Desde que foi inaugurado, no início dos anos sessenta, o Teatro Leopoldina sempre foi a melhor e principal casa de espetáculos de Porto Alegre. Nesta reprodução do jornal Correio do Povo de novembro de 1966 vemos o "jovem" cantor Francisco Buarque de Hollanda apresentando-se no Leopoldina. Chico, autor do estrondoso sucesso A Banda, a "música do ano", tinha vinte e poucos anos e vinha para uma única apresentação.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sexta-feira, maio 29, 2015
terça-feira, maio 26, 2015
Luis Fernando Veríssimo autografa "As Cobras", em 1975, aos 38 anos
Em setembro do próximo ano o escritor e jornalista Luis Fernando Veríssimo completará 80 anos, uma data significativa e que superará em 10 anos o tempo de vida de seu pai, Érico. Em junho de 1975 o autor de "As Cobras" tinha apenas 38 anos e autografava seu livro do mesmo nome, como sempre com grande sucesso de público. Embora não fosse o nome nacional que hoje é, ele já fazia grande sucesso com suas tiras diárias, suas crônicas e seus comentários espirituosos. Note-se que naquela época o poeta Mário Quintana ainda vivia, assim como o pai de Luis, Érico Veríssimo, falecido no final daquele mesmo ano, em Porto Alegre. A reprodução acima é do jornal Correio do Povo. Veríssimo ainda trabalhava no diário Folha da Manhã, mas já se preparava para voltar ao jornal Zero Hora, de onde não mais sairia.
Getúlio e Ademar de Barros unidos "para reimplantar a jogatina no Brasil"
As eleições de 3 de outubro de 1950 foram das mais acirradas da história do Brasil. Getúlio Vargas, então senador, e que vivia quase recluso em sua fazenda do Itu, no município de Itaqui, despontava como o grande favorito em um pleito no qual fizera aliança com o governador de São Paulo, Ademar de Barros. Os ataques a Vargas se sucediam com uma incrível violência, sobretudo por parte de setores que foram por ele prejudicados ou alijados durante o período da Revolução de 30 e do Estado Novo. Como na Era Getúlio os jogos de azar eram liberados em todo o Brasil - sendo proibidos depois, quando o general Eurico Gaspar Dutra o sucedeu, já pelo voto direto - os inimigos do "velho" mandaram publicar nos principais jornais brasileiros anúncios como este, em que Vargas e Ademar de Barros se unem "para reimplantar a jogatina". A reprodução é do Correio do Povo, de setembro de 1950, coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre.
O eterno problema das enchentes em Porto Alegre
As enchentes do Guaíba sempre foram um dos mais dramáticos problemas para a população de Porto Alegre, que temia as periódicas cheias do rio que hoje é considerado lagoa. Inundações famosas, como a de 1873, a de 1903, a de 1914, a de 1926, a de 1928, a de 1936, seriam superadas pela maior de todas: a grande enchente de 1941, literalmente um divisor de águas na história da capital. A partir daí - e diante do drama humano e dos prejuízos materiais - o governo da União, na época nas mãos dos gaúcho Getúlio vargas, iniciou uma série de obras de contenção que culminaram, décadas mais tarde, como famoso Muro da Mauá, no centro da cidade, contestado por muitos mas aprovado pelos técnicos que estudam o assunto. Em julho de 1937, menos de um ano de uma outra cheia que deixou mais de 50 mil desabrigados em uma cidade de 250 mil habitantes, o Correio do Povo noticiava outra inundação que vitimava a cidade. Atente-se para o título, "Infelicidade que não tem fim", reportando-se o jornal à historicidade do problema. Abaixo, reprodução do Jornal da Manhã, também de Porto Alegre e que durou alguns anos, destacando-se pela bela diagramação e pela cobertura de eventos sociais, música e variedades.
Sobre a enchente de 1941 o autor deste blog, Vitor Minas, tem um trabalho - Águas de Maio, a Grande Enchente de 1941 - e cujo resumo pode ser acessado neste blog e também no Youtube.
Sobre a enchente de 1941 o autor deste blog, Vitor Minas, tem um trabalho - Águas de Maio, a Grande Enchente de 1941 - e cujo resumo pode ser acessado neste blog e também no Youtube.
No tempo em que a sífilis era um mal terrível e até fatal: 1936
Antes da penicilina e da estreptomicina, a sífilis era um mal terrível que assustava a população, não somente a masculina como também a feminina. Nossos avós e até pais lembram disso muito bem, já que até o final dos anos quarenta, quando se popularizou o uso de antibióticos sintéticos, essa doença sexualmente transmissível deixava graves sequelas e até matava. Nesta propaganda, extraída da Revista do Globo, de Porto Alegre, em maio de 1936, vemos bem o que representava esse terrível mal e as tentativas (todas enganosas e produto da ânsia de vendas por parte dos laboratórios) de combatê-lo. No caso, um laboratório de Pelotas - cidade que se destacava por seu laboratórios e fabricação de medicamentos - anuncia o "triunfo completo sobre a sífilis", doença que ainda hoje preocupa.
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