Com apenas 20 anos, mas já dando ares da grande atriz que depois se tornou, a porto-alegrense Lilian Lemmertz ainda estava na capital gaúcha naquele novembro de 1957, quando a Revista do Globo fez uma grande matéria a seu respeito. Atuando no teatro amador da cidade - então com pouco mais de 500 mil habitantes - Lilian não tardou a ir para São Paulo, onde chegou em 1963. Mãe da também atriz Júlia Lemmertz, ela faleceu em junho de 1986, de um infarto do miocárdio, deixando uma grande lacuna nas artes dramáticas. A semelhança entre mãe e filha,aliás, é notável. (V.M.)
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sexta-feira, janeiro 17, 2014
Há exatos 38 anos, a morte do operário Fiel nos porões da repressão
Hoje, 17 de janeiro, fazem 38 anos que aconteceu a traumática morte - assassinato, na verdade - do operário Manoel Manoel Filho, nas celas do DOI, órgão da repressão política, em São Paulo. O episódio, acontecido poucos meses depois da morte de Vladimir Herzog em circunstâncias quase iguais (o mesmo cenário montado), foi importante para a caminhada rumo à democracia. Acuado, o governo Geisel substituiu o então comandante do Segundo Exército e mandou dar um basta às mortes mais acintosas de presos políticos. Nas reproduções acima, do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, a notícia do fato e a foto da vítima.
Toniolo, o único pichador que assina o seu próprio nome
Uma idéia na cabeça – divulgar o seu próprio nome – e um spray na mão. Autodenominado-se o “Rei Mundial da Pichação”, Sérgio José Toniolo levou isso às últimas conseqüências e tornou-se quase uma lenda viva em Porto Alegre: quem, com mais de 30 anos, alguma vez não viu a palavra “Toniolo” escrita em algum muro, algum prédio, alguma passarela, algum monumento ou até mesmo alguma calçada ou asfalto?
CELEBRIDADE - Um rei cujo reinado não é nada recente – iniciou, mais exatamente, no final dos anos setenta e ganhou força nos anos 80, quando, de fato, se tornou uma celebridade incontestável, foi preso, ameaçado de morte, algemado, internado e até levou alguns tiros.
Nada disso, naqueles anos, tirou a disposição desse homem calvo, hoje com bem mais de 60 anos, escrivão de polícia aposentado, solteiro, segundo grau completo, sem filhos e morador do vizinho bairro de Petrópolis – mais exatamente na avenida Taquara, onde reside na parte baixa de um edifício. Hoje Toniolo está mais sossegado, não freqüenta mais as manchetes de jornais, não é notícia. Está, por assim dizer, apagado, ou em recesso. Talvez seja a idade, o tempo, o cansaço, a saúde. Sem reposição, seu nome, antes tão onipresente, foi se apagando dos edifícios, dos muros e vias públicas, por força do tempo, da limpeza, da chuva. É a fase do crepúsculo.
Mas a lenda urbana chamada Toniolo persiste – o Pai e o Rei dos Pichadores, ou, como ele dizia, “o único pichador que não faz símbolos incompreensíveis e assina o seu próprio nome”.
Louco ou não, Toniolo entrou para a História por suas próprias mãos. Literalmente. Em um tempo em que a pichação se tornou uma praga, obra de gangues sem rosto e muitas vezes violentas, de pessoas semi-alfabetizadas e toscas, Sérgio José Toniolo distingue-se por ter pertencido a uma outra espécie: inteligente, esse homem que os médicos apontaram como “esquizofrênico paranóide” (aposentou-se por força da doença), e que foi interditado e preso, julgava-se um “anarquista”. Isso, é claro, depois de ter sido impedido de se candidatar a deputado estadual pelo PMDB no início dos anos 80. Depois, em sua própria cabeça, tornou-se várias vezes candidato pelo inexistente Partido Anarquista Brasileiro – foi inclusive, em sua cabeça, candidato à Presidente da República, usando, em todas as vezes, o seu número cabalístico 1543.
