Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
quarta-feira, julho 05, 2017
segunda-feira, julho 03, 2017
No tempo em que a literatura retratava a asfixia nacional
Há 42 anos o Brasil ainda vivia sob o regime militar, e havia a esperança de que, quando este caísse (ou seja lá o que for), o Brasil recuperasse suas liberdades e melhorasse como país. Em uma época em que ainda havia censura e o Ato Institucional número 5 mantinha-se em pleno vigor, a literatura tinha, logicamente, um viés esquerdista e de protesto pela situação asfixiante em que vivia grande parte do povo brasileiro. Naquele final de 1975, comprovando isso, o livro mais vendido - segundo o levantamento da revista Veja - era Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca - hoje com mais de 90 anos e em plena atividade, assim como Chico Buarque de Holanda (Fazenda Modelo), D. Hélder Câmara ( o "bispo vermelho") e Jorge Amado e sua Gabriela, Cravo e Canela. Entre os livros estrangeiros, estavam obras que ganharam as telas, com grande sucesso, como Tubarão e o Inferno na Torre.
Glória Gaynor no Gigantinho, em única apresentação: setembro de 1975
Em 1975 a cantora norte-americana Glória Gaynor tinha apenas 24 anos - hoje tem 67 - mas já era uma estrela do que se chamava então de Disco Music, aquele som que embalava as discotecas dos anos setenta, tanto que o sucesso Never Can Say Goodbye é considerado a primeira gravação desse gênero. Depois vieram muitos outros sucessos, com destaque para I Will Survive, talvez o maior de todos. Glória logo passou a ser idolatrada pelo público gay, preferência que se mantem até hoje. Em setembro de 1975 ele veio a Porto Alegre e apresentou-se no Gigantinho, conforme noticia o Correio do Povo (reprodução). Foi uma única apresentação e os ingressos estavam à venda nas lojas Saco e Cuecão - que tem mais de 50 anos lembra bem.
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