sábado, junho 16, 2018

Alecrim, em A Charge Online.

Luiz Carvalho, o tricolor "rei da virada", faz aniversário e todos comemoram: novembro de 1935

Luiz Carvalho é hoje o nome do centro de treinamentos do Grêmio Football Portoalegrense. Mas o que poucos sabem é que Luiz Leão de Carvalho foi um dos maiores jogadores do tricolor gaúcho - e depois também do Vasco da Gama e do Botafogo do Rio - tendo integrado a seleção gaúcha várias vezes nos anos vinte e trinta e também a seleção brasileira. Considerado o "rei da virada", por suas fintas desconcertantes, grande atleta, Carvalho mais tarde se tornou treinador e um dos dirigentes da "tradicional agremiação da Baixada", que depois se transferiu para o Olímpico, casa própria, e para a sua residência atual - a Arena. nesta reprodução do Correio do Povo é noticiado o seu aniversário, ocorrido a primeiro de setembro. Luiz Carvalho nasceu em Cachoeira do Sul e faleceu em Porto Alegre, a 17 de janeiro de 1985, aos 77 anos. Curiosamente, poucos dias depois de completar seus 28 anos, em 1935, aconteceu a morte do maior ídolo gremista de todos os tempos - Eurico Lara.

quinta-feira, junho 14, 2018

A última visita de Getúlio Vargas a Porto Alegre: 1952


A morte de Getúlio Vargas em 24 de agosto de 1954 foi um dos mais traumáticos acontecimentos da história política brasileira. Acuado por todos os lados, sem apoio nas forças armadas, envelhecido e decepcionado, Vargas deu um tiro no peito e, como escreveu em sua Carta Testamento, saiu da vida para ficar na eternidade. Revoltas, depredações, saques, ataques contra empresas de nome estrangeiro, mortos, confrontos, choros, multidões nas ruas, toque de recolher, prédios ardendo - isso tudo faz parte do cenário daquele dia fatídico. Em sua edição diário, o jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, relatou o que foram aqueles dias de caos na capital gaúcha, tomada por um frenesi de vingança. E também reportou à última vez em que GG esteve em Porto Alegre, dois anos antes da sua morte, como se vê nas reproduções acima. Na foto, ao alto, ele aparece ao lado de Arquimedes Fortini, um dos nomes mais conhecidos da imprensa gaúcha nas décadas iniciais do século 20.

quarta-feira, junho 13, 2018

No tempo das "provas de resistência" do ciclismo gaúcho; Porto Alegre a Taquara

Andar de bicicleta, hoje, é uma atividade corriqueira, especialmente em grandes cidades e centros urbanos. Vista como uma alternativa sustentável e saudável frente ao poluente e agressivo automóvel, ela reúne grupos de ciclistas e aficcionados desse meio de transporte que, na primeira metade do século 20, era visto bem mais como um esporte. E nisso o Rio Grande do Sul também se destacava, com a realização de inúmeras provas de pequeno, médio e longo curso que atraíam muitas pessoas - os "circuitos ciclísticos". Um dos mais famosos de então era a prova "de resistência" Porto Alegre-Taquara, ligando as duas cidades que distam cerca de 70 quilômetros. Eventos como esse eram amplamente noticiados nos jornais, como se vê nesta matéria do Correio do Povo de julho de 1950.

sábado, junho 09, 2018

Clayton, O Povo, Ceará. A Charge Online.

Everaldo Marques, o tricampeão mundial de futebol que virou uma estrela dourada na bandeira do Grêmio e um dos maiores ídolos tricolores


A morte de Everaldo e familiares chocou o Rio Grande do Sul naquele final de outubro de 1974. Um ano e meio mais tarde a família Marques foi vítima de outra tragédia: Sidnei, irmã do jogador, jogou-se do alto do edifício da Renner, durante o incêndio que matou mais de 40 pessoas em abril de 1976.



