quinta-feira, setembro 20, 2018

O nascimento de um bilionário

No dia 2 de janeiro de 1950, no início do verão, meses antes da Copa do Mundo no Brasil, quando Getúlio Vargas ainda não havia se candidatado oficialmente a presidente e eleito democraticamente em outubro, nasciam os gêmeos Alexandre e Pedro Grendene, no município de Farroupilha, na serra gaúcha. A família já tinha posses, mas ninguém poderia supor que, décadas depois, nos anos oitenta, os dois se tornariam multimilionários graças à fabricação de sandálias de plástico com a hoje clássica sandália Melissa. Alexandre Grendene tornou-se também um bon vivant - tem um impressionante iate de mais de 300 milhões de reais, muitos filhos, muitas empresas e um patrimônio pessoal de mais de dois bilhões de dólares -  é considerado, em todos os rankings divulgados, o homem mais rico do Rio Grande do Sul. Nesta reprodução, de uma participação de nascimento, datada de 23 de janeiro, publicada no Correio do Povo e encontrada por mim casualmente, vemos a comunicação do nascimento dos gêmeos.

sábado, setembro 15, 2018

Eurico Lara, o maior ídolo gremista de todos os tempos


7 de Novembro de 1935: morre Eurico Lara, a lenda tricolor

“Porto Alegre, ontem, quando despertava para a sua atividade diária, recebeu uma notícia contristadora: no hospital da Beneficência Portuguesa, falecera, às 7:10 horas, o grande arqueiro Eurico Lara, indiscutivelmente a maior glória desportiva do Rio Grande do Sul”.
A notícia, publicada com grande destaque na página 9 do Correio do Povo de 7 de novembro de 1935, quinta-feira, tinha um título emblemático que resumia o significado desse homem nascido em Uruguaiana e que se tornou uma lenda do futebol gaúcho: “Eurico Lara, o player mais glorioso do Rio Grande do Sul, faleceu ontem, nesta capital”.
Ontem, no caso, era uma quarta-feira do histórico ano do centenário da Revolução Farroupilha e o Lara imortal que falecia na Porto Alegre de menos de 250 mil habitantes e três emissoras de rádio, contava apenas 37 ou 38 anos de idade – na página da Wikipédia, enciclopédia digital, consta que havia nascido 24 de janeiro de 1897, enquanto os jornais, inclusive o Correio, lhe davam um ano a menos – teria nascido em 1898. Seja como for, em sua curta e gloriosa existência, Eurico Lara Fonseca, casado com dona Maria Cândida e pai da menina Odessa, de 12 anos, defendeu apenas as cores de um clube de futebol – o Grêmio Futebol Portoalegrense, agremiação na qual jogou durante 15 anos e onde era tão amado e idolatrado a ponto de Lupicínio Rodrigues, ao compor o hino tricolor em 1953, ter nele incluído os seguintes versos: “Lara, o craque imortal, soube o seu nome elevar, hoje com o mesmo ideal, nós saberemos te honrar”.
Lara chegou ao Grêmio em 1920, ainda na época romântica em que não havia futebol profissional no Brasil, indicado por olheiros tricolores impressionados com aquele “goal-keeper” do Sport Clube Uruguaiana que pegava todos os chutes e era aplaudido de pé até pelos adversários. Em 1922, já famoso por aqui, foi ao Rio defender o selecionado do Exército nacional nas comemorações esportivas pelo centenário da Independência do Brasil, e saiu-se tão bem que, ao final do torneio, recebeu um telegrama do próprio Ministro militar, cumprimentando-o por sua incrível atuação. Também quase lendários foram os mais de 20 chutes que defendeu de Friendereich, o maior craque e primeiro grande astro esportivo brasileiro. O jogo foi realizado no Parque Antartica entre os selecionados paulista e gaúcho e ao final uma multidão invadiu o gramado para cumprimentar o incrível arqueiro gaúcho capaz de tantas proezas milagrosas.
Em crônica não assinada, publicada no Correio do Povo daquele 7 de novembro de 1935, e intitulada “A Glória de Lara”, um repórter escreveu: “Lara morreu pobre, sem nada deixar além de um nome, na época precisa em que o futebol está recheando o bolso dos utilitaristas. Quando meio mundo se locupleta com os proventos da profissão, o jogador mais querido e mais glorioso dos pampas deixa apenas uma trilha limpa, percorrida à custa de muito sacrifício e de incomum espírito de abnegação e de renúncia. Ídolo brasileiro, acima de tudo, esse moço jamais perdeu a modéstia que trouxe do berço, da gloriosa Uruguaiana. Nasceu pobre para morrer entre os humildes. Vezes sem conta atuou sob influência do mal que lhe minava o corpo. Sob dores hepática, saltava como um felino dentro daquele retângulo que só ele sabia defender. E nunca teve uma imprecação, nem deixou transparecer o menor sofrimento. E ontem finalmente morreu como morrem os bons: sem um gemido, de mansinho, sem mesmo ter tempo para um último gemido. O Rio Grande do Sul, envolto em crepe, antes de chorar canta e exalta no dia de hoje a glória imortal de Eurico Lara.”
Lara tinha tuberculose havia três anos, em um tempo em que não havia penicilina ou estreptomicina e a chamada doença dos poetas e dos artistas dizimava milhões de pessoas em todo o mundo.  Sua última atuação pelo Grêmio foi mais uma página de glória: o histórico Grenal de setembro de 1935, decidindo o campeonato da cidade no ano festivo do centenário da Revolução Farroupilha, vencido heroicamente pelo Grêmio por dois a zero. Lara saiu de campo para ser hospitalizado na Beneficência Portuguesa, onde encerrou a vida como o maior mito da história do imortal tricolor – a bem da justiça, nem Renato Portalupi, ídolo da era modera, o supera na linha do tempo.