"BRASILEIRO É ACOMODADO" – Segundo a Medicina, quem sofre de esquizofrenia paranóide tem, geralmente, mania de grandeza e de perseguição. As duas coisas não faltaram a Toniolo: foi, nos anos setenta, o recordista brasileiro em colaborações às seções de “Cartas do Leitor” de todos os jornais possíveis – escreveu mais de mil, sobre todos os assuntos, da sujeira das ruas, das fezes dos caos à cretinice dos políticos. E vivia fugindo da polícia e dos donos de imóveis.
Quanto às pichações, garante que fez bem mais de 70 mil delas, gastando, pelos seus cálculos, mais de 100 mil reais ao longo de tantos anos, tudo do seu próprio bolso. Gastou em sprays (às vezes mais de um por noite), tintas, pincéis. Mandou fazer pandorgas com seu nome escrito para lançá-las ao ar. Defendeu o voto nulo, o anarquismo. Costumava dizer que o brasileiro é “frouxo e acomodado” – o que ele, de fato, não era: grão-mestre da autopromoção e da publicidade-artesanal-em-série-ininterrupta, apanhou, desafiou deliciosamente, experta e inocentemente o Poder com seu spray, divertiu os cidadãos da cidade e demonstrou o poder de fogo de um homem só – maluco, com certeza, mas, vá lá, incrivelmente e determinado como só estes podem ser. E divertido. Palhaço. Cavaleiro solitário. Carlitos com mania de grandeza.
ENGANANDO A BRIGADA - Matéria de reportagens e notícias em jornais, sua história foi ao ar no programa Fantástico, da Rede Globo, em 1981. Em 1984, quando Jair Soares era o Governador do Rio Grande do Sul, anunciou a todos – telefonava às redações – garantindo que iria pichar seu nome na fachada do Palácio Piratini.
Feita a ameaça, a segurança foi alertada e reforçada. Não contavam eles, porém, com a astúcia do Rei Mundial da Pichação: para identificá-lo e barrá-lo, os policiais tinham apenas uma foto sua, antiga, em que aparecia ainda com cabelos. Toniolo, contudo, já era quase totalmente careca, àquelas alturas. Caminhando, saiu tranquilamente da vizinha Catedral Metropolitana e, passando pelos brigadianos, chamou-os angelicamente de “meu irmãos”. Quando se deram conta, já havia pichado a quase totalidade do seu nome (faltaram duas letras) na imponente sede do Governo do Estado. Mandado então ao Hospital Psiquiátrico São Pedro, aplicou outro golpe digno dos melhores filmes de Hollywood.
Conhecido dos plantonistas, disse a estes que os dois policiais civis que o escoltavam eram colegas seus, “com mania de polícia”. Desconcertados, os plantonistas foram para cima dos homens da lei – e Toniolo, sorrateiramente, fugiu pelos fundos do prédio. Mais tarde, anunciou que iria pichar o Palácio do Planalto, mas essa parada ele perdeu – foi detido dentro do ônibus que seguia para Brasília. “Mas consegui o que queria”, disse o mestre da Publicidade. “Não tenho medo de ser preso: é uma propaganda”, alardeava ele, com toda a razão.
Quanto ao conteúdo do seu discurso, as suas “propostas”, bom, deixa pra lá: ele não é diferente da grande maioria dos políticos brasileiros.
CACHÊ – Toniolo sempre disse que ninguém nunca contou, verdadeiramente, a sua história, e por isso ele cobrava, mais recentemente, 10 mil reais por entrevista a qualquer veículo de comunicação e 100 mil para estrelar comerciais, onde apareceria, inclusive, com seu célebre spray. Obviamente, nenhum jornal, revista ou tevê pagou o que ele pediu e nenhuma agência o convidou para ser garoto-propaganda, nem mesmo da Casa das Tintas. Talvez tenha sido um talento não aproveitado da propaganda gaúcha.