Pesquisa e texto: Vitor Minas


    Às 22h30min de 27 de outubro de 1974, domingo, o ex-lateral esquerdo do Grêmio e tricampeão mundial de futebol pela seleção brasileira na Copa de 1970, no México, Everaldo Marques da Silva, colidiu seu automóvel Dodge-Dart contra a traseira de uma carreta Mercedes-Benz carregada com 24 toneladas de arroz e com placas de Santa Maria. Ou melhor - não colidiu, foi colidido. 
   Muito popular em todo o Estado, homenageado e paparicado depois da Copa (negro em um clube e em um Estado considerados racistas, foi o único representante gaúcho no selecionado), Everaldo havia, na prática, encerrado a carreira nos gramados e fazia então campanha eleitoral para eleger-se deputado estadual nas eleições de 15 de Novembro de 1974 pela Aliança Renovadora Nacional, ARENA, partido governista.

    Conduzido ainda com vida ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, faleceu a caminho – com ele morreram sua esposa, Cleci Helena, e sua filha Deise, de apenas três anos. Cleci teve morte instantânea – foi arremessada para fora do carro. No dia 3 de maio, também um domingo, morreu a irmã de Everaldo, Romilda, totalizando quatro vítimas fatais. O acidente aconteceu em uma grande reta, na altura do quilometro 43 da BR-290 (Porto Alegre-Uruguaiana), município de Cachoeira do Sul.  Tripulado por sete pessoas – Everaldo, Cleci e Deise e a filha mais velha, de seis anos, Denise, a irmã do jogador, Romilda, o tio Jardelino e a cunhada Maria Madalena Pereira da Silva, o carro havia sido presente de uma concessionária de Porto Alegre pelo tri conquistado no México.

   Apesar de todos, no calor do momento, culparem o caminhoneiro Vergilio Broglio (que se confessou “um gremista doente”), de 48 anos, motorista do Mercedez, residente em Santa Maria e que seguia em direção a Porto Alegre, constatou-se que Everaldo, cansado e na pressa de chegar logo a Porto Alegre, dirigia em alta velocidade (cerca de 160 km por hora, segundo apurou a perícia). Já o caminhoneiro não calculou corretamente a manobra de saída do restaurante e posto de gasolina “Constante”, retornando bruscamente à rodovia – ele também não prestou socorro às vítimas e, segundo testemunhas, tentou fugir do local do acidente, sendo interceptado por outro carro que o perseguiu. A rodovia, à época, apresentava pistas em bom estado e era bem iluminada.

   O campeão mundial tinha ido a Cachoeira participar de um jogo dos veteranos do Grêmio contra a equipe de um ginásio local dos Irmãos Maristas – os veteranos venceram por 6 a 3, Everaldo teve uma participação discreta, mas, sem dúvida, foi o responsável pelo bom público pagante. Ele chegou com a família em seu Dodge amarelo (os demais jogadores vieram de ônibus fretado), distribuiu santinhos da sua campanha, deu autógrafos, posou para fotos e, no início da noite, participou de uma confraternização.  Na saída, Loivo – jogador do Grêmio que o apoiava no corpo-a-corpo político - gritou-lhe do interior do seu Chevette: “Nos encontramos em Minas do Butiá pra tomar uma champanha!”.

   Apesar de já não estar mais relacionado entre os titulares do Grêmio ele ainda mantinha contrato de trabalho com o clube (ganhava 15 mil cruzeiros mensais). Havia, inclusive, acertado com os dirigentes a realização de um jogo de despedida, igualmente comemorativo dos seus 15 anos de casa, marcado para julho do próximo ano. No sábado – lembraram depois seus colegas e amigos – Everaldo ainda esteve no Olímpico, participando de trabalhos físicos e treinamentos leves.

   Surgido no Grêmio ainda criança, ele assinou seu primeiro contrato com o tricolor em janeiro de 1961, na categoria infantil - era alto, magro e canhoto no chute. Everaldo foi campeão estadual em 66, seguindo-se os títulos de 67 e 68 (o hepta tricolor). De junho de 1965 a outubro de 1966, esteve emprestado ao Juventude de Caxias do Sul.  Foi convocado para a seleção de 1970, sem nenhuma garantia de ser titular, o que acabou de fato acontecendo graças, sobretudo, à sua aplicação tática e ao seu jogo simples, discreto e eficiente. Na definição do seu ex-técnico Carlos Froner, “era um jogador que crescia de acordo com a importância da partida”. Era também considerado um atleta viril, mas leal em suas disputas, o que lhe valeu o prêmio disciplinar Belfort Duarte da Confederação Brasileira de Desportos.