No dia 8 de novembro, ainda repercutindo a morte do mito, o Correio do Povo publicou uma foto em que Lara aparece no momento em que sofreu o último gol da sua vida – precisamente o dia 15 de setembro de 1935, data da comemoração dos 32 anos do chamado “clube da Baixada”. Em jogo contra o Força e Luz pelo campeonato da Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Atléticos, AMGEA, uma espécie de liga dos clubes de Porto Alegre e arredores, Lara, atrás de Luiz Luz, não consegue defender o chute de Negrito.
Eurico Lara foi campeão citadino de 1920, 21, 22, 23, 25, 26, 1930, 31, 32, 33 e 35 e campeão gaúcho dos anos de 1921, 22, 26, 1931 e 32. Ídolo das famílias e das crianças, que sonhavam um dia “ser Lara”, foi sepultado com a bandeira do Grêmio e o seu funeral em carro público praticamente parou Porto Alegre. Infelizmente, não existe qualquer registro fonográfico ou cinematográfico deste homem incrível que dizem ter sido o maior goleiro que o Rio Grande do Sul e que entrou para a história como “o goleiro dos goleiros”, simplesmente “a Lenda”.

quinta-feira, agosto 30, 2018

"Maconheiros" eram presos, iam para o presídio e tinham seus nomes e endereços divulgados: 1975

É, os tempos mudaram mesmo. Se hoje se discute a liberação e até a venda pública da maconha, em meados dos anos setenta a política face à canabis sativa era bem diferente, tão diferente que quem fosse pego fumando ia preso e até virava notícia de jornal, como se vê nesta reprodução do Correio do Povo, de Porto Alegre, de julho de 1975. Além de ter seu nome divulgado, ia junto o endereço completo - algo que os jornais, para quaisquer crimes, ou simples denúncias e ocorrência, faziam então. Hoje daria processo, e os detidos levariam uma boa grana. Neste caso, tinha um agravante: além de fumarem maconha, os detidos eram hippies...

Aniversariantes do dia 30 de agosto





Hoje William Waack faz 66 anos, Cameron Dias 46e Sandra Cavalcanti completa 93. E no dia de hoje faleceram Charles Bronson e o cantor Agepê.
Sinovaldo, no jornal NH (RS). A Charge Online.

Teixeirinha e Wilson Simonal cantando juntos, em show único: maio de 1972

Wilson Simonal, com seu estilo de negro norte-americano, estava por cima da onda em 1972, e o mesmo acontecia com Victor Mateus Teixeira, o Teixeirinha, chamando então de O Rei do Disco. Em maio de 1972 Simonal veio a Porto Alegre, onde se apresentaria no ginásio do Grêmio, em um show com a participação - vejam só - de Teixeirinha. Indagado sobre a estranheza de tal encontro, Simonal justificou, argumentando que, em sua recente turnê pela Europa, tinha constatado o sucesso do gaúcho por lá, especialmente na Inglaterra - na terra da rainha, Teixerinha chegou a fazer sucesso. Não se sabe se o show dos dois de fato aconteceu (provavelmente sim), mas vai aqui o registro do Correio do Povo daquela época. 

terça-feira, agosto 28, 2018

Inezita Barroso recebida por Paixão Côrtes em Porto Alegre, naquele maio de 1956


Há mais de sessenta anos, em maio de 1956, a grande Inezita Barroso, então uma jovem com menos de 30 anos, veio a Porto Alegre, onde pesquisou e encantou-se com a música regional que aqui se fazia. Mulher inteligente e vanguardista, essa paulista, já falecida - que apresentava o melhor programa de música caipira de raiz do Brasil, o Viola Minha Viola, na TV Cultura - foi recebida de braços abertos pela gauchada que dela se acercou quando foi hóspede de honra do folclorista Paixão Cortes, em sua casa em Porto Alegre.
Reprodução da Revista do Globo, coleção do Arquivo Histórico Moysés Vellinho da Prefeitura de Porto Alegre.

sexta-feira, agosto 24, 2018

Um dos mais antigos condomínios do bairro nasceu em 1971: o IPE

O Condomínio Emanuel Domingues surgiu em 1971, na esquina com a Ipiranga.