O dinheiro, que nunca veio, serviria, afirmava, para ressarci-lo das despesas com o material de pichação, desde quando iniciou na atividade para realizar a missão que, afinal, conseguiu: firmar no mercado a “marca Toniolo”. Firmar uma marca custa muito dinheiro. Quanto vale a marca Toniolo? Rei da publicidade artesanal, Dom Quixote, da idéia na cabeça e do spray na mão, Toniolo é, dizem, um homem solitário que não dá entrevistas e não permite fotos. Há quem diga que está com problemas de saúde. A pessoa que ligar para sua residência (como fez este blog) ouvirá a indefectível gravação: “Mensagem gratuita: este telefone temporariamente fora de serviço. A Brasil Telecon agradece.”Nesta campanha eleitoral que se avizinha Toniolo estará fora e não será candidato, nem mesmo pelo seu imaginário Partido Anarquista.
quarta-feira, janeiro 15, 2014
Em abril de 1956 Inezita Barroso - já a mais conceituada intérprete do folclore musical brasileiro - veio a Porto Alegre e aqui foi muito festejada pelos integrantes do movimento tradicionalista gaúcho, entre eles Paixão Cortes e Barbosa Lessa. Inezita, então com 31 anos (em março de 2014 ela fará 89 anos) cantou, brincou e se divertiu, hospedando-se na casa de Paixão Cortes. No final, ela ganhou um vaso nativo gaúcho para levar de presente para São Paulo, a sua terra natal e onde hoje apresenta o programa Viola Minha Viola, na Televisão Educativa. Ela, por sinal, foi até capa da Revista do Globo de 5 de maio de 1956, reproduzida acima.
terça-feira, janeiro 14, 2014
Hoje,em 1957, morria Humphrey Bogart
No dia 14 de maio, noticiou a Revista do Globo, publicação quinzenal da editora Globo, de Porto Alegre, morria o ator Humphrey Bogart, vítima de câncer do pulmão. Fumante inveterado, grande talento e grande bebedor, um dos atores mais charmosos (ele não era bonito) do cinema deixava viúva a bela Lauren Bacall. Vale a pena o registro do fato, que encontrei por acaso justamente no dia de hoje - 14, terça-feira.
segunda-feira, janeiro 13, 2014
Luis Fernando Veríssimo: pinta de saxofonista aos 20 anos, em 1956
Com 20 anos de idade em 1956, voltando dos Estados Unidos, o jovem Luis Fernando Veríssimo trazia a paixão do jazz e do saxofone - o que o acompanha até hoje. A foto foi publicada na Revista do Globo de novembro de 1956, que noticiava a volta da família Veríssimo à sua casa na rua Felipe de Oliveira, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre. Eles tinham permanecido vários anos nos Estados Unidos, e lá a jovem Clarissa havia conhecido um norte-americano, com quem em breve casaria. Luis Fernando, pelo visto, tinha bossa e levava jeito de saxofonista, lembrando até, meio remotamente, alguns dos astros do jazz da costa leste...
domingo, janeiro 12, 2014
Tiririca, o nordestino feio e palhaço que tinha tudo para dar errado mas acabou dando certo
Ele é feio (já foi desdentado), nordestino, semi-analfabeto, não gosta de cinema, não vai ao teatro, nunca leu nenhum livro e seus ídolos são Zico, Fábio Júnior e Roberto Carlos. Religioso, é devoto de Nossa Senhora Aparecida e tem sangue mestiço – filho de mãe negra e pai desconhecido.Seu nome: Francisco Everardo Oliveira, 43 anos, o “Tiririca” – aquele que aparece no programa “O Infeliz”, de Tom Cavalcante, uma sátira ao programa de Roberto Justus, “O Aprendiz”, na rede Record.Cearense, Tiririca é uma espécie de Chaplin subdesenvolvido, do quarto mundo, se é que a comparação pode, em algum momento, ser válida.
