sábado, setembro 09, 2006

Piloto se suicida no ar e mata 103 passageiros

É algo raríssimo, tão raro que é de se duvidar que aconteça. Mas acontece. Um piloto com problemas mentais, disposto a por fim à vida, mergulha o avião de passageiros em direção ao solo e mata todo mundo. Quem imaginou um pesadelo desses? Pois foi, ao que tudo indica, o que aconteceu em dezembro de 1997, na Indonésia.
Era o vôo 185 da SilkAir, uma companhia aérea de Cingapura. O avião Boeing 737-300 havia partido de Jacarta e, quando estava a 10.300 metros de altura, subitamente embicou e, em um movimento de 180 graus, mergulhou em direção às águas de um rio. O piloto, Tsu Way Ming, não se comunicou com a torre de controle, não pediu ajuda e naquele momento estava com a aeronave nivelada em altitude e velocidade de cruzeiro - considerada a etapa mais segura do vôo.
O que intrigou os peritos, além da manobra brusca, foi o fato de um dos gravadores de bordo ter parado em pleno vôo, o que só acontece se alguém desligá-lo deliberadamente - afinal, o gravador comanda todos os circuitos eletrônicos do aparelho.
Quanto ao piloto, apurou-se que atravessava um período de dificuldades financeiras e familiares e já havia sofrido três punições por errros de procedimento no comando. Ele era casado e tinha três filhos. O diretor-geral da companhia aérea, em pronunciamento público, declarou: "Com base nas informações que temos até agora, penso que essa( suicídio) possa ser uma possibilidade". Embora remota, a possibilidade de um piloto suicidar-se no ar, levando consigo todos os passageiros de um avião, deve ser levada em conta. Em 1982, um piloto da Japan Airlines derrubou o DC-8 que pilotava na baía de Tóquio, matando 24 das 164 pessoas a bordo. Ele, o piloto, sobreviveu e confessou o ato, tendo sido internado em uma clínica psiquiátrica.
Uma convenção internacional determina que todos os pilotos de avião sejam submetidos regularmente a exames de saúde de extremo rigor, incluindo aí uma avaliação psicológica, o que nem sempre quer dizer muita coisa.
Ver outros sites em português a respeito de acidentes aéreos:
www.dpnet.com.br
www.pe-az.com.br
www.snea.com.br
www.acidentes.org

terça-feira, setembro 05, 2006

Orwell, quem diria, era um dedo-duro!



Ele escreveu um livro que é considerado um libelo contra o totalitarismo, a obra que previa o "Big Brother" dos nossos dias, só que em um mundo dominado pela tirania. Pois é, o inglês George Orwell (na verdade, um pseudônimo), o autor de "1984", "A Revolução dos Bichos", entre outros, quem diria, foi um dos colaboradores do serviço secreto inglês no período da Guerra Fria, fornecendo a eles uma lista com nomes de supostos "simpatizantes do comunismo". Curiosamente, ele, durante muito tempo, foi considerado um intelectual de esquerda que se desiludiu com a Rússia - a mãe de todas as revoluções - quando conheceu de perto a experiência de Stalin.
A tal "lista de Orwell", com 130 nomes, teria sido elaborada em 1949, quando o macartismo dominava os EUA e a Inglaterra, fiel aliada, não ficava muito atrás. Orwell, que sofria de tuberculose (morreu disso), teria sido procurado por uma funcionária do Departamento de Pesquisa de Informações por quem o escritor era apaixonado e que, como ele, tinha sido simpatizante do stalinismo, desiludindo-se enormemente em seguida. Ela era cunhada de um amigo de Orwell, Arthur Koestler, outro ex-comunista.
A idéia era de que George escrevesse uma série de artigos anti-soviéticos, o que ele recusou - propondo-se em troca a elaborar a tal lista. Nela, incluiu os nomes de Bernard Shaw e, é claro, de Charles Chaplin. Um ano depois de elaborar a lista - que foi publicada em 1998, na edição das obras completas do escritor - George Orwell morreu. Sua obra, porém, continua atual ao denunciar as tiranias e os totalitarismos, como em a Revolução dos Bichos.
Ver mais nos seguintes endereços:
http://biblioteca.folha.com.b/
http://educaterra.terra.com.br/
http://pt.wikipedia.org/
http://unesp.br/
http://www.pedroeustaquio.com.br/