sábado, julho 12, 2008

Festa "julina" no Otávio de Souza, neste sábado

Neste sábado, a Escola Estadual Professor Otávio de Souza (Rua Afonso Rodrigues, 100) fez a sua festa "julina", com os tradicionais motivos caipiras. Bombou gente, entre alunos, pais, professores e comunidade. O tempo - céu azul, sol, calor - ajudou. Veja neste vídeo, gravado quando o festejo recém estava começando. Clique na seta para rodar o filme.

Paulão, um dos pioneiros, viu tudo se transformar


Bar do Paulão (ao fundo, com mesas vermelhas, na foto maior), na Valparaíso, esquina com Terceira Perimetral. Na foto do alto, o local onde existia o antigo "Armazém da Versa", também na Valparaíso, ainda hoje um ponto comercial.

Paulo Soares dos Santos, 64 anos, o Paulão, faz parte da história do Jardim Botânico – incluindo aí a própria Fundação Zoobotânica, onde trabalhou como vigia por muitos anos, antes de se tornar comerciante. Dono de um tradicional bar e armazém na rua Vaparaíso, bem na esquina com a Salvador França, hoje um local movimentadíssimo e barulhento, ele pegou o Botânico em uma fase bem diferente, tanto que trabalhou no bairro como carroceiro, vendendo verduras de porta em porta.
Tempos bem diferentes, reconhece ele, escorado no balcão. “Cheguei aqui com cinco anos de idade, vindo do interior de Viamão. Meus pais vieram de carreta e fomos morar inicialmente na Barão do Amazonas, depois nos mudamos para a “travessa municipal”, na antiga Vila Russa”, recorda.
Dos anos cinqüenta, quando era menino, lembra do armazém do Caboclo, na Barão, do Armazém Parafuso, onde hoje está o Fome Zero (“O dono tinha esse apelido, vendia querosene, alface, queijo), da Dona Versa, na própria Valparaís, o Estrela Dalva, na rua Dona Inocência.
CHÃO BATIDO - As famílias, naqueles anos cinqüenta, podiam ser citadas pelos nomes, os Correia, os Lucena, os Santos, os Pieretti, os Maraschin, entre tantas outras. Todos se conheciam e quase todos freqüentavam os mesmos locais – o Clube Amazonas, o Leal Santos, o Clube São Pedro, os bailes de carnaval, o pingue-pongue, a cancha de bocha, as pescarias no arroio Dilúvio – então um curso de águas limpas onde podia-se tomar banho e fazer piqueniques às suas margens.
A gurizada também costumava caçar na mata onde hoje está o a Fundação Jardim Botânico, subindo pela hoje avenida Tarso Dutra, que naquela época não existia. “Para subir para Petrópolis tinha que ir pela Barão, ou pela Cristiano Fischer, era tudo de chão batido.
Nesse bairro, por assim dizer, quase rural, as chácaras predominavam, especialmente as que plantavam agrião vendido depois no Mercado Público. “Ia-se de carroça”, lembra Paulão.
Havia ainda várias olarias que fabricavam tijolos – uma das quais perto de onde hoje é o DEEPS, na Ipiranga, e outras mais adiante, para os lados da Cristiano Fischer, onde algumas famílias criavam porcos para a venda, sem contar as galinhas.
“Se comprava lenha e querosene na Dona Versa e no Caboclo. Todo mundo tinha fogão à lenha. Tinha também uma fábrica de papelão na Ipiranga, onde hoje é a concessionário Peugeot. Lembro do doutor Francisco, que era o médico, atendia em casa, ele morava na Bento, se não me engano. O pessoal daqui ia muito para a avenida Bento Gonçalves, fazer compras. Lá já existiam muitas ferragens, o Tico-Tico (restaurante), e, do outro lado, a churrascaria aquele, da dona Erci e marido, a “Poletto”.
PESCARIAS E CAÇADAS – A avenida Ipiranga – hoje uma das mais movimentadas da cidade – não existia, por assim dizer. “Havia uma ponte de madeira, onde é aqui a Salvador França, e a gente pescava embaixo. Do outro lado havia uma vila”.
Outra lembrança bem presente daqueles tempos era a fábrica de carroça do seu Lúcio, na rua Guilherme Alves, defronte à atual igreja de São Luís. “Eles faziam carroças, arreios, alugavam carroças também, e havia uma ferraria do lado, para ferrar os cavalos. Ali tinha movimento direto, muitas carroças paradas, cavalos.”
Nesse tempo, o esgoto era recolhido pelos famosos “cubeiros”, que faziam parte de um sistema municipal e arcaico de coleta in natura do esgoto cloacal: colocava-se recipientes em forma de cubos embaixo das privadas , ou “patentes”, que depois, quando cheios, eram lacrados e recolhidos pelos “cubeiros”, que vinham em caminhões, em datas marcadas. “O cheiro era horrível, às vezes aquilo tudo derramava”, diverte-se hoje Paulão.
“Quem não tinha esse cubos tinha que apelar para a velha casinha, com o buraco da fossa, fora da residência”. Quanto ao lixo doméstico, como não havia recolhimento diário, quase sempre era queimado ou enterrado.
Nesse tempos existia o famoso cabaré Castelo Branco, na dona Inocência, e depois o Casa Rosada, na La Plata. “O Castelo Branco tinha muitos quartos, lembro que ia lá, vender verduras e frutas para as mulheres”, afirma Paulo. Depois de fechado, o cabaré serviu como posto de policiamento da Brigada Militar e atualmente é uma espécie de pensão, com aluguel de peças.
O único conjunto habitacional do bairro era a Vila dos Bancários, na Barão do Amazonas (que territorialmente, já é Petrópolis), o empreendimento mais “luxuoso” de então e que, durante anos, deu nome a uma linha de ônibus.
Depois de quase trinta anos como dono de bar, Paulo Soares dos Santos está prestes a sossegar: Vendeu o seu negócio e a sua propriedade, os filhos se dedicam a outras atividades, e talvez seja a hora de parar – ou pelo menos, de trabalhar menos, “só na manha”.
TRANQUILIDADE - Paulão abriu o seu bar e armazém em 1985, do outro lado da Salvador França, onde “bombava gente aos finais de semana”. Nos anos noventa veio para o seu atual endereço, já como proprietário, de onde não mais saiu e fez a sua clientela. Nada mau para quem começou a trabalhar em vendas com sete anos de idade, foi carroceiro, verdureiro, porteiro de edifício, vigia e funcionário de ferro-velho.
“Para mim o Jardim Botânico é um dos melhores bairros de Porto Alegre. Acho tudo bom, não tem coisas ruins. Aqui namorei, noivei, casei, tive filhos, netos”, resume ele.

sexta-feira, julho 11, 2008

A morte dos Mamonas: erros de comunicação

A torre não entende o piloto. O piloto não entende a orientação da torre. Nesse meio tempo, há uma troca de torres, pois os operadores do tráfego aéreo precisam atender a mais dois aviões que se preparam para pousar no aeroporto de Guarulhos. Na troca, uma torre não sabe a orientação que a outra passou e ninguém mais se entende - mas todos acham que está tudo bem.