   Naquele domingo à tarde, no Olímpico, o time da casa, treinador por Sérgio Moacir, havia vencido a equipe do Caxias por 1 a 0, gol de Dionísio. O ataque gremista, formado por Luis Freire, Iúra, Tarciso e Bolívar, teve grandes dificuldades para superar a retranca grená.

   Em meio à grande comoção, Everaldo foi enterrado no cemitério João XXIII, junto com a mulher e a filha – coincidência ou não, o local havia sido campo do Esporte Clube Cruzeiro de Porto Alegre. Mais tarde, em homenagem ao jogador, o Grêmio inseriu uma estrela dourada em sua bandeira oficial.

sexta-feira, junho 08, 2018

Telê Santana chega para treinar o Grêmio: 1976

O Brasil já teve grandes técnicos - técnicos de verdade, não improvisados. Um dos que mais se destacaram foi o mineiro Telê Santana, responsável por tirar o tricolor gaúcho de uma fila de oito anos como vice-campeão estadual, o octa colorado, sempre perdendo para o Internacional no último jogo.
Dispensado eplo Botafogo três meses antes, em setembro de 1976 Telê foi anunciado como o novo treinador gremista, substituindo o interino Paulo Lumumba. Ele implantou uma nova filosofia de trabalho e deu o título de 1977 para o time da Azenha e do Olímpico, restabelecendo o equilíbrio no futebol gaúcho. Em 1982 Santana foi o técnico da seleção brasileira na Espanha - exibindo um futebol alegre e eficiente que teve o azar fatal de perder para a Itália, com os três fatídicos gols de Paolo Rossi. Reprodução do Correio do Povo, Arquivo Histórico de Porto Alegre.

domingo, maio 06, 2018

Em julho de 1963 Ieda Maria Vargas conquistava o título máximo da beleza mundial: Miss Universo


Reproduções do Correio do Povo.
Em 1963, em Miami Beach, nos Estados Unidos, a porto-alegrense Ieda Maria Vargas conquistava o primeiro e mais importante título em reconhecimento à beleza da mulher gaúcha e brasileira: a moça do bairro Petrópolis e que já havia sido, naquele mesmo ano, Rainha das Piscinas |(Cantegril Clube), Miss Porto Alegre, Miss Rio Grande do Sul e Miss Brasil (a 22 de junho, no Maracanãzinho, no Rio), era eleita a mais bela dentre todas as candidatas (uma dinamarquesa ficou em segundo lugar), justificando o seu favoritismo entre as sul-americanas. Na verdade Ieda se tornou a primeira Miss Universo brasileira (em 1930 a pelotense Yolanda Pereira recebeu o título, no Brasil, em certame que no entanto não teve reconhecimento oficial), de certa maneira vingando a derrota da baiana Martha Rocha em 1954. 
Nascida a 31 de dezembro de 1944, na capital gaúcha, Iolanda tinha apenas 18 anos quando se tornou uma celebridade mundial, com desfiles apoteóticos, recepções oficiais, encontros com presidentes e uma agenda que a fez percorrer dezenas de países, em uma época em que ser Miss Universo dava um reconhecimento extraordinário.
O júri que a escolheu como a mais bela tinha tinha como um dos jurados o ator Peter Sellers que, encantado com a moça, lhe deu a nota máxima nas três apresentações e, segundo se soube, depois teria convidado a beldade dos pampas a participar do filme A Pantera Cor-de-Rosa, um sucesso mundial - Ieda recusou. No baile do concurso, ela dançou com o também ator Dana Andrews, célebre por seus papeis noir e em filmes de detetive.
Ieda Maria Vargas Athanásio (sobrenome do marido, já falecido) tem hoje 72 anos, dois filhos, e mora em Gramado, tendo enfrentando alguns problemas de saúde nos últimos anos mas mantendo a serenidade e o bom humor.

