Pois uma simples e boba frase dita por um astro da música internacional - no caso, Lennon, dos Beatles - causou tal repercussão, críticas e ira a ponto de gerar manifestações públicas e ódio dos setores religiosos e conservadores do cristianismo. Nada muito diferente do que acontece hoje nas mídias sociais - só que esta foi dita em 1966, quando a banda inglesa (cujos quatro integrantes tinham vinte e poucos anos na época) era a sensação mundial. "Somos mais populares que Jesus Cristo", teria dito Lennon em entrevista, declaração vista como uma ofensa a Jesus Cristo por parte da cristandade menos pensante. Nestas duas matérias retiradas do Correio do Povo de agosto de 1966 - época do acontecido - vemos que o bom senso estava com um jornal italiano: "Há muitos problemas no mundo, muito mais sérios do que as tolices dos Beatles".
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sábado, outubro 28, 2017
sexta-feira, outubro 27, 2017
Rádio Farroupilha é saudada como a grande novidade porto-alegrense naquele ano de 1935
Reprodução do Correio do Povo, coleção do Arquivo Histórico Moysés Vellinho da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. |
A Farroupilha foi a terceira emissora de rádio instalada em Porto Alegre e, de longe, já no seu início, a mais potente (capacidade para 100 quilovates, de dia e de noite). Pertencente ao então governador José Antonio Flores da Cunha, foi vendida para o proprietário do grupo Diários Associados, Assis Chateaubriand, em 1943. Na data da sua fundação - que coincidiu com os extraordinários festejos e eventos pelo transcurso do centenário da Revolução Farroupilha, em 1935, a "mais potente" - como era chamada - tinha ondas internacionais, sendo captada em diferentes países da América do Sul. De início operou com uma potência de 25 (ou 35) quilovates, mais tarde ampliados. Hoje pertence ao grupo RBS, da família Sirotsky e opera em frequência modulada. Quando da sua fundação, em 24 de julho de 1935, com apresentação ao vivo de Carmen Miranda e Mário Reis, a emissora vinha se somar a rádio Sociedade Gaúcha e a Difusora, e era saudada como um grande acontecimento para Porto Alegre e o Rio Grande do Sul. Durante a enchente de 1941, que devastou a Capital, a emissora continuou a operar, mesmo em caráter precário, e teve papel fundamental para tranquilizar a população sobre o o flagelo e também na transmissão de informes de utilidade pública.
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