Resultado: às 23h15min58 seg, o piloto do Learjet prefixo PT-LSD deixa de falar com a torre e, dois segundos depois, o avião se espatifa sobre a Serra da Cantareira, matando os cinco integrantes do grupo Mamonas Assassinas e mais dois tripulantes, também da equipe.

Esta é a conclusão de um relatório confidencial da Aeronáutica, ao qual a revista Veja teve acesso, e revelou em sua edição de 29 de maio de 1996, poucos meses depois do acidente com os Mamonas, na noite de 2 de março de 1996. O relatório é baseado na caixa preta e nas gravações.

Foi possível reconstituir o que aconteceu, especialmente nos últimos trágicos três minutos - e como, segundo a revista, "a incompetência e o azar mataram os Mamonas".

TUDO ERRADO - O avião decolou de brasília - onde fizeram o último show - quando faltavam dois minutos para as 10 horas da noite de 2 de março. A 15 minutos do pouso em Guarulhos, o Learjet perdeu contato com brasília e passou a comunicar-se com Guarulhos.

Está tudo normal, o tempo é bom, o vento também, e tudo indica que não haverá nenhum problema. Cinco minutos após o primeiro contato, a 40 km da pista, a torre pede ao co-piloto que informe a sua posição.

Aí, o início da tragédia: ele diz que é "180", mas não era. Era 170. A torre manda que vire 10 graus. Ele vira. Minutos depois a torre pede ao co-piloto para informar a velocidade do vento. Ele consulta o equipamento de bordo, que informa um vento de 400 km por hora - velocidade impossível, quase um tufão. Nesse momento, o co-piloto percebe que o equipamento não está funcionando e diz à torre que não tem condições de falar do vento. A torre concorda que a velocidade era um dado absurdo e o desconsidera. Até aqui, problema nenhum. As condições do vento eram normais.

Prossegue a revista, em sua matéria "Três Minutos Fatais": "Há tranquilidade no avião, tudo corre bem, mas os Mamonas estão a cinco minutos e 29 segundos da morte. O avião está a 18 km da pista."

(...) "Coisas estranhas começam a ocorrer. A torre informa que o Learjet está voando a 370 km por hora, velocidade maior até do que um Mirage em operação de pouco. Mesmo assim, limita-se a informar ao co-piloto sua posição e diz para, daí em diante, comunicar-se com outra central, a Torre Guarulhos. (...) "Sete segundos mais tarde o avião dos mamonas informa para a nova torre.

" - Sierra delta arremetendo.

"Começou o desastre. Faltam três minutos e 32 segundos para o choque. (...) "Agora quem fala com a torre não é mais o co-piloto Takeda. É o próprio piloto Jorge Luiz Germano martins, que será encontrado morto com o microfone no colo. Ele informa que levantará o avião e fará a volta para tentar o pouso de novo. A manobra é correta, só que o retorno deveria ser feito virando á direita. O piloto informa que fará "curva à esquerda" e a torre não o corrige, mandando "curva à direita". Em seguida, nova falha de comunicação.

" - Prossiga então para o setor sul - diz a torre.

" - Afirmativo, setor norte - responde o piloto.

" Estava tudo errado. A torre diz "sul" e o piloto entende "norte". Se fosse na direção "sul", o avião faria o retorno. Como ia na direção errada, rumava para a Serra da Cantareira. Havia ainda uma chance. O piloto, mesmo sem saber se ia para a serra, informa que fará a curva para ficar de novo, de frente para a pista. Se fizesse essa manobra, não haveria acidente. Mas a torre pede que não faça isso, pois há outros dois aviões prontos para pousar e terá de monitorá-los. Pede ao piloto que volte a comunicar-se com a torre original. À torre original, o piloto informa que, em vez de fazer a curva que pretendia, está "alongando a perna do vento", ou seja, está seguindo reto.

" - O.K. - diz a torre - mantenha a perna do vento

"Faltam dez segundos para a morte. O avião dos Mamonas não tem aparelhos de bordo para detectar obstáculos à frente. Segue reto. Não há nenhum sinal de pânico ou tumulto na tripulação. mas, para os passageiros, leigos no assunto, há motivo para tensão, pois o avião não pousou como deveria. mas ninguém suspeita que há uma enorme montanha ali na frente.

"- Afirmativo - diz o piloto, seguindo a orientação de manter-se em linha reta. Faltam dois segundos.

"O avião se estraçalha na Serra da Cantareira. Eram 23h16minutos."




* Clique na imagem para ampliá-la

Eles sacam tudo de primeira, e nos fazem rir. Lembram da falsificação do leite, que levava até água sanitária? E a tal tevê digital que ninguém ainda viu? E da visita do presidente Bush, com seus seguranças que quase pararam São Paulo?