sexta-feira, maio 04, 2018

O casamento de Yolanda Pereira, a primeira Miss Universo brasileira, em 1936


Oficialmente, o Brasil só tem duas Misses Universo - Ieda Maria Vargas, em 1963, e Martha Vasconcelos, em 1968 - a primeira gaúcha, a segunda baiana. Porém, embora não reconhecida pela organização do concurso, em 1930 a pelotense Yolanda Pereira foi aclamada com esse título em evento realizado no Rio de Janeiro e que imitava outro que acontecia paralelamente nos Estados Unidos - o brasileiro foi patrocinado pelo jornal A Noite, do Rio. Conta-se que a gaúcha não era a favorita (antes havia sido eleita Miss Rio Grande do Sul, em eleição pública do jornal Diário de Notícias), mas acabou sendo escolhida a mais bela por um corpo de jurados, no hotel Copacabana Palace, aos quais conquistou por suas visíveis qualidades. Naturalmente, se tornou uma celebridade nacional, casando em janeiro de 1936 com o aviador militar Homero Souto de Oliveira, passando então a adotar o nome Yolanda Pereira Souto. É o que se vê nesta matéria do Correio do Povo a respeito do seu matrimônio - um acontecimento, realizado em Porto Alegre. Na enchente de 1941 a Miss Universo trabalhou como enfermeira voluntário no socorro às vítimas da grande calamidade. Faleceu em 4 de setembro de 2001, aos 90 anos, no Rio de Janeiro, onde residia. Teve quatro filhos e muitos netos com o marido, que se tornaria brigadeiro da Aeronáutica.

sexta-feira, abril 20, 2018

Aspecto de Santa Maria da Boca do Monte no ano de 1947

Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, que já foi conhecida como a capital ferroviária do Estado, hoje Cidade Universitária, é um dos municípios mais históricos e importantes do Sul do Brasil. Hoje com cerca de 250 mil habitantes, a Santa Maria da Boca do Monte, no distante ano de 1947 - há sete décadas, portanto - tinha a aparência bucólica que vemos nesta foto do jornal Correio do Povo. Pesquisa no Arquivo Histórico de Porto Alegre.
Hoje Jessica Lange faz 69 anos.
Tacho, no jornal Nh, de Novo Hamburgo, RS.  A charge Online.

domingo, abril 15, 2018

O primeiro avião a jato comercial surge sob as asas da Varig: 1957



Essa é uma das coisas que só o Conselheiro X tem - a entrada em operação (em seguida) do primeiro avião a jato em Porto Alegre. Pois foi um Caravelle, francês, incorporado à frota da Varig, em abril de 1957 - portanto, há 61 anos - podia fazer o percurso Porto Alegre-São Paulo em menos de uma hora e meia... Era uma nova época para a aviação comercial no Brasil,tendo a saudosa Varig, mais uma vez, como pioneira.

sábado, abril 14, 2018

Duke, em O Tempo, Minas Gerais. A Charge Online.

Hoje Paolla Oliveira faz 36 anos e Humberto Martins 57.

Ieda Maria Vargas faz anúncio para a prefeitura de Porto Alegre em 1972: iluminação pública

Menos de 9 anos depois de ser eleita Miss Universo, nos Estados Unidos, a gaúcha Yeda Maria Vargas - hoje com 73 anos - fazia uma séria de peças promocionais para a Prefeitura de Porto Alegre. (nesta, a reprodução do Correio do Povo). Era o ano de 1972 e a municipalidade buscava aprovar uma taxa de pagamento pela iluminação pública.  O prefeito de então era Telmo Thompson Flores, que cobriu a cidade de concreto e realizou inúmeras obras - dividindo a opinião pública da época.
Ieda - hoje avó - foi eleita Miss Porto Alegre, Miss Rio Grande do Sul, Miss Brasil e Miss Universo em 1963, com menos de 20 anos de idade. Sua vitória em Miami Beach deve-se, em parte, ao encanto que exerceu sobre o ator Peter Sellers, um dos jurados do certame, que lhe deu três notas máximas consecutivas, De volta, vitoriosa, ao Brasil, Ieda tornou-se uma celebridade, desfilando em público e sendo recebido por todas as altas autoridades de então, incluindo o presidente João Goulart.  Ieda foi a primeira brasileira a conquistar o título de Miss Universo, já que a também Gaúcha, Yolanda Pereira, venceu o concurso, em 1930, através de eleição popular, não reconhecida pela Misse Universe Organization. Ieda Maria Vargas teve problemas de saúde há alguns anos e hoje reside na cidade de Gramado. Ela foi incluída na lista dos 20 Gaúchos Que Marcaram o Século XX, em concurso popular da rede de televisão RBS. 

