sábado, julho 27, 2013

O "Santo Padre" e o "suposto assassino"

Toda grande cobertura jornalística (não falo em qualidade e sim em duração de tempo) acaba uma hora ou outra por encher o saco, e é justamente o caso desta visita do Papa ao Brasil, durante a tal Jornada Mundial da Juventude. Como até a Record, que é dos bispos da Universal, concorrente dos católicos em quase tudo, está transmitindo a visita com destaque, não sobra muita coisa na grade da telinha. Se a gente mudar de canal, tem a mesma coisa, ou pior - tem o nascimento do bebê real inglês, também massacrante.
Quanto ao papa, eu, que não sou religioso, vejo basicamente como a visita de um chefe de Estado ao Brasil e não tenho maiores interesses no que ele vai dizer ou no que ele recomenda ou condena - isso é problema dos católicos e dos religiosos. Mas isto é questão minha.
Só não acho certo, por respeito ao telespectador em geral, chamar-se o tal Papa Francisco de "o santo padre", o que já implica em um conceito religioso e, diria até, em subserviência um tanto ridícula, já que somos um país laico. Sei que pode ser força de expressão, necessidade jornalística, jargão, mas o correto é, no meu entender, chamá-lo sempre de coisas como Sumo Pontífice, Autoridade Maior dos Católicos, líder religioso, etc. Outra coisa que acho equivocado da nossa estranha e superficial imprensa: quando se fala na questão de Nossa Senhora Aparecida, falar-se sempre "em tal local onde aconteceu a aparição de Nossa Senhora". Não seria mais adequado então se falar em "suposta aparição", já que hoje os jornais e telejornais usam e abusam desse "suposto", mesmo quando é o caso de um bandido preso em flagrante? Já vi reporterzinho de tevê chamando de "suposto assassino" um cara que foi flagrado matando outro com a arma na mão. Por que não aplicar-se então a mesma regra para o "Santo Padre" de vocês?

quarta-feira, julho 24, 2013

Mário Quintana nasceu "onde quem não é fazendeiro é boi". Eles se sentiram ofendidos...

Em 1976, nas comemorações pelos seus 70 anos de idade, o poeta gaúcho Mário Quintana, nascido em Alegrete, teve que se desmentir: na sua terra natal, ele garantiu nunca ter dito a frase "nasci no Alegrete, onde quem não é fazendeiro é boi". Delicioso. Conhecendo o poeta, muitos apenas crêem que ele se desmentiu para não se incomodar. Mas que disse, disse. Todos sabem que nesses municípios da fronteira é isso mesmo. Correio do Povo, Porto Alegre 

Em 1975 jorrou gasolina do subsolo de Passo Fundo

É, meus amigos: de repente, onde antes jorrava água, agora jorrou gasolina. Pois este fato estranhíssimo aconteceu em Passo Fundo, em agosto de 1975,  na propriedade de um sujeito que não entendeu nada, mas, é claro, aproveitou para faturar com a venda do combustível. Vivia-se a crise do petróleo e o cidadão sortudo apenas ficou com medo de que, um dia, tudo pegasse fogo e explodisse. Um técnico da Petrobrás foi ao local e disse simplesmente que se tratava de um vazamento. Estranho, não?
O que será que aconteceu depois?  Daria uma bela matéria, passados tantos anos. Também da coleção do Correio do Povo, encontrado em minhas pesquisas no Arquivo Histórico de Porto Alegre.





OVNI sobrevoa Alegrete? Foi em 1974

Mais uma história de OVNI, desta vez em dezembro de 1974, no município de Alegrete, no Rio Grande do Sul, na região da fronteira. Reprodução do Correio do Povo, coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre.

Lúcio Flávio morreu com uma estocada no pescoço, na cadeia, em janeiro de 75

Lucio Flávio Vilar Lírio, ou simplesmente Lúcio Flávio, o lendário bandido cujo QI de inteligência surpreendia a todos, aquele que dizia "bandido é bandido, polícia é polícia" e que virou tema do filme de Hector Babenco, Lucio Flávio, o Passageiro da Agonia, morreu nas mãos de um bandidinho qualquer, que o assassinou com uma estocada no pescoço, dentro do presídio, provavelmente a mando de outras pessoas. Afinal, Lúcio Flávio sabia muitas coisas e era um arquivo vivo. Ele morreu em janeiro de 1975, conforme encontrei nesta edição do Correio do Povo, de Porto Alegre, coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre. Reproduzi a notícia, mas não sei se a qualidade é suficiente para uma boa visualização. Tentem. A data está no papel escrito à mão.

segunda-feira, julho 22, 2013

Em 1975 uma sequência de filmes-catástrofe, entre os quais Terremoto, agitou as platéias de todo o mundo. Naquele ano Steven Spielberg, com pouco mais de 20 anos, emplacava o estrondoso sucesso de "Tubarão", com uma bilheteria recorde. Depois outros diretores fizeram filmes como Destino de Poseidon e Inferno na Torre. Nesta reprodução do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, se comenta a reação da platéia paulista à exibição de "Terremoto", um tremendo susto.