* Escola Otávio de Souza (Afonso Rodrigues, 100) realiza a sua festa junina atrasada neste sábado, a partir das 13h30min. Toda a comunidade está convidada a comparecer. Para quem não sabe, o Otávio de Souza conta com uma pequena biblioteca, aberta à comunidade, inclusive para empréstimo de livros e revistas, de segunda a sexta, até às 22 horas.
* 35 CTG com seu tradicional Baile do Candeeiro, neste sábado, a partir das 22 horas, no seu galpão da avenida Ipiranga, ao lado do Bourbon Shopping. Neste baile dispensa-se a luz elétrica e a iluminação é toda feita com candeeeiros, como no passado. Ingressos a 15 reais.
* Está acontecendo, no Centro de Eventos da PUCRS, o Décimo Sétimo Congresso Odontológico Rio-Grandense. Até amanhã. http://www.abors.org.br/
* Estudantes de graduação de qualquer curso e período podem participar do Primeiro Prêmio Varejo Sustentável Wal-Mart Brasil. São aceitos projetos destinados à aplicação imediata no segmento varejista supermercadista, em áreas como ecoeficiência, redução e reciclagem de resíduos, produtos e embalagens sustentáveis e processos e métodos de avaliação dos impactos ambientais dos produtos comercializados no varejo supermercadista. Os alunos vencedores serão premiados com um notebook, bolsa de estudo de até R$ 5 mil. Caso o projeto seja implantado, um prêmio adicional de 15 mil reais. Informações e inscrições: http://www.premiovarejosustentavel.com.br/
* Cursos de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia e Farmácia da PUCRS, com apoio do CNPq, desenvolvem um estudo que visa à modificação do estilo de vida por meio de intervenção nutricional e prática regular de exercício físico. Para a pesquisa estão sendo selecionados voluntários com as seguintes características: idade entre 30 e 60 anos, peso acima do ideal, circunferência do abdomen aumentada, pressão arterial elevada, glicose de jejum alta, triglicerídeo alto e que não pratique nenhum tipo de atividade física. Informações e inscrições pelo Tel.: 3320-3938, de segunda a sexta-feira, das 8 às 11 horas.
* Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (Idéia) da PUC lança o Edital de Pré-Incubação de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, voltado a professores e pesquisadores da Universidade. A inscrição vai até o próximo dia 18. O objetivo maior é incentivar o surgimento de produtos inovadores que possam ser úteis à sociedade. Informações: www.pucrs.br/ideia
* Hospital São Lucas realiza, nesta quarta-feira, 16, às 19 horas, a palestra Nutrição na Doença Inflamatória Intestinal, voltada a pacientes com essas enfermidades. Entrada franca. No anfiteatro Irmão José Otão, no segundo pavimento do HSL. Informações Tel.: 3336-4243.
* Biblioteca da PUC, que está reorganizando seu acervo e modernizando suas dependências, estará fechada para expediente externo nos próximos dias 17, 18 e 19 - quinta, sexta e sábado. Reabrirá normalmente na segunda-feira, das 7h45min às 22h50min, horário de segunda a sexta. No sábado, a biblioteca funciona das 7h45min às 15h30min. Informações pelo site www.pucrs.br/biblioteca ou tel.: 3320-3544.
* A Famecos, Faculdade dos Meios de Comunicação, está com inscrições abertas para a segunda edição do Curso de Extensão em História em Quadrinhos - História, An´´alise, Crítica. Trata-se de uma abordagem terórica e não prática, buscando compreender este gênero. As aulas acontece de 16 de agosto a 22 de novembro, sempre aos sábados, no prédio 7. Informações http://www.pucrs.br.cursoseeventos/
* Laboratório de Tratamento de Imagens e Geoprocessamento da Faculdade de Geografia da PUCRS recebe, até dezembro, visitas gratuitas para alunos da quinta à oitava séries e ensino médio. Os estudantes poderão observar em imagens de satélites os parques e outros pontos de Porto Alegre. Também é permitido o manuseio de GPS - Sistema de Posicionamento Global - e softwares para observação de imagens. Visitas de quartas às sextas-feiras, à tarde, com lotação máxima de 150 pessoas. O Laboratório fica na sala 306 do prédio 5 do Campus da avenida Ipiranga, 6681. Informações: www.pucrs.br/ffch/lab-geo
* XXIX ENEEF - Encontro Nacional de Estudantes de Educação Física - acontece na Escola Superior de Educação Física, ESEF (rua Felizardo, Jardim Botânico) , no dia 19 (sábado) e vai até o dia 26 de julho. O evento - que pela primeira vez se realiza em Porto Alegre - é um fórum anual que reúne estudantes e professores de Educação Física para discutir temas de cunho social, político, econômico, pedagógico, científico e cultural. Desta vez a temática gira em torno do seguinte assunto "Professora e professor regulamentado e a educação se ajoelhando para o mercado. Vamos à luta para acabar com esse reinado". O encontro é organizado pelo Movimento Estudantil da Educação Física, composto por diretórios e centros acadêmicos de todo o Brasil. Contatos para http://www.eneefpoa.wordpress.com/ ou DAEFI UFRGS (51) 3308.5864, ou Pedro Silveira (51) 93081355, ou Luiz Celso "Piranha" (51) 91.02.77.09, ou Eduardo Pergher "Alemão" (51) 8419.12.48
* XII Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física acontece no Campus Central da UFRGS, de 17 a 20 de setembro. Inscrições a R$ 130,00 para estudantes e R$ 200,00 para professores. Informações site www.ufrgs.br/xipalops

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quinta-feira, julho 10, 2008