São três andares, 218 apartamentos (máximo de 16 por andar) de dois, três e quatro dormitórios e seis lojas que estão fechadas. Localizado entre a avenida Ipiranga, a rua Alcebíades Caetano da Silva e a Chile, o Conjunto Residencial Emanuel Domingues foi inaugurado em 1971. Destinado inicialmente a funcionários públicos, era um projeto do Instituto de Pensionistas do Estado, IPE, que financiava os imóveis pelo esticado prazo de 15 ou 20 anos. Aos poucos, como é natural, passou a ser habitado por um público variado, mas sempre de classe média e, em sua maioria, idosos – no caso dos proprietários. 
Anterior ao Felizardo Furtado e ao da Corsan, o Emanuel Domingues não conta com elevadores e nem um sistema permanente de vigilância – que acontece somente à noite, aos finais de semana e nos feriados. Os furtos e roubos, porém, não chegam ainda a ser um problema, apesar da localização junto à avenida. A infra-estrutura do Residencial é bastante simples: algumas churrasqueiras e uma pequena pracinha para as crianças. Não existem elevadores. Estacionamento existe, mas não em quantidade suficiente. Erguido em uma época em que o bairro era ainda uma espécie de vila formada por muitas casas de madeiras, terrenos baldios e antigos e pequenos prédios de alvenaria, o Emanuel Domingues (homenagem a um antigo morador do Jardim Botânico, dizem alguns) foi projetado originalmente para ir até a rua Valparaíso (por onde, em 1971, passava o Riacho Ipiranga), o que não aconteceu devido às invasões do local.

Universal, um clube que marcou época no Jardim Botânico


O Grêmio Esportivo Universal marcou época no Jardim Botânico. Ainda hoje os mais antigos - e os nem tão antigos assim - lembram dele com saudade e carinho. Com dois campinhos localizados onde hoje está o Shopping Bourbon Ipiranga, o clube era democrático, eclético e papava muitos torneios pelas redondezas. Nesta foto, de 1956, o time do Universal, tendo ao centro, segurando o pavilhão, a sua madrinha, Eliane Squeff.
Alguém se identifica na foto?
(gentileza: dona Dorsa)

quinta-feira, agosto 23, 2018

Atorres, no Diário do Pará. A Charge Online.

Jardim Botânico foi o antigo Vale do Sabão

Flagrante: primeira comunhão na antiga igreja de São Luís, na rua Guilherme Alves. Esta igreja situava-se onde, hoje, está sendo construída a nova. A foto não está datada.Possivelmente é do final dos anos sessenta. O retrato pertence à coleção pessoal de dona Dorsa, antiga moradora do JB, e foi obtida por intermédio de seu Rui Cintra, comerciante e também antigo morador do bairro, residente na rua Itaboraí.Oficialmente, o Jardim Botânico nasceu no ano de 1959, pela lei número 2022, de autoria do vereador e historiador Ary Veiga Sanhudo. Nesse ano foram oficializados inúmeros outros bairros de Porto Alegre.  A história do Jardim Botânico corre paralela à da avenida Ipiranga e da canalização do riacho Dilúvio, obras que levaram décadas. No passado, toda essa região ribeirinha ao rio, desde a Agronomia até o Beira-Rio, era conhecida como o “Vale do Sabão”, uma área baixa e alagadiça. As constantes inundações do arroio eram um sério problema.
Em seu livro “Crônicas da Minha Cidade”, que parece ter sido escrito na década de 50, o historiador Ary Veiga Sanhudo é profético quando ao futuro promissor da região - “a zona mais próspera da cidade”. Escreveu ele, meio século atrás:“O bairro São Luiz, como aliás foi por muito tempo conhecido, não apresenta verdadeiramente qualquer notabilidade maior do que as ajardinadas terras do nosso futuro horto botânico. É um lugar de condições modestas e pela circunstância de se achar encravado entre o Riacho e o cerro de Petrópolis, viveu sempre jugulado à sua embaraçante situação de bairro sem uma via própria de acesso com maior desenvoltura. A sua radial, todavia, é a perimetral rua Barão do Amazonas. (...) No entanto, não nos cabe dúvida que, no dia em que as formidáveis laterais do Arroio Dilúvio – avenida Ipiranga – estiverem completamente urbanizadas, propiciando o extraordinário tráfego desse imenso Vale do Sabão, desde a Agronomia até a Beira-Rio, todo este bairro, como os demais quarteirões ribeirinhos, tomarão outro aspecto e constituirão a zona mais próspera da cidade”.
QUERO-QUERO – Há menos de vinte anos, o Correio do Povo (23 de maio de 1987), em matéria da jornalista Magda Wagner, traçava um perfil do JB: “É um bairro tranquilo, de ruas largas, que mais parece uma cidade do interior (...) Em frente ao maior conjunto habitacional do bairro, na rua Felizardo Furtado, nos deparamos com uma inesperada plantação de agrião, reforçando a idéia de que o Jardim Botânico é, no mínimo, um bairro diferente. Os quero-queros, ave típica dos descampados, proliferam no bairro, alimentados pelas folhas de agrião.” Antes de ser Vila São Luiz, o JB chamava-se Vila Russa, o que é explicado pela presença de imigrantes russos que chegaram aqui no início do século passado, instalando-se na parte alta, do outro lado da hoje avenida Doutor Salvador França.

quarta-feira, agosto 22, 2018

Coleção de serpentes é um dos patrimônios da Fundação Jardim Botânico

Maria e Moema: biólogas que formam o Núcleo Regional de Ofiologia de Porto Alegre.


Republicação. Publicado originalmente em dezembro de 2009. Algumas informações estão desatualizadas.

