O dia 6 de agosto de 1945 ficou marcado como o dia em que se jogou a primeira das duas bombas atômicas até hoje utilizadas em guerra. Naquele dia, já com a Alemanha rendida, somente o Japão resistia aos aliados vencedores (no caso, aos EUA e União Soviética, que agora queria invadi-la para também tirar sua lasquinha territorial), sofrendo porém tremendos bombardeios dos aviões norte-americanos. Para evitar uma invasão por terra à ilha e que certamente custaria centenas de milhares de vidas de seus soldados (a guerra, segundo cálculos, duraria mais um ou dois anos), o governo dos EUA, sozinho em tal embate, aplicou uma solução certeira e cirúrgica, ainda hoje discutível; em agosto jogou duas bombas atômicas sobre duas grandes cidades japonesas, matando indiscriminadamente centenas de milhares de militares e civis. No dia seguinte, uma terça-feira, os jornais de todo o mundo noticiavam o terrível feito que inaugurava a era atômica e o temor de uma destruição global do planeta, como se vê nesta matéria. Reprodução do Correio do Povo, POA).
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sábado, agosto 01, 2015
Esperidião Amim, no tempo em que ainda tinha cabelos.
Esperidião Amim Helou Filho tornou-se nacionalmente conhecido por ser governador de Santa Catarina e, sobretudo, por seu visual de careca sem um único fio de cabelo na cabeça. Mas nem sempre foi assim: o político catarinense, ao tempo em que se tornou um dos mais jovens, senão o mais jovem, prefeito de Florianópolis, tinha, sim, cabelos na cabeça (além de uma cerrada barba preta), como se observa nesta foto de matéria publicada no CP de Porto Alegre, em março de 1976, quando Amim tinha menos de 30 anos (nasceu em dezembro de 1947). Hoje ele está próximo dos 70 anos e deve recordar com nostalgia dessa época em que Floripa era uma bucólica capital de menos de 200 mil habitantes.
Inter, campeão gaúcho de 1940, inicia o famoso "rolo compressor"
Em 1940 o Internacional iniciava uma série de conquistas de títulos que culminariam, em 1945, com o hexacampeonato gaúcho. Era o time que que viria a ser chamado de "o rolo compressor", com destaque para Tesourinha, ainda um garoto, dando verdadeiros shows de bola que o consagrariam como um dos maiores futebolistas do Rio Grande do Sul em todos os tempos. Naquela época - por dificuldades de transporte, já que praticamente não havia estradas rodáveis no Estado - o campeonato gaúcho era disputado por zonas, culminando em uma grande final. No caso, o adversário era o Grêmio Bagé, da cidade de Bagé. O Inter tinha a sua casa na famosa "Chácara dos Eucaliptos", no Menino Deus, e seu esquadrão pouco mudaria nos anos seguintes, com destaque para Ruy, Castilhos, Russinho e, é claro, Tesourinha, o "filho da Ilhota". No final de 1949 Tesourinha se transferiria para o Vasco da Gama, no Rio. Contundido, ele não pode jogar a Copa de 50, embora tenha defendido a seleção brasileira inúmeras vezes, ganhando muitos títulos continentais e sempre sendo considerado o melhor em campo. As reproduções acima são do CP.
sexta-feira, julho 31, 2015
O moderno DC-2 da Panair do Brasil fará a rota para o Rio: 1940
A década de 40 foi muito importante para o desenvolvimento da aviação comercial brasileira, culminando, no pós-guerra, com a criação de mais de 60 companhias de aviação por todo o Brasil, o qual se tornava o segundo país nesse quesito em todo o mundo, só perdendo para os Estados Unidos. A Panair do Brasil era então uma das empresas aéreas mais conceituadas, fazendo importantes rotas no Brasil e no exterior. Seus serviços de bordo, de primeira, e seus aviões, os mais modernos. Nesta reprodução do CP de julho de 1940 vemos a chegada do DC-2, um avião para 14 passageiros que faria a rota Porto Alegre-Rio de Janeiro, com escalas em outras capitais.