Tiririca, o palhaço sem pai que veio de Itapipoca



Ele é feio (já foi desdentado), nordestino, semi-analfabeto, não gosta de cinema, não vai ao teatro, nunca leu nenhum livro e seus ídolos são Zico, Fábio Júnior e Roberto Carlos. Religioso, é devoto de Nossa Senhora Aparecida e tem sangue mestiço – filho de mãe negra e pai desconhecido.
Seu nome: Francisco Everardo Oliveira, 43 anos, o “Tiririca” – aquele que aparece no programa “O Infeliz”, de Tom Cavalcante, uma sátira ao programa de Roberto Justus, “O Aprendiz”, na rede Record.
Cearense, Tiririca é uma espécie de Chaplin subdesenvolvido, do quarto mundo, se é que a comparação pode, em algum momento, ser válida.
Mas a sua cara de coitado, de cachorro surrado, de pobre-diabo, não é mera coincidência e tem tudo a ver com a história da sua vida – antes do estrondoso sucesso de “Florentina” (Florentina, Florentina, Florentina de Jesus, não sei se tu me ama”), em 1996. Em apenas três meses, no inverno daquele ano, tiririca vendeu 320 mil discos e foi a campeã de execuções. Hoje, ele já não canta mais, mas seu rosto é conhecido de todos pela tevê. Não que alguém o leve a sério como artista, e ele nem o deseja.
O MACACO QUE DEU AZAR – Palhaço por profissão, Tiririca teve uma vida dura, logo que nasceu, na cidade de Itapipoca, Ceará. O pai dele fugiu quando sua mãe, Alice, ainda estava grávida, e esta – que trabalhava no circo – logo depois casou-se com um palhaço, o Palhaço Barata. O menino Everardo viveu em barracas até completar 16 anos, quando assumiu o nome de Palhaço Tiririca e foi à luta sozinho, passando a trabalhar em um circo que havia vindo de Minas Gerais. Neste circo, ele conheceu a filha do dono, uma acrobata de nome Márcia Rogéria, com quem passou a viver e trabalhar juntos.
Os dois passaram por vários circos e até fundaram um que, nos anos 80, percorria o interior do Ceará, Piauí, Maranhão e Pará, no estilo “Bye-Bye Brasil”, o filme. O circo, conta-se, era tocado só pelo casal que, para fingir haver um elenco maior, trocava de roupas, disfarces e de voz inúmeras vezes. Assim, foi não apenas palhaço como acrobata, malabarista, locutor, tudo.
Os dois viveram nessa por sete anos, conseguindo progredir e até comprar o primeiro animal para o circo – um macaco-prego. Esse macaco não trouxe felicidade e nem dinheiro á Tiririca e sua mulher, pelo contrário: um dia, em uma cidade do Maranhão, o bicho mordeu um garoto. Para cúmulo do azar, o menino era filho de um chefe político local. No dia seguinte, os capangas do coronel botaram fogo no circo e o casal só conseguiu salvar-se a si mesmos e a sua filha, de três anos de idade, além de resgatar uma televisão.
Voltaram de carona para Fortaleza e, lá, em uma cidade onde os humoristas são mato e fenômeno, tornou-se humorista, trabalhando em bares, ruas, qualquer lugar. Na Capital, passou a usar uma peruca loira e a exibir o seu sorrido sem um dente frontal – uma marca por muitos anos.
BETO CARRERO DEU UMA FORÇA - Mas deu para ganhar algum dinheiro: comprou uma casa, tinha carro, telefone fixo e celular. Detalhe: sua casa não tinha água encanada, nem forro, e estava em um terreno invadido. Coisas da vida de palhaço.
Como acontece com quem quer fazer sucesso, especialmente os nordestinos, Tiririca veio para o Sul, como eles chamam o Sudeste. Quem primeiro percebeu o potencial do artista foi Beto Carrero, já falecido, que assistiu um show do palhaço em uma pizzaria de Fortaleza. Gostou tanto que mandou gravar um vídeo e o apresentou à emissoras e gravadoras. Todos responderam um sonoro “não”, e fecharam suas portas. Mas o produtor musical Arnaldo Sacomani – o mesmo que apresentou os Mamonas Assassinas à gravadora japonesa EMI – conseguiu o primeiro grande contrato, justamente com a mesma. Ficava com 30% do cachê de Tiririca. O sucesso veio rápido e Tiririca passou a percorrer o Brasil fazendo shows, aliás de muito agrado das crianças.
Em 1996, seu ano de ouro, Tiririca, quando estava em São Paulo, morava numa casa de 15 cômodos, seis banheiros e piscina, na Granja Viana, um bairro chique. Pagava 3.500 reais de aluguel, mas não morava sozinho – trouxe mais 18 colegas e formou uma república, estilo o sítio dos Novos Baianos dos anos setenta. A mulher, filhos, a sogra, a equipe de produção, todos moravam com ele.
Depois de Florentina, Tiririca gravou uma outra música que lhe rendeu incomodações e fez com que respondesse a acusações de racismo. Era “Veja os Cabelos Dela”, e tinha trechos como este: “Essa nega fede/fede de lascar/bicha fedorenta/fede mais que um gambá”. Logo ele, filho de uma negra. Tiririca defendeu-se, dizendo ser uma brincadeira e uma referência à sua mulher, (da qual se separou com estardalhaço algum tempo depois). A própria confirmou que sempre foi complexada por ter cabelos crespos. Quanto ao mau cheiro, ele diz ser coisa da vida do circo. “É que a vida no circo é muito dura, e ele não tinha tomado banho naquele dia, aí tirei esse caco”.

Cirurgia do estômago aberta aos interessados




* A Faculdade de Comunicação Social, Famecos, promove a campanha Leia e Passe Adiante. O objetivo é estimular estudantes, professores, funcionários ou quem circular pela Universidade a deixar uma obra disponível aos interessados. As doações - livros, revistas etc - podem ser depositadas em uma prateleira instalada no saguão do prédio 7. O material poderá ser retirado para a leitura e depois devolvido. Saiba mais pelo site www.pucrs.br/famecos/leiaepasseadiante
* Fundação Thiago Gonzaga está com inscrições abertas para a segunda turma do programa de Capacitação de Voluntários 2008. O treinamento iniciará no dia 14 de julho e objetiva formar multiplicadores das idéias de preservação e valorização da vida. As atividades são gratuitas e acontecem na sede da entidade, rua Botafogo, 918, Menino Deus, POA. Inscrições pelo site http://www.vidaurgente.org.br/ ou pelo Tel.: 3231-0893.
* Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas promove nesta sexta-feira, 11, a reunião mensal oferecida a pacientes e comunidade em geral. Entre os temas, está a cirurgia de estômago. O evento é gratuito e não precisa de inscrições. A partir das 17 horas, no Anfiteatro, no segundo andar do HSL, no campus da avenida Ipiranga, 6690, bairro Jardim Botânico, POA. Informações pelo site http://www.centrodaobesidademorbida.com.br/

* O Centro de Inovação da PUC, em parceria com a Microsoft, promove, a partir de 14 de julho, uma série de cursos de inverno, entre os quais o de Excel 1 e 2, Windows Sharepoint, Introdução ao Gerenciamento de Projetos de Software, Programação orientada a Objetos com C#Básico, Programação para Web com ASP.Net e C# e Introdução ao Microsoft Silverlight 2.0. As inscrições podem ser feitas na sala 201 do prédio 40, no campus da avenida Ipiranga, com descontos para acadêmicos da PUC e do Tecnopuc, ou pelo site www.pucrs.br/centrodeinovacao, ou ainda 3320-3680.

* Até 14 de julho o Museu de Ciências e Tecnologia está com inscrições abertas para a Feira de Ciências que acontecerá nos dias 21 e 22 de outubro e cujo objetivo é incentivar a produção científica juvenil. O evento é voltado a professores e alunos das escolas públicas do ensino fundamental e médio de Porto Alegre e Região Metropolitana. Gratuito. Informações pelo site www.pucrs.br/mct/feiradeciencias

* A Faculdade de Educação Físicas e Ciências do Desporto da PUC recebe inscrições´, até o dia 15 de agosto, para o seu curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e do Esporte. Voltado a profssionais de educação física, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros, ou pessoas com comprovada experiência na área. Aulas aos sábados. Inscrições e informações pelo site www.pucrs/fefid/pos

* O Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia realiza, até 31 de julho, as inscrições para o Curso de Especialização em Gestão Estratégica de Pessoas. Aulas às terças e quarta-feiras, à noite. Inscrições e informações pelo site www.pucrs.br/face/cursolatosensu

* A Faculdade de Letras aplicará o exame de Proficiência em Língua Inglesa TOEFL, na modalidade Internet Based Test, no dia 8 de agosto, no campus da Ipiranga. O objetivo é avaliar a competência de candidatos a universidades e centros de estudos em países de língua inglesa. Inscrições e pagamento de taxa com cartão de crédito pelo site http://www.ets.org/

* Curso de Especialização em Direito e Cultura Indígena está com inscrições abertas até o próximo dia 25 de agosto, como parte do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito. O objetivo é proporcionar uma compreensão sobre a cultura e as formas de contato existente entre as populações indígenas e outros povos. O evento, idealizado por Édison Hüttner, coordenador do Núcleo de Cultura Indígena, terá encontros às sextas-feiras e aos sábados, com início previsto para 5 de setembro. Informações pelo site www.pucrs.br/direito/pos/especializacaoculturaindigena ou Tel.: 3320-3537.