* Vitor Minas

Fundação Zoobotânica, avenida Salvador França. Chegando ao prédio administrativo, o mesmo do Museu de Ciências Naturais do Jardim Botânico, desce-se por várias escadarias, até a parte mais baixa, quase no subsolo.^
Lá, em um ambiente mal-cheiroso e úmido, estão Maria Lúcia Machado Alves e Moema Leitão de Araújo, as mais antigas biólogas das instituição, com 38 e 39 anos de casa, respectivamente.
Ao lado de três estagiárias e um bolsista, as duas - Maria formada na URGS e Moema na PUC - trabalham em um local nada comum e até mesmo repelente ou assustador para muitos: o Núcleo Regional de Ofiologia de Porto Alegre, o maior do Estado, e que já chegou - tempos atrás - a enviar veneno de cobras para, entre outros, o Instituto Butantã e o Vital Brasil, onde é fabricado o soro antiofídico.
TEMPOS MELHORES - O Núcleo existe oficialmente desde 1987, mas na verdade remonta aos anos cinquenta, no início do Jardim Botânico, no tempo do renomado pesquisador e biólogo Thales de Lema, um "herpentólogo" - especialista em serpentes, ou cobras, como são chamadas mais comumente.
O Núcleo de Ofiologia é, hoje, constituido de meia dúzia de salas e tem apenas, como funcionárias efetivas, Maria e Moema. Porém já viveu tempos melhores, especialmente até os anos 80, quando faltou soro anti-ofídico no Brasil, criando-se um problema nacional. "Imagine, faltar o soro no País que inventou esse tipo de soro, descoberto por Vital Brasil!", lembra Maria. "O Brasil obrigou-se a importar o soro da Colômbia, que tinha qualidade inferior".Pressionadas, as autoridades decidiram investir no setor e destinaram verbas aos grandes institutos - com isso o Butantã, entre outros, recuperou-se e modernizou-se, passando a ser auto-suficiente na obtenção dos venenos de cobras, que antes eram enviados por instituições como o Núcleo da Fundação Zoobotânica. Com isso, o Núcleo - que integra o Museu de Ciências Naturais da Fundação - perdeu muito da sua importância e utilidade."O Núcleo já teve seis biólogos, quatro especializados em répteis e dois em amfíbios, e o nosso objetivo principal, que era extrair veneno, deixou de existir. Mudamos os objetivos então", conta Maria Lúcia. Hoje as duas se dedicam mais a auxiliar e assessor pesquisadores e a dar palestras em escolas sobre os ofídios. Trabalham 20 horas por semana em trabalhos científicos - e, também, administram "uma pequena fortuna": como ainda há muito veneno armazenado em freezeres, e como o veneno, segundo Maria Lúcia, "vale mais do que ouro", o Núcleo é quase como uma caixa-forte de um pequeno banco."Para você ter uma idéia, uma grama de veneno é mais cara do que uma grama de ouro. E, no caso da cobra coral, a mais valorizada, se fala em miligramas e não em gramas. Temos aqui uma bela quantia".
MERCADO CLANDESTINO - O veneno extraído das cobras fica cristalizado e permanece assim, sem perder as qualidades, por muitos anos. Poderia-se perguntar: se o veneno de cobra vale mais do que ouro, e se há tanto aqui, porque ele não é vendido para laboratório ou mesmo para outros países, carentes nessa área? Tanto Maria Lúcia como Moema arriscam uma opinião - ou constatação: "Acredito que seja o poder do mercado clandestino, que é muito poderoso. Mas daria para se vender sim, se houvesse interesse", opina Moema.
O Núcleo de Ofiologia conta hoje com 438 cobras venenosas e cerca de 30 não venenosas. São espécies as mais variadas - jararaca, cruzeira, jararaca pintada, coral, cascavel, jibóia, etc. Algumas delas já estão aqui há 14 anos, sem contar filhotes - nascidos no local - com 11 anos. Tais serpentes, em sua maioria, são obtidas de apreensões de autoridades (inclusive da Patrulha Ambiental da Brigada Militar) ou doadas pela Fundação Estadual de Pesquisa e Produção em Saúde, FEPPS, da rua Domingos Crescêncio (e não da avenida Ipiranga). Ou então trazidas por pessoas as mais variadas - agricultores, fazendeiros, pequenos proprietários rurais, sitiantes. "Temos também uma pequena criação", informa Moema.Algumas delas, inclusive venenosas, são expostas ao público visitante, na parte alta do prédio do Museu de Ciências Naturais.
CHEIRO DE RATO - O Núcleo de Ofiologia sofre com a fiscalização do IBAMA, que tem regras rígidas a respeito dos animais - talvez rígidas demais. Por exemplo, um dono de sítio que queira fazer a doação de algumas cobras vivas às biólogas precisa de autorização especial para transportá-la, e pode ser preso se não a tiver. "Como são pessoas simples, e o procedimento é complicado, eles geralmente desistem", informa Mária Lúcia.Visitar o local onde estão alojadas tais ofídios é um programa interessante - mal também nada agradável para as narinas. Como os animais se alimentam de ratos - pequenos e brancos, desenvolvidos em laboratório - e há uma criação destes no local, o cheiro é bem peculiar. As cobras ficam confinadas em seus "apartamentos", com ventilação e água. Recebem alimento diariamente e são vistoradas com frequência. Há casais juntos e um "berçário" para as cobrinhas que nascem. Há cobras novas e outras velhas - que, de tão velhas, mal conseguem comer os ratos e precisam de ajuda. Há pequenas, como a cobra coral, e outras imensas, como a jibóia.Mas tanto as biólogas como as estagiárias já se acostumaram com todas. Elas não só adoram os bichos - "vejam como esta é linda, veja as cores!", diz Maria Lúcia ao repórter, segurando uma imensa serpente venenosa, que acaricia como a um cãozinho de estimação. O mesmo faz a estagiária Bárbara Borges, de 20 anos, estudante do quarto semestre de Biologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bárbara já tem alguma experiência - fez estágio em um setor semelhante da PUC, já desativado, e diz: "Sempre gostei de cobras".
A estagiária nunca sofreu acidentes com os ofídios - pelo menos por enquanto. Mas as duas biólogas já foram picadas e, garantem, a dor não é tão forte assim. "mas depende da picada, das condições, da cobra, de muitas coisas", lembra Moema, que acabou no Hospital de Pronto-Socorro por conta de um desses "carinhos" de seus bichinhos.

