quinta-feira, outubro 19, 2017

terça-feira, outubro 17, 2017

Madame Bety, "cartomante mundial", garantia que podia "prever o passado": janeiro de 1935

Charlatanismo é algo que acompanha a humanidade desde o seu início, e, ao que tudo indica, assim será até o final dos tempos e enquanto o homem for humano. Se hoje há inúmeras "mães dinás" prevendo o futuro ou trazendo a "amada de volta em três dias", não era diferente em 1935, conforme vemos neste anúncio dos classificados do Correio do Povo, no qual uma "cartomante mundial" chamada Madame Bety garantia - aí está a inovação - não apenas prever o futuro como predizer "o passado", além de fazer massagens etc etc. Ah, e ela ainda atende por correspondência...
Samuca, no Diário de Pernambuco. A Charge Online.

segunda-feira, outubro 16, 2017

Televisão "fixa" os maridos em casa, festejam as mulheres: novembro de 1951

A primeira transmissão de televisão no Brasil aconteceu em 18 de setembro de 1950, em São Paulo, com a TV Tupi pertencente aos Diários Associados de Assis Chautebriandt, seguida, um ano depois, pelo Rio de Janeiro, a capital federal. Foi um pioneirismo no Brasil e também na América do Sul, marcando a entrada do País em uma nova era tecnológica e dando a arrancada para tudo o que existe hoje - com mais de uma centena de milhões de aparelhos espalhados de norte a sul (em novembro de 1951 eram apenas 16 mil). A preto e branco, rudimentar, feita ao vivo, a televisão - caríssima em seu início - assumiu aos poucos um papel que ainda exerce: o de manter as pessoas em casa e "tirar" muitos maridos da rua, como se vê nesta reprodução do Correio do Povo, via agência Meridional, do Rio, de novembro de 1951. Note-se que o Rio Grande do Sul somente teria a sua primeira emissora do gênero no final de 1959, a TV Piratini, canal 5.

domingo, outubro 15, 2017

Tacho, no jornal NH, de Novo Hamburgo, RS. A Charge Online.

Nuvem de gafanhotos apavora os agricultores do Rio Grande do Sul e chega a Porto Alegre: outubro de 1947.



Uma das chamadas pragas descritas na Bíblia e que desde sempre assolaram a humanidade, devastando regiões agrícolas inteiras e trazendo fome e desespero, as nuvens de gafanhotos parecem, hoje, algo lendário e quase inverossímel para estes tempos tecnológicos, com as mais diferentes e poderosas formas químicas de combatê-los. Mas, há 70 anos - mais precisamente em setembro e outubro daquele ano - o Rio Grande do Sul experimentou os efeitos de tais insetos devoradores e que destruíram lavouras em cerca de 50 municípios, chegando até mesmo à Capital. A própria Brigada Militar foi mobilizada para combatê-los, como se vê nestas reproduções do Correio do Povo. Os gafanhotos encontravam então um mundo desaparelhado para enfrentá-los, já que não havia DDT ou outros agrotóxicos - agrotóxicos estes que, embora benéficos em tantos pontos, são por si mesmo outros venenos a atentar contra a natureza e as vidas humanas. A despeito do nosso espanto, tais fenômenos não são incomuns e aconteceram nos últimos anos no mundo como um todo, incluindo o Brasil.