quinta-feira, abril 12, 2018

O jovem técnico Luis Felipe quer montar um time competitivo para o Brasil de Pelotas: 1983

Em 1983 o jovem técnico de futebol Luis Felipe Scolari certamente não imaginava - nem em sonhos - que um dia seria o comandante do selecionado brasileiro e que ganharia uma Copa do Mundo. Naquele ano Felipão treinava o time do Brasil, de Pelotas, que disputava a Copa do Brasil - o atual campeonato brasileiro. Pretensioso, Scolari já falava em montar um bom time, para os padrões do seu clube, capaz de não fazer feio no certamente, e anunciava nomes com os quais queria contratar. A reprodução é do Correio do Povo.

quarta-feira, abril 11, 2018

Alecrim, em A Charge Online.

Hoje Alessandra Ambrósio completa 37 anos e Zeca Baleiro 52.

A "máscara" e a "falta de fibra" dos jogadores brasileiros irrita a imprensa esportiva: Copa de 1950



A Copa do Mundo de 1950 foi a primeira a ser realizada no Brasil, e a primeira que nós perdemos - a segunda seria em 2014. A célebre final, contra o Uruguai, no Maracanã recém construído e ainda incompleto, foi uma verdadeira tragédia nacional e ajudou a exacerbar ainda mais o tal "espírito de vira-lata" dos brasileiros. O fato é que a seleção canarinho (que jogou de azul) foi mal organizada e mal dirigida (no dia do jogo final o técnico Flávio Costa obrigou os jogadores a assistirem, de pé, a uma missa que durou duas horas). Também não contou com o mais importante jogador da época, o gaúcho Tesourinha, cortado devido a uma lesão), Realizada em diferentes cidades, incluindo Porto Alegre, o Brasil empatou com o escrete suíço por 2 a 2 na segunda partida, o que irritou a crítica esportiva, que não levou em conta o fato de jogarmos no Pacaembu, apenas com atletas paulistas. Depois de aplicar várias goleadas, o Brasil chegou a final, com a vantagem do empate, largou na frente mas acabou sofrendo a virada de 2 a 1 no final. Nas duas reproduções acima, do CP, dois momentos - a irritação com o empate com a Suiça (os jogadores foram chamados de "mascarados" e o "complexo de vira-lata", ao perdermos a final. 

terça-feira, abril 10, 2018

Gainete e Sérgio Lopes, legendários jogadores da dupla Grenal na década de 1960

Carlos Gainete Filho, o Gainete, foi um dos grandes goleiros do Sport Clube Internacional, na década de 60. Catarinense de Florianópolis, onde nasceu em 1940, jogou em grandes times brasileiros até aposentar-se no início da década de 70.  Foi campeão gaúcho pelo Inter em 69, 70 e 71 e baiano, como treinador, pelo Vitória, duas vezes, na década de 80. Já Sérgio Lopes - paulista de Osasco - foi campeão gaúcho de 1961, também pelo colorado, e paulista, antes, em 57, pelo São Paulo. Jogando pelo Grêmio, ganhou cinco títulos estaduais - 64, 65, 66, 67 e 68. Os dois tem hoje quase 80 anos. A reprodução é do Correio do Povo de setembro de 1962.
Tacho, no jornal NH, de Novo Hamburgo, RS. A Charge Online.