quinta-feira, julho 30, 2015
Trens húngaros: no tempo em que Santa Maria era a capital ferroviária do Rio Grande
Carmen Miranda gostava de Porto Alegre e dava "canjas" nas rádios locais
quarta-feira, julho 29, 2015
Pedro Raymundo cantando ao vivo na Rádio Gaúcha
Para Pelotas e Rio Grande pelos navios da Cruzeiro do Sul: 1941
segunda-feira, julho 27, 2015
Sexta-feira, 28 de julho de 1950
Amanhã, os 65 anos da maior tragédia aérea do Brasil, ocorrida nos céus gaúchos: a queda do Constellation e a morte de Salgado Filho
Amanhã, 28 de julho, marca os 65 anos de uma das maiores tragédias aéreas ocorridas nos céus do Rio Grande do Sul - na verdade, foi o maior desastre da aviação brasileira naquela primeira metade do século 20, o qual teria um capítulo adicional menos de 48 horas depois, quando o Lodestar em que viajava o então candidato a governador, Joaquim Pedro Salgado Filho, caiu no Cerro Cortelini, no município de São Francisco de Assis. As duas tragédias ocorreram em função do mau tempo e chocaram a sociedade gaúcha: somente na queda do Constellation da Panair, o voo 099, morreram 51 pessoas, quase todas integrantes da nata da sociedade rio-grandense de então e que vinham do Rio, a Capital Federal, onde, dias antes, ocorrera a final da Copa do Mundo. Dois dias depois, em um domingo, quando voava para a fazenda do Itu, de Getúlio Vargas, o Lodestar da empresa SAVAG. pilotado pelo comandante Cramer, chocou-se contra árvores, matando dez pessoas. Acima, reproduções dos jornais da época, Correio do Povo, revista O Cruzeiro e Diário de Notícias, com a cobertura da semana em que as bruxas estiveram soltas nos céus do Rio Grande do Sul. Um dos textos, de O Cruzeiro, era de autoria de um jovem jornalista que depois se revelaria um dos mais importantes escritores de ficção do Estado, Josué Guimarães. Para ler a matéria completa a respeito, busque em "acidente do constellation", "queda co constellation da panair do brasil".
domingo, julho 26, 2015
Borregaard, "uma verdadeira calamidade pública".
Quem conheceu a Porto Alegre do passado sabe que a Borregaard teve um papel vital na história da capital gaúcha. De propriedade de empresários nórdicos que resolveram investir na fabricação de celulose em terras gaúchas, a "fábrica de fedor" empestou os ares da cidade e de outros municípios em volta, a ponto de ser considerada, de longe, a "inimiga pública número um" dos porto-alegrenses. Cínica e mentirosa, escorada em generais do Exército, em uma época de ditadura, a gigante norueguesa acabou por originar um forte movimento ecológico em terras rio-grandenses, do qual ressalta o nome do célebre ecologista José Lutzenberger. Espraiando seu horrível cheiro de ovo podre por toda a capital, a Borregaard, localizada em Guaíba, depois tomou o nome de Riocell e teve, com a redemocratização do país, que instalar equipamentos antipoluentes em sua fábrica e adaptar-se a um realidade que não condizia com a sua visão de uma terra "habitada por índios selvagens" que não mereceriam qualquer respeito.
Golpistas prometem "telefone na hora" para os usuários: anos setenta.
Quem hoje liga ou atende um telefonema quando está caminhando pela rua, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo, não imagina o que era a telefonia nos anos setenta. Conseguir uma ligação interurbana era um verdadeiro parto, não existiam telefones móveis e os que haviam eram raros e muito caros - tanto que eram declarados como "bens" no imposto de renda, e geralmente levavam anos para ser instalados. Tal dificuldade de comunicação, impensável para a atual geração, gerava até mesmo um comércio clandestino, sem falar em golpistas que prometiam instalar rapidamente os aparelhos fixos nas residências, usando das "boas influências" na companhia estatal - no caso a CRT, Companhia Riograndense de Telecomunicações, de não saudosa memória. As reproduções acima, do CP, atestam isso.
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