Foi pior e muito, muito mais assustador do que as principais cenas de "O Bebê de Rosemary", filme de Roman Polanski que fez (e faz) um tremendo sucesso no final dos anos sessenta. Assassinada a facadas, pendurada no teto, a atriz e mulher do diretor Polanski foi uma das cinco vítimas de um psicopata chamado Charles Manson (foto) e de sua "família" - na realidade uma seita satânica formada por jovens desajustados, "hippies" do mal, todos na faixa dos vinte e poucos anos, e que viam em Manson o seu profeta e guru, obedecendo-o cegamente.
Na noite de 8 para 9 de agosto de 1969, na cidade de Los Angeles, Califórnia, um grupo de cinco discípulos de CM penetrou na mansão de Polanski (que estava viajando) e Tate, no elegante bairro de Bel Air, e consumou um dos mais chocantes e rumorosos crimes dos anos sessenta. Vestidos com roupas pretas e capuzes, os assassinos (dois rapazes e três moças) cortaram os fios de eletricidade e do telefone e deram início à matança. À exceção de um, que estava armado com um revólver calibre .22, os demais portavam facas. Sharon, 26 anos, teria implorado pela vida de seu filho, pois estava nos dias finais da gravidez de um bebê que se chamaria Paul. Suas súplicas, no entanto, foram inúteis. Os assassinos penduram o corpo da atriz em uma viga no teto, ao lado do de um outro amigo seu, e depois escreveram à sangue, na porta da casa, a palavra "pigs" (porcos).
O crime - chocante, por si mesmo - atraiu a atenção da imprensa internacional por envolver uma jovem, bela e promissora atriz e seu marido, Polanski, que recentemente havia lançado o estrondoso sucesso "O Bebê de Rosemary", com Mia Farrow - a história de uma seita satânica que se apossa de um bebê, considerado o filho do Diabo.
Ouvido por uma emissora de TV, o escritor Truman Capote - também recente sucesso com o seu romance de não-ficção "A Sangue Frio" - era da opinião de que havia um só assassino, provavelmente um maníaco sexual.
Na verdade, errou feio, embora a polícia, nos primeiros meses, também não conseguisse chegar a resultados palpáveis.
Nesse meio tempo, o pai de Sharon visitava acampamentos hippies, fingindo-se de um deles. Nesse mundo à parte, corria à boca pequena a história do crime; todos sabiam que aquilo fora praticado pela seita de Manson, que vivia em um rancho localizado em um vale próximo a Goler Canyon, arredores de Los Angels. Foi dessa comunidade satânica de mais de 20 pessoas - a "família" - que saíram os assassinos àquela noite.
Manson, nascido em 11 de novembro de 1934, o líder da seita, tinha uma biografia apropriada para um psicopata: sua mãe foi abandonada pelo pai aos 16 anos de idade, quando estava grávida. Criado por uma avó materna, a princípio, depois por um casal de tios que não o suportava, acabou em reformatórios do Governo. Místico, racista, tinha poder absoluto sobre a seita. Condenado à morte um ano depois, teve sua pena permutada por prisão perpétua. Morreu recentemente, aos oitenta e picos de idade.
Na noite de 8 para 9 de agosto de 1969, na cidade de Los Angeles, Califórnia, um grupo de cinco discípulos de CM penetrou na mansão de Polanski (que estava viajando) e Tate, no elegante bairro de Bel Air, e consumou um dos mais chocantes e rumorosos crimes dos anos sessenta. Vestidos com roupas pretas e capuzes, os assassinos (dois rapazes e três moças) cortaram os fios de eletricidade e do telefone e deram início à matança. À exceção de um, que estava armado com um revólver calibre .22, os demais portavam facas. Sharon, 26 anos, teria implorado pela vida de seu filho, pois estava nos dias finais da gravidez de um bebê que se chamaria Paul. Suas súplicas, no entanto, foram inúteis. Os assassinos penduram o corpo da atriz em uma viga no teto, ao lado do de um outro amigo seu, e depois escreveram à sangue, na porta da casa, a palavra "pigs" (porcos).
O crime - chocante, por si mesmo - atraiu a atenção da imprensa internacional por envolver uma jovem, bela e promissora atriz e seu marido, Polanski, que recentemente havia lançado o estrondoso sucesso "O Bebê de Rosemary", com Mia Farrow - a história de uma seita satânica que se apossa de um bebê, considerado o filho do Diabo.
Ouvido por uma emissora de TV, o escritor Truman Capote - também recente sucesso com o seu romance de não-ficção "A Sangue Frio" - era da opinião de que havia um só assassino, provavelmente um maníaco sexual.
Na verdade, errou feio, embora a polícia, nos primeiros meses, também não conseguisse chegar a resultados palpáveis.
Nesse meio tempo, o pai de Sharon visitava acampamentos hippies, fingindo-se de um deles. Nesse mundo à parte, corria à boca pequena a história do crime; todos sabiam que aquilo fora praticado pela seita de Manson, que vivia em um rancho localizado em um vale próximo a Goler Canyon, arredores de Los Angels. Foi dessa comunidade satânica de mais de 20 pessoas - a "família" - que saíram os assassinos àquela noite.
Manson, nascido em 11 de novembro de 1934, o líder da seita, tinha uma biografia apropriada para um psicopata: sua mãe foi abandonada pelo pai aos 16 anos de idade, quando estava grávida. Criado por uma avó materna, a princípio, depois por um casal de tios que não o suportava, acabou em reformatórios do Governo. Místico, racista, tinha poder absoluto sobre a seita. Condenado à morte um ano depois, teve sua pena permutada por prisão perpétua. Morreu recentemente, aos oitenta e picos de idade.