* Faculdade de Farmácia promove, de 21 a 25 de julho, a segunda edição do Curso de Inverno de Ciências Farmacêuticas, com aulas de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas. Direcionado a profissionais e estudantes das áreas biomédicas, e é necessário ter cursado a disciplina de Farmacologia. Informações pelo site www.pucrs.br/farmacia, ou Tel.: 3320.3680


Abraços aos amigos canadenses!


Foi Mcluhan quem cunhou essa expressão, Aldeia Global, ainda nos anos sessenta. Fez isso sem imaginar (ou talvez imaginasse, já que não li os livros dele) que surgiria, muitos anos depois, a rede mundial de computadores, o e-mail, o site, o blog.
Pois hoje, de fato, o mundo é uma aldeia global, no qual um sujeito do Sri Lanka se comunica com um outro de Itapipoca, no Ceará, que por sua vez conversa com um alemão, um inglês, um grego, um sul-africano, um coreano, um saudita. Todo mundo fala com todo mundo, instantaneamente, manda fotos, tem acesso a filmes, troca informações. Isso sem sair do sacrossanto recesso do seu lar: lá está o internauta, de madrugada, dialogando com outras partes do mundo, tendo acesso a informações (nem sempre confiáveis) que antes eram dificílimas e custosas - geralmente estavam nas enciclopédias.
Falo isso porque, a medida que os dias passam, fico mais fascinado com a "aldeia global", e com o poder da Internet e do blog - que serão ainda mais avassaladores a cada ano, a cada mês. Hoje, a gente não pede o telefone de outra pessoa ao conhecê-la - quer o seu e-mail, o seu endereço eletrônica, e diz "te mando isso pela Internet".
Vejam o caso deste blog do Conselheiro: olhando as procedências dos navegadores que nos acessam, encontro gente dos cinco continentes, de quinze países, em quatorze línguas. Caramba, é isso mesmo! Tenho (e acredito que aconteça isso com todos os outros) visitantes de países tão remotos como Coréia, Arábia Saudita, Grécia, Romênia, Peru (esse nem tão remoto assim), Timor Leste, Hungria, Alemanha, Japão, China, e por aí afora. No caso do Brasil, São Paulo é a segunda cidade que mais nos acessa, seguida de Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Mas tem gente lá dos interiorzão de Goiás, da Bahia, de Rondônia.
Quando eu era criança - e isso foi ontem, acreditem - morava em zona rural, quase no meio do mato, onde não havia luz elétrica, água encanada, geladeira, televisão, nada praticamente. O mundo nos chegava através do rádio de ondas curtas. A Rádio Globo do Rio de Janeiro chegava lá, no noroeste gaúcho, com um som melhor do que qualquer rádio de Porto Alegre (sou Flamengo até hoje, adorava os comentários de João Saldanha: "Meus amigos!) . À noite, eu sintonizava as ondas curtas e ouvia a Rádio Canadá Internacional, a BBC, a Rádio Japão, a Voz da América. Esses países mantinham tais emissoras com transmissão de uma hora, toda noite, direcionada aos "países de língua portuguesa".
Eles pediam que escrevêssemos a eles, dizendo como estava a qualidade do som, dando sugestões de programação. Comecei então a escrever - cartas escritas à mão, com a caligrafia sofrível (até hoje é assim) de um menino de dez anos, e que depois eram levadas até a pequena agência postal da cidadezinha mais próxima e de lá seguiam para o exterior - acreditem - via navio. A correspondência levava quase um mês para chegar ao seu destino e a resposta outro mês para chegar.
Mas chegava, que se tem alguma coisa que funciona no Brasil são os Correios. Aquele envelope, vindo de outro continente, era motivo de emoção e orgulho. Geralmente continha o que eu pedia - selos, muitos selos de todos os cantos do mundo (eu era metido a filatelista), além de fôlderes e prospectos enaltecendo as maravilhas desses países. Todos eram muito legais, porém os canadenses se superavam. Não só mandavam tudo o que eu pedia como uma vez - suprema emoção - leram a minha cartinha e disseram o meu nome no ar, orgulhosos de terem um ouvinte lá no sertão brasileiro. Mais, uma criança que os ouvia toda noite e pedia selos.
Que emoção aquela, suprema glória: ter meu nome lido para "todos os países de língua portuguesa" e ainda receber elogios pela voz de uma mulher que, com certeza, tinha a voz mais doce e bonita do mundo.
Até hoje gosto muito do Canadá e dos canadenses, mesmo sem nunca ter ido lá. Quanto aos selos, perdi todos. Mas, na era da Internet e da comunicação global instantânea, fui, por assim dizer, um dos precursores. Fui no papel, na carta, no navio - mas já fui ao Canadá, posso dizer aos meus visitantes que acessam o Conselheiro lá desse simpático país, o segundo maior do mundo, terra de gente civilizada. Abraços, amigos canadenses.
A propósito: Mcluhan era canadense. Fiquei saben do pela busca na Internet. (Conselheiro X.)

quarta-feira, julho 09, 2008

Imagens do dia




* Clique na imagem para ampliá-la.
Uma moça passeia com seu cachorro, na Itaboraí, enquanto fala ao celular. Na mesma rua, antes tão simplória, os altos edifícios, contruídos ou em construção, quase tapam o sol.

