As torres gêmeas, ou o World Trade Center, ainda eram uma promessa em novembro de 1966, quando começava a ser construído na ilha de Manhattan, em Nova Iorque, aquele que seria o edifício mais alto do mundo. Previsto para ser inaugurado em 1972, teria 110 andares e sua construção custaria mais de 500 milhões de dólares, desbancando, em altura, o histórico Empire State. A matéria, extraída da Folha da Tarde, de Porto Alegre, ganha importância quando se lembra que, em 11 de setembro de 2001, esses dois gigantescos edifícios vieram abaixo no maior atentado terrorista em território norte-americano.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sábado, fevereiro 01, 2014
quinta-feira, janeiro 30, 2014
A miss que encantou Peter Sellers e venceu outras 49 candidatas do mundo todo
Yeda Maria Vargas, em foto de 1963, logo depois que ganhou, no Rio, o título de Miss Brasil 1963, e antes de seguir para Miami Beach, onde conquistaria o título máximo, de Miss Universo daquele ano - a segunda gaúcha e brasileira a merecer esse feito. A foto foi publicada na Revista do Globo. Yeda teve, na volta a Porto Alegre, depois da apoteose no Maracanãzinho, recepção digna de um chefe de Estado, com a presença do governador Ildo Meneghetti e do prefeito José Loureiro da Silva, entre outros.
quarta-feira, janeiro 29, 2014
Everaldo Marques, o tricampeão mundial de futebol que virou uma estrela dourada na bandeira do Grêmio
Pesquisa e texto: Vitor Minas
Às
22h30min de 27 de outubro de 1974, domingo, o ex-lateral esquerdo do Grêmio e
tricampeão mundial de futebol pela seleção brasileira na Copa de 1970, no
México, Everaldo Marques da Silva, colidiu seu
automóvel Dodge-Dart contra a traseira de uma carreta Mercedes-Benz carregada
com 24 toneladas de arroz e com placas de Santa Maria. Ou melhor - não colidiu, foi colidido.
Muito popular em todo o Estado, homenageado e paparicado depois da Copa (negro em um clube e em um Estado considerados racistas, foi o único representante gaúcho no selecionado), Everaldo havia, na prática, encerrado a carreira nos gramados e fazia então campanha eleitoral para eleger-se deputado estadual nas eleições de 15 de Novembro de 1974 pela Aliança Renovadora Nacional, ARENA, partido governista.
Muito popular em todo o Estado, homenageado e paparicado depois da Copa (negro em um clube e em um Estado considerados racistas, foi o único representante gaúcho no selecionado), Everaldo havia, na prática, encerrado a carreira nos gramados e fazia então campanha eleitoral para eleger-se deputado estadual nas eleições de 15 de Novembro de 1974 pela Aliança Renovadora Nacional, ARENA, partido governista.
Conduzido ainda com vida ao Hospital de Pronto
Socorro de Porto Alegre, faleceu a caminho – com ele morreram sua esposa, Cleci
Helena, e sua filha Deise, de apenas três anos. Cleci teve morte instantânea –
foi arremessada para fora do carro. No dia 3 de maio, também um domingo, morreu
a irmã de Everaldo, Romilda, totalizando quatro vítimas fatais. O acidente
aconteceu em uma grande reta, na altura do quilometro 43 da BR-290 (Porto
Alegre-Uruguaiana), município de Cachoeira do Sul. Tripulado por sete pessoas – Everaldo, Cleci
e Deise e a filha mais velha, de seis anos, Denise, a irmã do jogador, Romilda,
o tio Jardelino e a cunhada Maria Madalena Pereira da Silva, o carro havia sido
presente de uma concessionária de Porto Alegre pelo tri conquistado no México.
Apesar de todos, no calor do momento,
culparem o caminhoneiro Vergilio Broglio (que se confessou “um gremista
doente”), de 48 anos, motorista do Mercedez, residente em Santa Maria e que
seguia em direção a Porto Alegre, constatou-se que Everaldo, cansado e na
pressa de chegar logo a Porto Alegre, dirigia em alta velocidade (cerca de 160
km por hora, segundo apurou a perícia). Já o caminhoneiro não calculou
corretamente a manobra de saída do restaurante e posto de gasolina “Constante”,
retornando bruscamente à rodovia – ele também não prestou socorro às vítimas e,
segundo testemunhas, tentou fugir do local do acidente, sendo interceptado por
outro carro que o perseguiu. A rodovia, à época, apresentava pistas em bom
estado e era bem iluminada.