terça-feira, agosto 21, 2018

Aniversariantes de 21 de agosto




Hoje os atores Murilo Rosa e Carmo Dalla Vecchia completa 48 anos, enquanto Usain Bolt faz 32. E no dia de hoje, em 1989, faleceu Raul Seixas.


Palmeiras, o primeiro campeão mundial de clubes: sim ou não?

Na Revista do Globo, de Porto Alegre, o reconhecimento do Palmeiras como o primeiro campeão mundial de clubes,em 51

Alguns colorados dizem que o Grêmio não é campeão mundial de clubes.  Essa discussão bizantina e sem muito sentido – pois na verdade o torneio intercontinental, fosse Copa Toyota ou qualquer outra coisa, era, sim, um campeonato mundial – não se restringe a colorados e gremistas, santistas ou são-paulinos, flamenguistas ou quaisquer outros clubes da América do Sul e da Europa. Ela, na verdade, começa com aquele que pode, sem dúvida alguma, ser considerado o primeiro torneio mundial de clubes, que aconteceu em julho de 1951, tendo por palcos os gramados brasileiros do Maracanã e do Pacaembu. E o resultado é um só: goste-se ou não, o Palmeiras foi o campeão e seu título lavou um pouco da honra desgastada pela derrota do selecionado brasileiro em 1950.
Em sua edição da primeira quinzena de agosto de 1951, um ano depois da Copa do Mundo disputada no Brasil, a Revista do Globo dedicava várias páginas sobre a Copa Rio, ou “Torneio Mundial de Campeões”, vencido pelo Palmeiras. O jogo final foi contra a Juventus de Turim terminou empatado em 2 a 2, com um público pagante de 150 mil pessoas, o que garantiu, pelo regulamento, o título ao esquadrão do Parque Antartica, já que antes este havia vencido o escrete italiano, também no Maracanã, por 1 a 0.  Foi a culminância de 22 jogos realizados, sendo 11 no Maracanã e 11 no Pacaembu. E o número de participantes era bem mais elevado que o moderno sistema da Fifa: estavam lá o Palmeiras, campeão paulista, o Vasco da Gama, campeão carioca, base da seleção brasileira e considerado favorito ao título, o Áustria, campeão da Áustria, o Sporting, campeão português, o Nacional de Montevidéu, campeão uruguaio, o Estrela Vermelha, campeão iugoslavo, o Olympique Gymnastique, de Nice, campeão da França e a Juventus de Torino, vice-campeã italiana, que veio em lugar do campeão Milan, mas que era talvez o melhor time da Europa. A reportagem adianta que o torneio era uma iniciativa da então CBD, Confederação Brasileira de Desportos, com anuência da Fifa.  Já de entrada, a reportagem afirma: “A Copa Rio finalmente ficou no Brasil, graças ao feito brilhante do Palmeiras, que conquistou assim a maior vitória do futebol brasileiro. Arrebatando a cobiçada taça ao categorizado esquadrão italiano do Juventus, o quadro paulista completou uma série de triunfos futebolísticos magníficos: campeão do Estado de São Paulo, campeão do Torneio Rio-São Paulo, campeão da cidade de São Paulo e, agora, campeão do Mundo. Com este último título elevou ainda nosso futebol à posição que lhe compete.”
A reportagem lamenta apenas a ausência de clubes espanhóis, atribuindo isso ao fato de que eles, enquanto seleção, haviam sido goleados pelo Brasil na Copa do Mundo de 50 e receavam apanhar de novo. Outra ausência lamentada era do Tottenhan, campeão inglês, que não quis vir alegando o desgaste causado por uma viagem tão longa.
Em uma página que dedica ao assunto, a enciclopédia eletrônica Wikipédia fala sobre a Copa Rio, esclarecendo muitas coisas: “A Copa Rio tem a sua importância em virtude de ser a primeira tentativa de organização de uma copa do mundo de clubes de futebol que na prática teve alcance intercontinental, antes mesmo da Copa Intercontinental e da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.” A ideia, então, era reunir em um torneio os clubes campeões dos países que haviam participado da Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil. Aliás, o artilheiro da competição, Giampiero Boniperti, da Juventus, declarou não faz muito que tanto ele como seus colegas de equipe entendiam, sim, que aquele era um torneio mundial de clubes.
O torneio também transformou-se um sucesso de público e de rendas e, ao que tudo indica, foi bem organizado.  Os lucros foram de mais de 4 milhões de cruzeiros, algo difícil de mensurar hoje, sendo que cada clube recebeu 93 mil cruzeiros e mais 200 mil pagos como garantia por partida. A CBD auferiu 10% do total e mais 10% sobre a renda de cada partida, em um total de 2 milhões e 400 mil cruzeiros. Segundo a Revista do Globo, “os paulistas fizeram uma invasão em massa da Capital do país a fim de assistir no Estádio Municipal de Maracanã ao embate decisivo entre as equipes do Palmeiras, campeão de São Paulo, e o Juventus de Turim, vice-campeão italianos, os dois finalistas do torneio. Foi tal o afluxo de visitantes paulistas na Cidade Maravilhosa que as passagens de avião para o regresso ficaram esgotadas até três dias depois do jogo. Os torcedores palmeirenses não se decepcionaram. O espetáculo desportivo que puderam apreciar no Maracanã correspondeu plenamente a tudo o que dele se esperava. Numa tarde de gala, o Palmeiras escreveu uma página de glória para o esporte nacional, sagrando-se campeão mundial.”
A Revista do Globo, editada em Porto Alegre mas com relativo alcance nacional, emendava a reportagem sobre a Copa Rio com outra, detalhando a trajetória e a história do Palestra Itália, que só passou a se chamar Palmeiras em 1942, quando o Brasil já era hostil às potências do Eixo, o que incluía a Itália. A matéria era assinada por Gustavo Renó. “Mas essas são histórias do passado que de modo algum interessam hoje, salvo como simples registro, já que estamos recordando de passagem, enquanto a cidade vibra com as suas vitórias, a trajetória brilhante desse “periquito infernal” que ludibriou as melhores esperanças dos bambas da Áustria, da Iugoslávia, da França, da Itália, de Portugal, do Uruguai, e que, como autêntica transfiguração do Zé Carioca, passou a perna no próprio Vasco da Gama, arrebatando-lhe o título de “campeão mundial de futebol.
Como se vê, o Palmeiras – que ainda não era porco e sim periquito - pode, com direitos, mesmo que de forma isolada, se considerar o primeiro campeão mundial de clubes, a despeito da arrogância e das ciumeiras mesquinhas da FIFA e seus dirigentes. A entidade, aliás, reconhece e não reconhece o Palmeiras como o primeiro campeão mundial de clubes. Reconhece pois o alviverde foi, de fato, o legítimo campeão, e não reconhece, talvez, porque ela, FIFA, não recebeu dinheiro algum pelo torneio. Curiosamente, a mesma entidade considera o Corinthians campeão do mundo em 2000, sem que ele sequer tenha sido campeão continental.

