A Argentina sempre foi um país passional e extremado que tinha tudo para dar certo - um povo homogêneo e alfabetizado, vastos recursos naturais, capacidade de trabalho etc. Mas o radicalismo, o caudilhismo e o militarismo fez essa nação - que já foi o celeiro do mundo e tinha um alto padrão de vida na primeira metade do século - perder o bonde da História. Em 1975 e 1976 o nosso vizinho vivia uma situação de caos, no governo de Isabelita, a mulher e sucessora de Juan Perón, e o golpe militar estava previsto com um ano de antecedência. Depois que ele aconteceu, no final de março, os grupos esquerdistas da luta armada, muito mais organizados e radicais do que os similares brasileiros, continuaram em armas, apesar da feroz repressão das Forças Armadas e dos grupos paramilitares de direita. Previa-se até mesmo que a situação degenerasse em uma guerra civil. Os guerrilheiros de esquerda não desanimaram e continuaram ações tão ousadas como o de ataques a quartéis, em batalhas como a que se vê na reprodução acima, com mais de cem mortos, em 1975. A reprodução é do Correio do Povo, coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sexta-feira, outubro 10, 2014
quinta-feira, outubro 09, 2014
O Grande Ditador estréia em Porto Alegre: maio de 1941
Filmado em 1940 como uma sátira ao totalitarismo de Hitler e companhia, O Grande Ditador, de Charles Chaplin,estreou em Porto Alegre - cidade que, na época, contava com quase 30 cinemas - no dia primeiro de junho, logo depois do calamitoso mês da grande enchente, ocorrida em maio. Lançado, pela primeira vez na história da Capital gaúcha, em quatro cinemas simultâneos, ganhou grandes anúncios nas páginas da imprensa porto-alegrense, como esta, no Correio do Povo.
"Foi descoberta a bomba atômica e seu poder é inimaginável"
No dia 7 de agosto de 1945 o jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, o maior e mais importante da Região Sul brasileira, noticiou o fato que espantou o mundo: o lançamento, no dia anterior, segunda-feira, da primeira bomba atômica fabricada pelo homem e que produziria milhares de mortos. Adiantando-se, o diário antevia a rápida rendição dos japoneses e uma revolução na tecnologia. Sobre a bomba, dizia, em manchete: "Seu poder ultrapassa a tudo o que se imaginar". Três dias depois seria lançada outra bomba, agora sobre Nagasaki. Curiosamente - ou sabiamente - os japoneses adotaram a geração atômica como principal fonte de energia de um País carente em recursos minerais. Coleção do Correio do Povo, Arquivo Histórico de Porto Alegre.
domingo, outubro 05, 2014
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