Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
quinta-feira, julho 23, 2015
"Biliovisionário" sonha com uma rede mundial de computadores interligados: 1994.
Nem faz tanto tempo assim - foi em 1994 que o sonho da Internet se tornou uma realidade plenamente possível para um jovem que era, então, considerado de certa maneira um "visionário": Bill Gates, um dos donos da Microsoft. O "biliovisionário" - conforme matéria da revista Veja - sonhava com uma rede de computadores "planetária", algo que até então parecia mais próprio dos filmes de ficção científica. A Internet chegaria ao Brasil no ano seguinte, de forma incipiente, e hoje é isso que aí está. Porém, na época, muitos especialistas achavam que Gates "pode estar dando um passo maior do que a perna."
Grêmio conquista o heptacampeonato gaúcho, em 1960, com Foguinho e companhia
Em 1960 o Grêmio de Osvaldo Rolla, o Foguinho, seria penta campeão gaúcho, confirmando a sua supremacia estadual. No ano seguinte, no entanto, perderia o título para o Internacional, mas o recuperaria e manteria até 1968, quando conquistou o inédito hepta do Estado. Nesta foto vemos o esquadrão tricolor, com a sua belíssima camisa, posando para o fotógrafo da Revista do Globo.
Martha Rocha, aos 18 anos, curte a celebridade de "vice miss-Universo": 1954
1954 foi um ano complicado para o Brasil,com toda a agitação que se seguiu ao atentado da rua Toneleros, a consequente crise político-militar e, finalmente, o trágico suicídio de Getúlio Vargas. Em Porto Alegre, em agosto, a cidade transformou-se quase em teatro de guerra e houve depredações e mortes. Por outro lado, no final do ano, em novembro, aconteceria a célebre tentativa de fuga de quase mil apenados da Casa de Correção, o presídio central da época, localizado ao lado do Gasômetro, no centro da cidade, acontecimento que encheu de medo os porto-alegrenses. Mas 1954 também ficou marcado como o ano em que a jovem baiana Martha Rocha perdeu o título de Miss Universo para uma norte-americana, naquela que teria sido uma das maiores injustiças em termos de concurso de beleza ao longo de toda a história. Aos 18 anos (a sua idade está errada na matéria do CP), contudo, a despeito de tudo, Martha ficou consagrada como a mais célebre miss brasileira. No ano que vem ela completará 80 aninhos de muitas histórias para contar.
O terrível problema das enchentes na velha Porto Alegre deixava milhares de flagelados
Enchentes como a que agora está acontecendo, já em fase final, em Porto Alegre e municípios vizinhos, eram o grande pesadelo da população da Capital na primeira metade do século passado. Praticamente cercada de águas, a "Cidade Sorriso" sofria os efeitos terríveis do aumento do nível do Guaíba, tanto que era um dos mais agudos problemas urbanos do Brasil naquela época. A enchente de 1941 foi, disparada, a maior de todas, com mais de dois metros de água cobrindo o centro da cidade, onde trafegavam até mesmo barcos grandes. Porém bem antes disso - aliás, quase todos os anos - a cidade vivia tal flagelo, com dezenas de milhares de desalojados. A enchente de 1936 foi uma das piores, deixando nada menos do que 50 mil flagelados na Capital que contaria então com pouco mais de 250 mil habitantes, além de minas submersas na região carbonífera, com quatro mineiros mortos, conforme vemos nestas reproduções do Correio do Povo.O autor deste blog tem uma publicação chamada "Águas de Maio, a Grande Enchente de 1941", em que relata o que foram os dias de maio de 1941 em Porto Alegre e em todo o Rio Grande do Sul.
terça-feira, julho 21, 2015
Os traficantes de sangue humano aterrorizavam as zonas rurais nos anos setenta
Quando este blogueiro (?) era criança, no interior do Rio Grande do Sul, no final dos anos sessenta e início dos setenta, nossos pais nos alertavam para a presença e possível ataque dos "tiradores de sangue", que era como se chamava então as quadrilhas de traficantes de sangue humano que atuavam principalmente nas zonas rurais, quase sempre a bordo de kombis, e visavam sobretudo as crianças mais pequenas e indefesas. Ao passar do tempo os tais "vampiros" se tornaram personagens de uma possível lenda urbana - ou rural - nada crível, motivo até de gozação por parte de quem ouvia tais relatos aparentemente inverossímeis. Mas, pesquisando na coleção dos jornais do Arquivo Histórico de Porto Alegre (entre eles a extinta Folha da Tarde), por acaso encontrei matérias falando da ação de tais pessoas, o que prova de que não era uma lenda, afinal. Na verdade o comércio e o tráfico de sangue de fato existiam, já que o produto valia muito no mercado internacional, para onde era enviado, especialmente para os países da Europa. É sempre bom lembrar que na época ainda havia o comércio legal e consentido de sangue no Brasil - pagava-se por ele para qualquer pessoa que resolvesse vendê-lo, geralmente pessoas pobres, bêbados e viciados, já que não havia exames clínicos para detectar vírus de muitas doenças, daí o surgimento de tantas doenças. Nas reproduções acima vemos que isso também ocorria em outros países das Américas - era,literalmente, o que o escritor Eduardo Galeano chamou de "veias abertas da América Latina".
domingo, julho 19, 2015
Os hippies sofrem o conservadorismo dos anos 70: Porto Alegre
O final dos anos sessenta e o início dos anos setenta foram o auge do movimento hippie, aquele do "paz e amor". Percorrendo o Brasil, e também outros países, sem qualquer dinheiro, na base da cara e da coragem, os hippies eram geralmente mal-vistos e encarados com desconfiança por uma sociedade ainda fortemente conservadora. Considerados dissolutos, promíscuos, viciados e sujos por grande parte da população, eles ainda tinham de enfrentar a repressão da ditadura militar que, naqueles tempos, vivia o seu ápice e não dava moleza a ninguém. Nesta reprodução do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, de junho de 1972, um grupo de mais de 20 hippies eram presos no centro da capital. O motivo principal: eram hippies, simplesmente. Reprodução da Zero Hora.
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