Jorge Braga, em O Popular (GO). A Charge Online.

sexta-feira, agosto 17, 2018

Inter, tetracampeão em 53

1953 foi o ano do centenário gremista e da inauguração do Olímpico, mas quem dominava o futebol estadual, então, era o Internacional, que enfileirava títulos - foi campeão de 50, 51, 52, 53 e 55 (Em 54 foi o Renner). Este é o time campeão de 53, com craques com Florindo, Odorico, Salvador e Bodinho. O técnico era Tetê. O poster é da Revista do Globo.

terça-feira, agosto 14, 2018



Neste 14 de agosto o ator Steve Martin faz 73 anos, Magic Johnson completa 59 e Ana Moser faz 50.

segunda-feira, agosto 13, 2018


Futebol eficiente, aplicação, valentia e preparação: o Grêmio é campeão mundial de 1983

Correio do Povo: chamada de página inteira para a transmissão de Tóquio

Um jogo de muita aplicação e pouca inspiração. Assim a revista Veja de 21 de dezembro de 1983 noticiou a conquista, pelo Grêmio Porto-alegrense, do título mundial de clubes disputado em Tóquio, no Japão. A final, de uma só partida, sem interferência da Fifa, se chamava Copa Toyota – em alusão ao patrocinador – e também Copa Intercontinental, por envolver os dois grandes continentes futebolísticos, Europa e América. Em 2017, a entidade reconheceu o Grêmio como legítimo campeão mundial de clubes daquele ano.
Sob o título “Carnaval em dezembro o Grêmio Ganha o campeonato Mundial de Clubes e brilha na entre-safra do futebol”, a revista semanal de maior circulação do País destacou o contexto desanimador do futebol brasileiro de então, que vinha da decepcionante derrota da seleção na Copa de 82, disputada na Espanha. “Qual o País que, vivendo uma crise de entressafra como a que estamos atravessando, consegue fazer dois campeões mundiais em apenas três anos?”, perguntava, em tom de desafio, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Giulite Coutinho. Ele se referia não só à conquista do tricolor gaúcho como também, dois anos antes, a do Flamengo, do Rio, que havia se sagrado campeão mundial na capital do Japão ao vencer do Liverpool da Inglaterra por 3 a 0. Desta vez, ao superar o Hamburgo da Alemanha por 2 a 1, o Grêmio de Porto Alegre – ainda segundo Veja – “teve competência suficiente, além de muita valentia, para vencer um adversário que ganhou o campeonato europeu e acaba de ser eleito pela revista inglesa Word Soccer a melhor equipe do ano em todo o mundo”. O Hamburgo havia sido campeão da Liga dos campeões da UEFA ao vencer a Juventus de Turim por 1 a 0. O Grêmio, por sua vez, conquistara pela primeira vez a Libertadores ao bater o Penharol de Montevidéu, no Olímpico Monumental, por 2 a 1 no segundo jogo.
Veja apontava que “sempre exigentes, torcedores de outros clubes lamentaram a falta de grandes jogadas e toques mágicos ao longo de uma partida transmitida pela TV para milhões de espectadores em todo o planeta”, para em seguida ressaltar a apoteose que foi a chegada da delegação tricolor à capital gaúcha: “Os gremistas não tinham do que se queixar: fiéis ao código das paixões do futebol, eles improvisaram um carnaval em dezembro para festejar, em Porto Alegre, o mais luminoso título já alcançado em toda a história do clube”. Traçando uma analogia do futebol eficiente do Grêmio no Japão, no dia 11 de dezembro, com o da seleção canarinho que brilhou na Espanha, mas não chegou ao título ao perder para a Itália no estádio de Sarriá, em Barcelona, a 5 de julho de 82, a revista sentenciou: “De que adianta formar um time de artistas se a vitória não viera?”