Mas a sua cara de coitado, de cachorro surrado, de pobre-diabo, não é mera coincidência e tem tudo a ver com a história da sua vida – antes do estrondoso sucesso de “Florentina” (Florentina, Florentina, Florentina de Jesus, não sei se tu me ama”), em 1996. Em apenas três meses, no inverno daquele ano, tiririca vendeu 320 mil discos e foi a campeã de execuções. Hoje, ele já não canta mais, mas seu rosto é conhecido de todos pela tevê. Não que alguém o leve a sério como artista, e ele nem o deseja. Mesmo assim foi deputado federal, e o mais votado por São Paulo.
Mas a sua cara de coitado, de cachorro surrado, de pobre-diabo, não é mera coincidência e tem tudo a ver com a história da sua vida – antes do estrondoso sucesso de “Florentina” (Florentina, Florentina, Florentina de Jesus, não sei se tu me ama”), em 1996. Em apenas três meses, no inverno daquele ano, tiririca vendeu 320 mil discos e foi a campeã de execuções. Hoje, ele já não canta mais, mas seu rosto é conhecido de todos pela tevê. Não que alguém o leve a sério como artista, e ele nem o deseja. Mesmo assim foi deputado federal, e o mais votado por São Paulo.
O MACACO QUE DEU AZAR – Palhaço por profissão, Tiririca teve uma vida dura, logo que nasceu, na cidade de Itapipoca, Ceará. O pai dele fugiu quando sua mãe, Alice, ainda estava grávida, e esta – que trabalhava no circo – logo depois casou-se com um palhaço, o Palhaço Barata. O menino Everardo viveu em barracas até completar 16 anos, quando assumiu o nome de Palhaço Tiririca e foi à luta sozinho, passando a trabalhar em um circo que havia vindo de Minas Gerais. Neste circo, ele conheceu a filha do dono, uma acrobata de nome Márcia Rogéria, com quem passou a viver e trabalhar juntos. Os dois passaram por vários circos e até fundaram um que, nos anos 80, percorria o interior do Ceará, Piauí, Maranhão e Pará, no estilo “Bye-Bye Brasil”, o filme.
O circo, conta-se, era tocado só pelo casal que, para fingir haver um elenco maior, trocava de roupas, disfarces e de voz inúmeras vezes. Assim, foi não apenas palhaço como acrobata, malabarista, locutor, tudo. Os dois viveram nessa por sete anos, conseguindo progredir e até comprar o primeiro animal para o circo – um macaco-prego. Esse macaco não trouxe felicidade e nem dinheiro á Tiririca e sua mulher, pelo contrário: um dia, em uma cidade do Maranhão, o bicho mordeu um garoto. Para cúmulo do azar, o menino era filho de um chefe político local. No dia seguinte, os capangas do coronel botaram fogo no circo e o casal só conseguiu salvar-se a si mesmos e a sua filha, de três anos de idade, além de resgatar uma televisão.Voltaram de carona para Fortaleza e, lá, em uma cidade onde os humoristas são mato e fenômeno, tornou-se humorista, trabalhando em bares, ruas, qualquer lugar. Na Capital, passou a usar uma peruca loira e a exibir o seu sorrido sem um dente frontal – uma marca por muitos anos.
O circo, conta-se, era tocado só pelo casal que, para fingir haver um elenco maior, trocava de roupas, disfarces e de voz inúmeras vezes. Assim, foi não apenas palhaço como acrobata, malabarista, locutor, tudo. Os dois viveram nessa por sete anos, conseguindo progredir e até comprar o primeiro animal para o circo – um macaco-prego. Esse macaco não trouxe felicidade e nem dinheiro á Tiririca e sua mulher, pelo contrário: um dia, em uma cidade do Maranhão, o bicho mordeu um garoto. Para cúmulo do azar, o menino era filho de um chefe político local. No dia seguinte, os capangas do coronel botaram fogo no circo e o casal só conseguiu salvar-se a si mesmos e a sua filha, de três anos de idade, além de resgatar uma televisão.Voltaram de carona para Fortaleza e, lá, em uma cidade onde os humoristas são mato e fenômeno, tornou-se humorista, trabalhando em bares, ruas, qualquer lugar. Na Capital, passou a usar uma peruca loira e a exibir o seu sorrido sem um dente frontal – uma marca por muitos anos.
