usava mini-saia: 1970
A mini-saia, quando surgiu, causou escândalos e trouxe sérios problemas às mulheres que ousavam adotar essa nova moda surgida na Inglaterra e que depois se espalhou pelo mundo, na onda dos movimentos feministas e libertários daqueles anos sessenta. Contraditoriamente, muitos países - incluindo o Brasil - viviam regimes políticos fechados e repressivos, o que satanizava ainda mais o costume generoso de mostrar as pernas, bonitas ou não. Em julho de 1970, quando os militares e a guerrilha de esquerda se digladiavam, com assassinatos, torturas, sequestros de aviões, assaltos a bancos - tudo isso em meio à euforia pela conquista do tricampeonato mundial de seleções, no México - acontecia coisas como a noticiada acima, pelo jornal Correio do Povo, de Porto Alegre: em Ipira, no interior da Bahia, um sargento da PM aplicou palmatória em uma moça de 25 anos, simplesmente pelo fato de usar a diminuta peça. "Quem usa roupa de deixar as pernas de fora é mulher de vida fácil", justificou a "autoridade".
quarta-feira, março 02, 2016
Yolanda e Yeda, os ipsilones da beleza da mulher gaúcha
O Rio Grande do Sul sempre foi reconhecido pela beleza das suas mulheres, o que também se refletiu nos títulos de Miss Brasil - o Estado é o que mais tem - e pelo fato de ter duas misses Universo: em 1930, nos primórdios, feito por votação popular através de cupons de jornal, foi eleita a pelotense Yolanda Pereira. Em 1963, finalmente, a beleza da porto-alegrense (moradora do bairro Petrópolis) Yeda Maria Vargas venceu o concurso mais importante da beleza mundial. Ieda é hoje uma tranquila senhora, que certamente recorda com carinho e saudades tudo o que viveu e as imensas homenagens que recebeu em todas as partes do Rio Grande e do Brasil. Nesta reprodução, vemos Yolanda e Yeda, em fotos publicadas na Revista do Globo, em 1963.
Grêmio tornou-se campeão do mundo jogando de madrugada
O Grêmio tornou-se campeão do mundo de clubes de futebol na madrugada dos dias 10 para 11 de dezembro de 1983 - um sábado e domingo. O jogo contra o Hamburgo, da Alemanha, iniciou à meia-noite e terminou com a vitória gremista por 2 a 1 e um título inédito para o Rio Grande do Sul. Naquele sábado, o jornal Correio do Povo publicou um chamamento para a partida, dizendo que o tricolor era o Brasil no outro lado do mundo. Mais tarde, no final de dezembro, uma delegação tricolor, encabeçada por Fábio Koff, foi a Brasília, exibir a taça ao então presidente, o general João Batista Figueiredo, o último dirigente do ciclo militar.
terça-feira, março 01, 2016
Inferno na Torre estreia em Porto Alegre: novembro de 1976
Os anos setenta foram pródigos em grandes tragédias, incluindo o incêndio do edifício Joelma, em fevereiro de 1974, no centro de São Paulo, sinistro que deixou quase 200 mortos e cenas de indescritível horror. No cinema, a década de setenta também se notabilizou por "filmes-catástrofe", como o Destino de Poseidon, Tubarão e Inferno na Torre, entre outros, Este último - a história de um incêndio no octagésimo terceiro andar do maior edifício do mundo, no dia da sua inauguração - estreou em Porto Alegre no dia 7 de novembro de 1975, atraindo grande público - a exibição inicial se deu no Cine Astor, que não mais existe. Curiosamente - ou nem tanto - seis meses depois, em 27 de abril de 1976 - acontecia na Capital gaúcha uma tragédia até hoje lembrada e que praticamente parou a cidade: o incêndio do prédio das Lojas Renner, no centro, com 41 mortos oficiais e dezenas de feridos, além de alguns desaparecidos que jamais apareceram. Nesta reprodução vamos o anúncio do filme, publicado no Correio do Povo, de Porto Alegre.
sexta-feira, fevereiro 26, 2016
Aos 28 anos, Esperidião Amim já era prefeito de Floripa e, pasmem, tinha cabelos
O ex-prefeito de Florianópolis e ex-governador de Santa Catarina, Esperidião Amim, sempre foi conhecido por sua careca reluzente - tão vistosa que alguns, chistosamente, diziam ser postiça, apenas para destacá-lo e chamar a atenção do eleitorado. Mas Amim, há quarenta anos atrás, tinha, sim, cabelos, e até uma cerrada barba, como se vê nesta foto publicada no jornal Correio do Povo de Porto Alegre, através de sua sucursal na capital catarinense. Na época Esperidião, que ainda não completara 28 anos, era o jovem prefeito de Floripa, uma pacata e "pitoresca" cidade, com cerca de 200 mil habitantes, longe ainda de ser o pólo turístico charmoso e moderninho que é hoje em dia. Coleção do Arquivo Histórico Moyses Vellinho da Prefeitura de Porto Alegre.
quarta-feira, fevereiro 24, 2016
segunda-feira, fevereiro 22, 2016
La Dolce Vita estreava em Porto Alegre naquele verão de 1961
Em janeiro de 1961 - portanto, há 55 anos - estreava em Porto Alegre um novo filme do diretor italiano Federico Fellini que deveria entrar para a história cinematográfica mundial: La Dolce Vita, com, entre outros, Marcelo Mastroiani e a belíssima e sensual sueca Anita Ekberg. Produzido em 1960, retrato de uma época em que muitos dos valores iam perdendo o sentido, com um forte vazio existencial de seus personagens, a produção de Fellini é digna do seu gênio e tornou-se um dos filmes mais comentados de todos os tempos. na Capital gaúcha, com seus pouco mais de 700 mil habitantes, La Dolce Vita, ou A Doce Vida, foi projetada inicialmente no Cine Rex, uma belíssima casa de espetáculos na Rua da Praia. A reprodução é do jornal Correio do Povo, da coleção do Arquivo Histórico Municipal Moyses Vellinho.
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