O feito do Grêmio, 35 anos atrás, tinha também explicações extra-campo, como destacou a publicação da Editora Abril, ao referir-se à minuciosa preparação do escrete tricolor e à custosa – para a época – infraestrutura que precedeu o confronto no Estádio Nacional de Tóquio: “Até que o zagueiro uruguaio Hugo de León, capitão do Grêmio, pudesse levantar a taça em Tóquio, o time gaúcho teve de cumprir uma dura, demorada trajetória, durante a qual se viu compelido a mexer no time e nos cofres. O atacante Tita, por exemplo, um dos heróis da conquista da Libertadores da América, em julho, foi requisitado pelo Flamengo, que o emprestara ao Grêmio, e abriu vaga para o veterano Paulo César Caju, responsável por uma bisonha atuação no jogo de Tóquio.
A preparação do Grêmio para a decisão em Tóquio havia durado quatro meses, com um gasto de mais de 300 mil dólares, pagos pelos patrocinadores japoneses, e incluía concentrar os jogadores em uma estância climática em Gramado, importar teipes das partidas do Hamburgo e fretar um avião para levar 300 pessoas ao Japão.
Veja aproveitou a ocasião para entrevistar um gremista ilustre que, já longe do poder, pouco falava com a imprensa – o ex-presidente brasileiro, general Emílio Garrastazzu Médici, então com 78 anos. Médici interrompeu o seu retiro de verão em Dom Pedrito, na campanha gaúcha, para seguir de carro, em companhia da mulher, até Porto Alegre, onde, segundo explicou, a televisão pegava bem melhor do que em sua fazenda. Gremista fiel, o general torcia também pelo Flamengo, e pelo São Paulo, que naquele ano havia perdido o título estadual para o Corinthians. Feliz e aliviado, Médici considerou que “o jogo foi muito duro, emocionante durante todo o tempo”, especialmente na prorrogação. Mas comemorou: “Também não é brincadeira, o Grêmio é campeão do mundo!”. E ainda alfinetou a torcida colorada: “O Inter só é campeão gaúcho porque o Grêmio preferiu se poupar para o título mundial.” Para o ex-presidente do regime militar, o Grêmio já tivera times melhores: “O dos últimos anos, por sinal, eram superiores ao atual”.
Com a taça de campeão mundial de clubes nas mãos, uma comitiva gremista seguiu para Brasília no dia 29 de dezembro de 1983 a fim de mostrar ao então presidente João Batista Figueiredo e ao chefe da casa civil da presidência da República e conselheiro do Grêmio, Leitão de Abreu, o troféu conquistado no Oriente. Estavam lá o novo presidente, Alberto Galia, o recém saído Fábio Koff, o patrono Fernando Kroeff e o presidente do conselho deliberativo, Flávio Obino, além de Pajheu Macedo Silva e Pedro da Silva Pereira.

Conselheiro X há 10 anos (agosto 2008): confirmado o Bradesco no Jardim Botãnico

Neste local surgirá a nova agência bancária no Jardim Botânico.
Está confirmado: o Jardim Botânico ganhará mais uma agência bancária - desta vez do Banco Brasileiro de Descontos, Bradesco, o maior banco privado do País. A agência - cujas obras vão em pleno ritmo - se localizará no coração do bairro, na rua Barão do Amazonas, bem próxima ao restaurante Cavanhas e quase ao lado do banco Itaú que ali existe.

Embora não façam declarações oficiais, fontes do banco - na avenida Protásio Alves - confirmam a notícia e garantem que a agência será inaugurada tão logo as obras estejam concluídas, "ainda este ano".

