A situação dos negros no Brasil melhorou muito nas últimas décadas. Há sete décadas, todavia, o contexto era bem outro, especialmente no Rio Grande do Sul, um dos Estados mais racistas do país. Hoje já não se fala no 13 de maio como a data magna da libertação dos escravos, nem se tece elogios à Princesa Isabel como a "libertadora" - agora se fala em Zumbi dos Palmares. Nesta matéria, de maio de 1941, quando a grande enchente daquele ano mal havia baixado, o célebre Bataclan - um homem negro que se tornou conhecido como um dos primeiros publicistas de Porto Alegre (anunciava produtos com seu vozeirão na Rua da Praia - além de atleta (era corredor de rua), incentivador cultural e defensor de uma vida saudável (era vegetariano) iniciava um movimento para conseguir fundos a fim de construir um monumento à Princesa e que seria localizado na cidade de Curitiba, de onde muitos diziam que tal fascinante e misterioso personagem era natural. O certo é que Bataclan marcou época na capital gaúcha e foi um dos primeiros negros reconhecidos e aceitos pela sociedade porto-alegrense, como se vê nesta matéria do Diário de Notícias, jornal que não mais existe.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sábado, maio 23, 2015
sexta-feira, maio 22, 2015
Casablanca no cinema Vera Cruz, em Porto Alegre.
O cine Vera Cruz era o mais luxuoso de Porto Alegre nos anos quarenta - e o único que contava com ar condicionado. Em 1944, quando a cidade contava com pouco mais de 300 mil habitantes, havia quase trinta cinemas na capital gaúcha, com várias sessões ao dia. Neste anúncio publicado no Correio do Povo vemos o anúncio do filme - hoje um clássico - Casablanca, filmado em 1942.
terça-feira, maio 19, 2015
No tempo em que a jogatina rolava solta; 1942.
No governo de Getúlio vargas - que era um homem da fronteira, onde a jogatina rola solta - proliferavam cassinos por todo o Brasil, e no Rio Grande do Sul não era diferente. No litoral gaúcho havia cassinos em vários locais, sendo os mais conhecidos os de Tramandaí e Imbé. Neste anúncio do Correio do Povo de fevereiro de 1942, quando o nosso país ainda não havia declarado guerra às forças do eixo, se vê como tais locais eram sofisticados, inclusive com apresentação de tenores.
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