Mendes Ribeiro faz campanha para deputado estadual: 1962

Jorge Alberto Beck Mendes Ribeiro foi um comunicador, jornalista, advogado e político gaúcho. Falecido em julho de 1999, às vésperas de completar 70 anos, não há porto-alegrense com mais de 50 anos que não lembre dele. "Foi um privilégio estar com vocês", era o bordão de encerramento de suas transmissões e comentários nas rádios Guaíba e Gaúcha, onde trabalhou por muitos anos. Iniciando no rádio em 1951, celebrizou-se como narrador esportivo durante a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, narrando pela Guaíba. Em setembro de 1962, um mês antes do pleito eleitoral que escolheria o governador e os deputados estaduais, Mendes Ribeiro fazia intensa campanha nos jornais da época - como neste anúncio do Correio do Povo. Ele, mais tarde, seria deputado federal por dois mandatos. Teve um filho, com o mesmo nome, também político e também falecido.

domingo, abril 08, 2018

Luscar, a Charge Online.

OVNIs são avistados até mesmo no bairro Petrópolis e causam "coqueluche" no mundo inteiro

Mal acabou a Segunda Guerra e o mundo foi surpreendido por um estranho fenômeno - o avistamento de objetos voadores não identificados nas mais variadas partes do mundo, incluindo o Brasil. Dezenas e dezenas deles eram avistados, e não somente por malucos ou mentirosos como também por pessoas idôneas e sensatas que garantiam ter visto tais máquinas fazendo evolução nos céus e emitindo luzes fortemente coloridas.. Porto Alegre fez parte dessa história, com OVNIs sendo vistos até mesmo no bairro elegante de Petrópolis. Embora muitos apostassem em "marcianos", outros objetavam que talvez fossem engenhos terrestres e secretos, construídos por países mais adiantados e, quem sabe, lançados do alto do Himalaia... A reprodução é do Correio do Povo.

sábado, abril 07, 2018

Galos "maconheiros" não perdiam uma luta nas rinhas

Dar canabis sativa a galos de rinha pode ser um tremendo doping para os bichos - isso no tempo em que as rinhas eram mais ou menos legais e não davam cana, como hoje. Pois foi o que fez, em 1975, um gaúcho muito experto, ou que pelo menos assim se julgava. Mas os outros concorrentes desconfiaram da euforia e valentia dos seus galos, mas  a trama foi descoberta: o "galista" chapava seus bípedes para que vencessem todas as lutas. Reprodução do Correio do Povo, Arquivo Histórico de Porto Alegre.
Jaguar, em O Dia, RJ. A Charge Online.

Uma corrida que entrou para a história: o Grande Circuito Zona Sul, em maio de 1950






O automobilismo sempre foi um esporte de grande destaque no Rio Grande do Sul, durante quase todo o século 20. Nomes como Norberto Jung, Júlio e Catarino Andreatta (irmãos), Diogo Elwanger, Breno Fornari e muitos outros enfrentavam estradas de chão em corridas épicas, como o Circuito Zona Sul, realizado em maio de 1950 e que entrou para a história das corridas de carro no Estado. Com um percurso de quase 1000 quilômetros, entre Porto Alegre e Bagé, ida e volta, o Circuito era promovido por grandes entidades gaúchas, com apoio especial da Companhia jornalística Caldas Júnior, em especial a Folha da Tarde. Um avião acompanhou os 34 corredores - entre eles o maior astro do automobilismo brasileiro, Chico Landi, que veio de São Paulo especialmente para a prova - que desenvolveram a espantosa média de mais de 90 km horários, atravessando terrenos encharcados e precárias pontes até chegar à Rainha da Fronteira. A Rádio gaúcha transmitiu toda a corrida, ao vivo. O grande vencedor, porém, não foi Landi e sim o gaúcho Júlio Andreatta, uma das lendas dos primórdios do esporte no Brasil. Ele dirigia um Ford 1940. Aido Finardi ficou em segundo lugar e Landi no décimo. Reprodução do Correio do Povo. Julio Andreatta faleceu com pouco mais de 60 anos, em 1981, tendo abandonado as provas em 1963, com menos de 50 anos de idade.