BETO CARRERO DEU UMA FORÇA - Mas deu para ganhar algum dinheiro: comprou uma casa, tinha carro, telefone fixo e celular. Detalhe: sua casa não tinha água encanada, nem forro, e estava em um terreno invadido. Coisas da vida de palhaço.Como acontece com quem quer fazer sucesso, especialmente os nordestinos, Tiririca veio para o Sul, como eles chamam o Sudeste. Quem primeiro percebeu o potencial do artista foi Beto Carrero, já falecido, que assistiu um show do palhaço em uma pizzaria de Fortaleza. Gostou tanto que mandou gravar um vídeo e o apresentou à emissoras e gravadoras. Todos responderam um sonoro “não”, e fecharam suas portas. Mas o produtor musical Arnaldo Sacomani – o mesmo que apresentou os Mamonas Assassinas à gravadora japonesa EMI – conseguiu o primeiro grande contrato, justamente com a mesma. Ficava com 30% do cachê de Tiririca.
O sucesso veio rápido e Tiririca passou a percorrer o Brasil fazendo shows, aliás de muito agrado das crianças.Em 1996, seu ano de ouro, Tiririca, quando estava em São Paulo, morava numa casa de 15 cômodos, seis banheiros e piscina, na Granja Viana, um bairro chique. Pagava 3.500 reais de aluguel, mas não morava sozinho – trouxe mais 18 colegas e formou uma república, estilo o sítio dos Novos Baianos dos anos setenta. A mulher, filhos, a sogra, a equipe de produção, todos moravam com ele.Depois de Florentina, Tiririca gravou uma outra música que lhe rendeu incomodações e fez com que respondesse a acusações de racismo. Era “Veja os Cabelos Dela”, e tinha trechos como este: “Essa nega fede/fede de lascar/bicha fedorenta/fede mais que um gambá”. Logo ele, filho de uma negra. Tiririca defendeu-se, dizendo ser uma brincadeira e uma referência à sua mulher, (da qual se separou com estardalhaço algum tempo depois). A própria confirmou que sempre foi complexada por ter cabelos crespos. Quanto ao mau cheiro, ele diz ser coisa da vida do circo. “É que a vida no circo é muito dura, e ele não tinha tomado banho naquele dia, aí tirei esse caco”. (Pesquisa: Conselheiro X.)
O sucesso veio rápido e Tiririca passou a percorrer o Brasil fazendo shows, aliás de muito agrado das crianças.Em 1996, seu ano de ouro, Tiririca, quando estava em São Paulo, morava numa casa de 15 cômodos, seis banheiros e piscina, na Granja Viana, um bairro chique. Pagava 3.500 reais de aluguel, mas não morava sozinho – trouxe mais 18 colegas e formou uma república, estilo o sítio dos Novos Baianos dos anos setenta. A mulher, filhos, a sogra, a equipe de produção, todos moravam com ele.Depois de Florentina, Tiririca gravou uma outra música que lhe rendeu incomodações e fez com que respondesse a acusações de racismo. Era “Veja os Cabelos Dela”, e tinha trechos como este: “Essa nega fede/fede de lascar/bicha fedorenta/fede mais que um gambá”. Logo ele, filho de uma negra. Tiririca defendeu-se, dizendo ser uma brincadeira e uma referência à sua mulher, (da qual se separou com estardalhaço algum tempo depois). A própria confirmou que sempre foi complexada por ter cabelos crespos. Quanto ao mau cheiro, ele diz ser coisa da vida do circo. “É que a vida no circo é muito dura, e ele não tinha tomado banho naquele dia, aí tirei esse caco”. (Pesquisa: Conselheiro X.)
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