Com isso o Jardim Botânico, com seus cerca de 15 mil moradores, terá três bancos: a Caixa Econômica Federal, no interior do shopping Bourbon Ipiranga, o Itaú, na Barão do Amazonas, e agora o Bradesco.

domingo, agosto 12, 2018

sábado, agosto 11, 2018

Nomes das ruas do Jardim Botânico e o que elas homenageiam


O almirante Barroso ganhou o título de Barão do Amazonas por sua bravura na Guerra do Paraguai.
O Jardim Botânico tem ruas com nomes sonoros e expressivos - Chile, Buenos Aires, Valparaíso, Itaboraí, Barão do Amazonas etc. Veja abaixo o significado de algumas delas, onde muitos de vocês residem ou trabalham.
A rua 18 de Novembro, aquela ao lado do Bourbon e onde está a churrascaria do 35 CTG, bem que poderia, por exemplo, homenagear Jimi Hendrix, o músico genial, falecido nesse dia, em 1970. Mas homenageia mesmo é a rendição dos inimigos na Guerra do Paraguai.

BARÃO DO AMAZONAS – Rua que atravessa os bairros Petrópolis e Partenon. Começa na Protásio e acaba na Paulino Azurenha, com mais de 3 km de extensão. Na Planta Municipal de 1916, convergiam para a atual Bento Gonçalves duas pequenas vias, que eram então novas e de pequena extensão: a própria Barão, vinda dos lados do Arroio Dilúvio, e a avenida Esmeralda, que subia até a meia encosta do morro de Santo Antonio.
Até a década de 30 essa duplicidade de nomes continuou. Com a unificação, pela lei de 6.7.1936, mudou-se a denominação de avenida Esmeralda para Barão do Amazonas. Com o desenvolvimento de Petrópolis, esta rua prolongou-se até a Protásio Alves e, no sentido oposto, do Partenon, subiu o morro e superou a crista, descendo no rumo da Glória, até se encontrar com a Paulino Azurenha.O nome é uma homenagem ao Almirante Francisco Manoel Barroso, o Barão do Amazonas.

GUILHERME ALVES - Atravessa os bairros Jardim Botânico e Partenon. Começa na Ferreira Viana, passa pela Ipiranga e acaba na rua Mario de Artagão, Partenon. Aparece na planta de 1916 com o nome de rua Progresso. Pela lei número 2, de 6.7.1936, ganhou a denominação atual.Guilherme Alves, para quem não sabe (e poucos sabem), foi o primeiro construtor dos grandes e modernos trapiches na rua 7 de Setembro, no centro de Porto Alegre, aqueles mesmos armazéns que mais tarde passaram a ser propriedade da Cia Costeira. Graças à sua iniciativa, foram construídas várias edificações residenciais no Partenon, precisamente na atual rua Guilherme Alves, que ele organizou e construiu.O progresso da rua foi vindo aos poucos. Na planta de 1928, era apenas um logradouro do Partenon, sem ter ainda ultrapassado o Arroio. Na planta de 1949 já se achava plenamente instalada no Jardim Botânico.

FELIZARDO - Jorge Godofredo Felizardo nasceu em 9.11.1901, em Porto Alegre, e faleceu em primeiro de fevereiro de 1966. Foi engenheiro agrônomo, professor catedrático de Zoologia da Faculdade de Agronomia da URGS e do curso de História Natural da Faculdade de Filosofia da PUC, além de allto funcionário da Secretaria de Agricultura. Foi ainda genealogista e membro do Instituto Histórico e Geográfico do RS.

18 DE SETEMBRO – A data marca a rendição do Paraguai, na Guerra do Paraguai, quando forças paraguaias, cercadas pelo exército brasileiro, em Uruguaiana, se rendem sem condições. Dezenove anos depois, para comemorar o fato, foram libertados todos os escravos existentes na cidade. Conforme os registros da História, no dia 18 de Setembro aconteceu também, em diferentes anos, os seguintes feitos: o brasileiro Amyr Klink completa, em 1984, a travessia do oceano Atlântico em um caíque, sua primeira de muitas proezas; o governo militar senciona a Lei de Segurança Nacional, em 1969, prevendo inclusive pena de morte, prisão perpétua e banimento; em 1946, a teceira constituinte brasileira promulga a Constituição Brasileira.É também o Dia dos Símbolos Nacionais, Dia do Perdão.Santos do dia: José de Copertino, Metódio de Olimpo, Ricarda.Curiosidades: em 18 de setembro de 1950 entrou no ar a TV Tupi, de São Paulo, dando início à Era da TV no Brasil. Só havia tevê então em quatro países: EUA, Inglaterra, Holanda e França.Em 18 de novembro morre Jimi Hendrix, em 1970. Nasce Greta Garbo, em 1905. É também o dia da fundação da Central Inteligency Agency, CIA, em 1947, e da fundação do jornal New York Times, em 1851. O Chile comemora sua Independência neste dia, no ano de 1818.
JOÃO DE CASTILHOS - Um dos mártires católicos no início do RGS, junto com Afonso Rodrigues e Roque Gonzalez, também nomes de ruas do JB. Martirizado pelos indígenas aos quais queriam cristianizar, foi torturado e morto no século 16, assim como Afonso e Gonzales. João de Castilhos, jesuíta, nasceu na Espanha e viveu apenas 33 anos. Foi canonizado pelo Papa João Paulo Segundo em 1988.
Christiano Fischer - Foi um dos principais fundadoes da Faculdade Livre de Medicina de Porto Alegre, em 1898. Também ministrou a cadeira de Química. Em 1906 fundou a Farmácia Fisher, em POA. A avenida separa o JB do bairro Jardim Carvalho.