* Estão abertas as inscrições para a Missão Porto Alegre/Vila Fátima, do Centro da Pastoral e Solidariedade da PUCRS. Os aprovados desempenharão trabalhos voluntários, além de conviver com os moradores e realizar experiências de fé e solidariedade na Vila Fátima, durante uma semana. A Missão acontece de 25 a 31 de julho, quando os estudantes terão a oportunidade de transmitir seus conhecimentos a crianças e jovens carentes. Informações pelo Tel.: 3320-3576 ou www.pucrs.br/pastoral.
* Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas promove, neste sexta-feira, 11, a reunião mensal voltada a pacientes e comunidade em geral. Em pauta, temas como a cirurgia bariátrica. O encontro se divide em dois momentos: às 17 horas, para os operados. Às 18 horas, para a comunidade em geral. O evento - que acontece no Anfiteatro Irmão José Otão, no segundo andar - é gratuito e não há necessidade de inscrição. Informações pelo Tel.: 3336-0890 ou http://www.centrodaobesidademorbida.com.br/
* O laboratório de Mercado de Capitais da PUCRS (LabMec) promove, nesta quinta-feira, 10, a palestra Análise Gráfica. A iniciativa busca oferecer noções gerais de análise de Gráficos de ativos, com apresentação de ferramentes e estudos de análise. A aula será ministrada pela administradora de empresas Mariana Pimentel, das 18 às 19 horas, no sétimo andar do prédio 50, no campus da avenida Ipiranga.
Inscrições gratuitas pelo site www.labmec.com.br

Otávio de Souza tem curso de informática gratuito aberto a qualquer interessado


Zilah: "Estamos oferecendo uma alternativa profissional".

Há questão de dois anos, quando ganhou dez computadores do Banrisul, a Escola Estadual Otávio de Souza (rua Afonso Rodrigues), no Jardim Botânico, pode deslanchar dois projetos que, na realidade, já estavam em curso desde 2004: o Projeto Informática Educativa e o Laboratório de Informática.
Embora pouco conhecidas do grande público, tais iniciativas contam com cerca de 20 alunos, a maioria moradores do próprio bairro. Devidamente orientados por professores especializados, eles estão aprendendo os princípios da computação e da Internet. Ou seja: se antes eram "analfabetos digitais", agora passam a ser incluídos no crescente contingente de pessoas que dominam uma ferramenta que está se tornando básica em todos os cantos do mundo. No Brasil, a venda de microcomputadores explodiu nos últimos anos, o mesmo acontecendo com o acesso à Internet, a rede mundial de computadores que iniciou no Brasil, de forma tímida, em 1995.
"A iniciativa foi nossa, e partiu do CPM, Clube de Pais e Mestres", informa a professora Zilah Carvalho, assistente financeira do colégio e ex-supervisora da Informática. "E estamos satisfeitos, temos muitas pessoas da Terceira Idade, tanto homens como mulheres, incluindo até motoristas de táxi. Na realidade, estamos oferecendo uma alternativa de formação profissional".
CARÊNCIAS - São duas modalidades de cursos, sendo que um deles é voltado exclusivamente aos alunos e professores da escola. O primeiro - aberto ao público - é o Curso Básico de Informática, dividido em dois módulos. O primeiro é constituído de introdução ao processamento, windons, world e internet. Já o módulo dois é calcado nas planilhas de cálculos, excel e power point (trabalho com sláides).
As aulas acontecem uma vez por semana, com duração de uma hora e 40 minutos, e são, praticamente, gratuitas. "Pedimos apenas uma colaboração, já que temos poucos recursos", explica a professora Zilah.
Embora não sejam de última geração, os computadores do Otávio de Souza são modernos e, o melhor, estão todos conectados à Internet, em banda larga. Ou seja, não dependem de discagem telefônica e são de rápida navegação.
Os interessados - e ainda há vagas, nos três turnos - devem ir ao colégio nas quartas-feiras, em qualquer horário, conversar com a professora Isabel. "Se a pessoa não puder vir na quarta, pode vir outro dia e deixar suas informações e disponibilidades de horário", solicita Zilah.
Dirigido há seis anos pela professora Liramar Cortizo Garcia, o Otávio de Souza está desenvolvendo uma série de ações em diferentes áreas e driblando com criatividade a falta de recursos do ensino público. Recentemente, em abril, foi criado o blog do colégio - www.otaviodesouza.zip.net. Muito bem feito, com fartura de fotos, ele traz todas as informações necessárias aos pais e aos alunos - calendário escolar, cronogramas, histórico da escola, formas de avaliação etc. "Já tivemos mais de dois mil acessos desde a criação", garante a professora.
Quem fez o design do blog foi uma filha da professora Zilah, que é profissional nessa área e já organizou os blogs de personalidades globais, incluindo os "BBB" Alemão, Iris e Natália, entre outros. "Como a gente não tem recursos, apelamos para colaboradores e vamos superando as dificuldades", diz a professora Zilah.
FESTA JUNINA - Neste sábado, a partir das 13h30min, o Otávio de Souza realiza a sua festa junina - na realidade, julhina. Toda a comunidade está convidada.

SERVIÇO
Escola Estadual Professor Otávio de Souza - rua Afonso Rodrigues, 100 (transversal com a Guilherme Alves)
Tel.: (51) 3336-0769 - blog: www.otaviodesouza.zip.net

Astronautas da Apolo 11 carregavam cianureto?


Pouca gente sabe, mas a missão Apolo 11 - aquela que chegou à superfície lunar pela primeira vez, em julho de 1969 - tinha grandes possibilidades de acabar em tragédia. Conforme um memorando encontrado nos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos, por ocasião dos 30 anos da conquista da Lua, havia o temor de que os dois astronautas que colocaram os pés no solo do satélite terrestre, Armstrong e Aldrin, não conseguissem mais retornar para a Nave Mãe, que ficou orbitando no espaço, com Collins no comando. Se houvesse algum problema com o módulo lunar Eagle (Águia), aquele que pousou na Lua com os dois astronautas e, duas horas e meia depois, voltou à nave principal, a ordem da Nasa era para que eles fossem abandonados na superfície lunar. Collins, então, deveria regressar à Terra, sozinho, já que não teria condições de efetuar uma missão de salvamento.
Segundo os documentos, os três astronautas sabiam desse risco e estavam preparados para serem "heróis ou mártires".
O presidente Nixon, inclusive, já tinha preparado uma mensagem presidencial ao Mundo, falando da tragédia.
Um dos trechos: "O destino determinou que esses homens que foram à Lua explorá-la em paz nela descansassem em paz para sempre. Outros exploradores seguirão rumo ao espaço e certamente encontrarão o caminho de volta. A busca humana não será abandonada. Mas esses homens foram os primeiros e eles permanecerão para sempre no nosso coração como os verdadeiros pioneiros."
Mais: se não conseguissem voltar, Armstrong e Aldrin teriam oxigênio para apenas 36 horas lá em cima, e certamente experimentariam uma morte nada agradável, a 382 mil quilômetros de casa. Segundo informações não confirmadas, os dois carregavam consigo cápsulas de cianureto, a fim de abreviar o sofrimento.
O arquivo do memorando está arquivado sob o título "Na eventualidade de desastre na Lua", e foi redigido pelo então porta-voz de Richar Nixon, William Safire.
Para saber mais, consulte a revista Veja de 21 de julho de 1999, página 56 e 57, "Prontos para Morrer", de Daniel Hessel Teich.

