Que saudade do fedor da Borregaard!... Parece piada, e é.
O fato é que a gente recorda Porto Alegre nos anos setenta (vocês, pois eu eu era menino no interior desassistido) e nem sempre tem motivos para saudosismos. Poucos telefones, muita violência, muito assalto, muitos acidentes, repressão, e ainda por cima o "odor nauseabundo" da fábrica de celulose que, no final de 75, mudou o nome para Riocell, foi nacionalizada e passou - claro - a ser controlada por um general. E continuou a lançar suas "emanações fétidas", gerando uma das maiores ondas de repulsa da população porto-alegrense contra uma única empresa, transformada em Inimigo Público. O Correio do Povo, mesmo conservador na sua linha editorial, não poupava a fábrica instalada em Guaíba, conforme vocês poder ver nesta nota publicada em setembro de 1976, quando a ex-indústria norueguesa arrepiou até as narinas das autoridades presentes ao lançamento da Semana da Pátria daquele ano, no Parque da Redenção.