O campeão mundial tinha ido a Cachoeira
participar de um jogo dos veteranos do Grêmio contra a equipe de um ginásio
local dos Irmãos Maristas – os veteranos venceram por 6 a 3, Everaldo teve uma
participação discreta, mas, sem dúvida, foi o responsável pelo bom público
pagante. Ele chegou com a família em seu Dodge amarelo (os demais jogadores vieram
de ônibus fretado), distribuiu santinhos da sua campanha, deu autógrafos, posou
para fotos e, no início da noite, participou de uma confraternização. Na saída, Loivo – jogador do Grêmio que o apoiava
no corpo-a-corpo político - gritou-lhe do interior do seu Chevette: “Nos
encontramos em Minas do Butiá pra tomar uma champanha!”.
Apesar de já não estar mais relacionado
entre os titulares do Grêmio ele ainda mantinha contrato de trabalho com o clube
(ganhava 15 mil cruzeiros mensais). Havia, inclusive, acertado com os
dirigentes a realização de um jogo de despedida, igualmente comemorativo dos
seus 15 anos de casa, marcado para julho do próximo ano. No sábado – lembraram
depois seus colegas e amigos – Everaldo ainda esteve no Olímpico, participando
de trabalhos físicos e treinamentos leves.
Surgido no Grêmio ainda criança, ele assinou
seu primeiro contrato com o tricolor em janeiro de 1961, na categoria infantil
- era alto, magro e canhoto no chute. Everaldo foi campeão estadual em 66,
seguindo-se os títulos de 67 e 68 (o hepta tricolor). De junho de 1965 a
outubro de 1966, esteve emprestado ao Juventude de Caxias do Sul. Foi convocado para a seleção de 1970, sem
nenhuma garantia de ser titular, o que acabou de fato acontecendo graças,
sobretudo, à sua aplicação tática e ao seu jogo simples, discreto e eficiente. Na
definição do seu ex-técnico Carlos Froner, “era um jogador que crescia de
acordo com a importância da partida”. Era também considerado um atleta viril,
mas leal em suas disputas, o que lhe valeu o prêmio disciplinar Belfort Duarte
da Confederação Brasileira de Desportos.
Naquele domingo à tarde, no Olímpico, o time
da casa, treinador por Sérgio Moacir, havia vencido a equipe do Caxias por 1 a
0, gol de Dionísio. O ataque gremista, formado por Luis Freire, Iúra, Tarciso e
Bolívar, teve grandes dificuldades para superar a retranca grená.
As duas misses gaúchas: a coroa da beleza mundial
A antiga Revista do Globo, de Porto Alegre, que durou de 1929 até 1967, sempre dedicou bons espaços aos concursos de miss - como, aliás, faziam quase todos os meios de comunicação daquela época, anos cinquenta e sessenta. No agitado ano de 1963, quando Jango era o presidente do Brasil, Yeda Maria Vargas - que havia sido miss Porto Alegre e miss Rio Grande do Sul - elegeu-se miss Brasil e foi representar o nosso país no miss Universo - e não é que ganhou. Nesta edição da RG a publicação compara as duas misses universos que saíram do Brasil - coincidentemente, gaúchas. Mais tarde a baiana Marta Vasconcellos também chegaria ao título máximo da beleza. (V.M.)
terça-feira, janeiro 28, 2014
Com a Pulga Atrás da Orelha, em 1962
Com a Pulga Atrás da Orelha. A peça, do francês Feydeau, que vinha a Porto Alegre naquele mês de setembro de 1962 (52 anos atrás, portanto) tinha no elenco, como destaque, a atriz Fernanda Montenegro, 32 anos, ganhadora de vários prêmios pela qualidade do seu trabalho nos palcos. Com ela vinham, entre outros, Ilka Salaberry, Cláudio Correa e Castro e Francisco Cuoco. A venda os ingressos acontecia na Drogaria Panitz, em frente à Casa Victor (lembram?), na rua dos Andradas, e as apresentações aconteciam no teatro São Pedro.. Reprodução do Correio do Povo, Arquivo Histórico de Porto Alegre.
segunda-feira, janeiro 27, 2014
Glória Menezes, "a gauchinha de Pelotas", veio ao avant-premiére de O Pagador de Promessas no cine Cacique, em Porto Alegre
Em setembro de 1962, ainda comemorando a premiação de O Pagador de Promessas no Festival de Cannes, na França, a atriz Glória Menezes - gaúcha de Pelotas - esteve em Porto Alegre. Muito badalada, bonita e simpática, ela compareceu ao "avant-première" do filme no cine Cacique, na rua dos Andradas, desfrutando os ouros da fama, conforme se lê nesta notícia do Correio do Povo de 2 de setembro de 1962. Gloria tinha apenas 27 anos - faria 28 em outubro daquele ano.
Assinar:
Postagens (Atom)