terça-feira, julho 08, 2008


Angra dos Reis, litoral do Estado do Rio. Segunda-feira, 12 de outubro de 1992, feriado da padroeira do Brasil (Nossa Senhora Aparecida) e Dia da Criança. O tempo está ruim, com chuvas, trovoadas e ventos naquela região da costa sul fluminense quando o deputado Ulysses da Silveira Guimarães, 76 anos, sua esposa Mora, e mais o casal Severo Gomes (ex-ministro, ex-senador) e Henriqueta partem de volta a São Paulo. Dirigido pelo experiente piloto Jorge Comeratto, o helicóptero de prefixo PT-HMK, emprestado pelo empresário paulista Jorge Chammas Neto (Moinho São Jorge), é avistado pela última vez meia hora depois da partida, por volta das 17 horas, voando baixo, a cerca de 50 metros acima do nível das ondas, costeando o litoral, abaixo de uma impiedosa chuva de granizo.

O industrial Arthur Vicintin Neto - que tem casa ali e pescava naquele momento - avistou a aeronave tentando romper a barreira das espessas nuvens que tomavam conta do céu: "O piloto ciscava, procurando um buraco no meio das nuvens", lembraria ele mais tarde. Naquele momento sopravam ventos de mais de 100 quilômetros por hora e só por milagre não aconteceria uma tragédia.
O milagre, porém, não aconteceu: as forças da Natureza foram mais fortes e em breve o Brasil saberia que o líder máximo das oposições durante o regime militar, o Senhor Diretas, o Anticandidato a Presidente da República, Ulysses Guimarães, estava morto, junto com todos os demais ocupantes do helicóptero.
A morte de Ulysses (até hoje o corpo, ou o que dele sobrou, não foi encontrado) representou, de certa maneira, o fim de uma era. Calvo, de voz grave, incisivo e destemido, o Senhor Diretor personificou a intransigente oposição ao regime de arbítrio que se instalou com o AI-5. Democrata, de tendências moderadas, o paulista Ulysses Guimarães elegeu-se deputado estadual em 1947, quando contava apenas 30 anos de idade. Em 1950 tornou-se deputado federal, também por São Paulo. Em 1956 foi escolhido presidente da Câmara Federal e, em 1961, no curto gabinete parlamentarista de Tancredo Neves, tornou-se ministro da Indústria e Comércio. Com o golpe militar de 1964, Ulysses - que, discretamente, apoiou o movimento - parecia estar marchando para um direto apoio à chamada "revolução". Porém, ao constatar que a volta à democracia não estava entre as prioridades dos militares e que muitos atos de arbítrio já estavam sendo praticados, Ulysses - advogado por formação - imediatamente bandeou-se para as hostes oposicionistas - ele, que tinha sido do PSD, enfileirou-se com o recém criado Movimento Democrático Brasileiro, o MDB. Candidato por este partido (então rebatizado de PMDB) na primeira eleição direta do período da redemocratização, amargou o quinto lugar na contagem final dos votos, não tendo sequer ido ao segundo turno.
A morte de Ulysses - que havia ido passar o final de semana no litoral de Angra, mais exatamente na casa do empresário Luis Eduardo Guinle - encerrou uma carreira política de quatro décadas, com onze mandatos consecutivos, vigorosos pronunciamentos em favor da democracia e um estilo incandescente de oratória que marcou época. Com ele, no mesmo vôo, desaparecia outra figura destacada da oposição ao regime militar, regime ao qual, curiosamente, serviu em seu início - o ex-ministro da Agricultura do governo Castelo Branco, ministro da Indústria e Comércio de Ernesto Geisel, ex-secretário de Ciência e Tecnologia do governo paulista de Fleury Filho, o ex-senador Severo Gomes. Udenista por formação, Severo desencantou-se com a Revolução de 1964 e, em 1979, bandeou-se para a oposição. Franco e direto, reconhecia ter mudado, "tarde, mas não demasiado tarde".

Jet Car, lavagem de carros e tapetes na Itaboraí


A Lavagem Jet Car está na rua Itaboraí, 825, no Jardim Botânico, há 25 anos. Com uma clientela fixa - incluindo pessoas que vêm de outras zonas da cidade - a Jet Car (na foto Flávio, o proprietário) lava todo tipo de carros de passeio e também faz polimento.

Outra especialidade é a lavagem de tapetes, com preços a partir de 15 reais.

O funcionamento vai de segunda a sábado, das 9h30min às 18 horas. Contatos pelo Tel.: 81784702, com Flávio.

* Fundação Thiago Gonzaga está com inscrições abertas para a segunda turma do Programa de Capacitação de Voluntários 2008. O treinamento inicia dia 14 de julho e tem o objetivo de formar multiplicadores das idéias de preservação e valorização da vida. Entre os conteúdos, estão a cidadania, o trânsito, convivência e a cultura do herói. As atividades são gratuitas e acontecem na sede da entidade - rua Botafogo, 918. Inscrições pelo site http://www.vidaurgente.org.br/, ou pelo Tel.: 3231-0893.
* Hospital São Lucas da PUCRS promove, na próxima quarta-feira, 16, às 19 horas, a palestra Nutrição na Doença Inflamatória Intestinal, voltada a pacientes com essas enfermades. A palestrante é a médica Marta Machado, do Serviço de Endoscopia Digestiva do HSL. O evento, com entrada franca, acontece no Anfiteatro Irmão José Otão, no segundo pavimento. Informações pelo Tel.: (051) 3336.4243.

35 CTG: berço da tradição aceita a modernidade

Clóvis: "Não somos contra a Tchê Music, eles até nasceram aqui".

Pai dos Centros de Tradições Gaúchas, berço do movimento tradicionalista, o 35 CTG está no Jardim Botânico desde 1975, em um terreno próprio ao lado do Bourbon Shopping, na avenida Ipiranga.

Ponto de referência no bairro, com sua churrascaria, seus eventos culturais, sua domingueira, o 35 atrai não só a gauchada costumeira - dos quais a maioria são crianças e jovens - como também turistas dos mais diferentes locais - turistas, visitantes e curiosos que desejam conhecer um pouco da vivência, da história e dos costumes e hábitos gauchescos.

"Somos uma sociedade cultural e recreativa, aberta a todos, com regras próprias", informa Luiz Clóvis Fernandes, durante seis anos patrão da entidade e que hoje é uma espécie de faz-tudo do local. Com cerca de 5 mil sócios, o 35 mantem departamento cultural, artísticos e a culinária típica campeira, do qual a churrascaria Roda de Carreta (que existe há 25 anos) é uma espécie de mostruário, muito embora sirva também buffet normal diariamente. Funcionando diariamente, a Roda de Carreta, com seu espeto corrido (é um dos poucos locais do JB que tem chopp), só não abre aos domingos à noite.

ATIVIDADES - O 35 CTG não pára nunca, com suas atividades diárias, e aluguel de espaço (são 2.100 metros quadrados de área construída) a terceiros, além de venda de souvenires gaúchos - camisetas, bottons, etc. Isso garante a renda que permite a manutenção da entidade, algo que nem sempre é fácil, como diz Clóvis.

Além das atividades internas, há ainda as campeiras, como cavalgadas e rodeios. Com a proximidade da Semana Farroupilha, em setembro, o 35 se torna ainda mais frequentado. "Temos cerca de 300 pessoas que participam das mais diferentes atividades, como grupos de dança, e a participação dos jovens é expressiva", afirma Clóvis, para quem "o tradicionalismo é estável, se mantem".

O Movimento Tradicionalista Gaúcho foi fundado, oficialmente, em 1948, pelo chamado "grupo dos oito", uma iniciativa que buscava resgatar e valorizar a cultura gaúcha no pós-guerra, quando a influência norte-americana se propagava pelo mundo. O 35 foi fundado em 24 de abril de 1948 - completou 60 anos recentemente. Do "Grupo dos oito", restam dois vivos - dos quais um é o ícone Paixão Cortes, um dos mais destacados folcloristas brasileiros.

TCHÊ MUSIC - Quando se fala em tradições gaúchas, se fala no 35. Não fa muito, a atriz e apresentadora Regina Casé esteve aqui, gravando um programa televisivo que foi para o ar em rede nacional, pela Globo.

Guardiã dos hábitos e costumes culturais do Rio Grande do Sul, a entidade, entretanto, não parou no tempo e convive harmonicamente com algumas novidades, como o chamado "Tchê Music", um movimento musical híbrido que mesclou ritmos gauchos com outras influências.

O Tchê Music faz muito sucesso comercial nos Estados do Sul e Centro-Oeste, e gerou algumas irritadas manifestações dos tradicionalistas. Mas Clóvis diz que o 35 não tem nada contra esta novidade, que eles não aceitam como música gaúcha, mas dizem respeitar.

"É algo válido, até porque eles precisam sobreviver, ganham um bom dinheiro com isso, fazem sucesso comercial, abriram uma nova frente. Não temos nada contra, e vou lhe dizer que a maioria deles nasceu aqui dentro. E, quando tocavam músicas gaúchas, eram excelentes."

Conhecido por suas domingueiras, o 35, no próximo sábado, terá o seu "Baile de Candeeiro", evento que acontece há vários anos. "É um baile à moda antiga, sem luz elétrica, com candeeiros iluminando, e tem café campeiro", informa Clóvis Fernandes.

Conservador por natureza, o CTG - ao contrário do que muitos pensam - não existe pilcha (o traje gaucho típico) para quem vai frequentá-lo. "À exceção dos fandangos, quando a pilcha é obrigatório, a pessoa pode se apresentar com traje esportivo discreto", esclarece o tradicionalista.

"O tênis também é permitido, até porque é da vestimenta dos jovens", diz Clóvis Fernandes, um empresário natural de Santana do Livramento, sócio do 35 há 44 anos e que reside no bairro Partenon.
SERVIÇO
35 Centro de Tradições Gaúchas - av. Ipiranga, 5300, Jardim Botânico, Porto Alegre.
Tel.: (510 3336.0035 e 3336.0795
Endereço eletrônico: www.35ctg.com.br

segunda-feira, julho 07, 2008

Manoel, almoxarife em 1974, lembra a obra de 2.500 operários e "que não parou nunca"


Seu Manoel Barros da Silva (de boné) tem 81 anos, nasceu em Portugal e mora no Jardim Botânico desde os 13 anos de idade. Entre outras coisas, é testemunha ocular da construção do Conjunto Residencial Felizardo Furtado.
Mais que testemunha: trabalhou na obra, do seu início, no verão de 1974, até o término desta, em 1976. “Comecei e terminei. Foi uma obra rápida. Tinha mais de 2.500 pessoas trabalhando, em certa época”, conta ele. “A construtora foi buscar gente no interior e veio até uma turma de Santa Catarina”.
Funcionário do almoxarifado, durante 20 anos empregado da empreiteira Gus Livonius (que não mais existe, tal como era), ele recorda do ritmo intenso da construção e da seriedade como ela foi feita.
“A obra não parou nunca, eram dez horas da noite e tava chegando concreto. E o fiscal do Inocoop estava sempre junto, conferia pessoalmente cada detalhe e às vezes mandava desfazer e refazer porque não estava de acordo. Também havia muito cuidado com a segurança, tanto que não me lembro de nenhum acidente sério”, relata.
Outra coisa: os peões tinham alojamento no local e refeições no local, com café da manhã, almoço e janta. Seguindo um cronograma rígido, cada edifício era concluído inteiramente, partindo-se então para a execução de outro dos oito prédios. Um posto de vendas, no lado da rua Ferreira Viana, recebia a visitas dos interessados, que adquiriam os apartamentos confiando nas especificações da própria planta arquitetônica.”Quando terminou, tava quase tudo vendido”, assinala seu Manoel.
AMAZONAS – Residindo ainda hoje na Barão do Amazonas, seu Manoel pegou o Jardim Botânico em um tempo quase rural, a época da Vila Russa. “Meu pai tinha uma chácara na Salvador França. Lembro do Chico Tatão, os filhos dele tinham vacas de leite, no lado de cá da Salvador, que era de chão batido, quase não tinha casas, eu caçava passarinhos ali. A Ipiranga não existia, era só um caminho, e o arroio Dilúvio era um riacho desgovernado.”
As águas do arroio Dilúvio da década de 40 e 50 eram então límpidas, garante ele, e nelas se pegava cascudos, que alguns meninos vendiam nas ruas.
“Era uma água branquinha, limpinha”, recorda seu Manoel.

André Damasceno, professor de Matemática?


André Damasceno é hoje um nome nacional no humor. O "Magro do Bonfa" - o seu primeiro personagem de sucesso, na Escolinha do Professor Raimundo, de Chico Anysio, na Globo - divertiu muita gente. Hoje ele participa de diferentes programas, incluindo o Zorra Total, e, segundo o presidente Lula, é o seu melhor imitador. André também faz shows por todo o Brasil. Em Porto Alegre costuma se apresentar no Teatro da AMRIGS, aqui na avenida Ipiranga.

O que pouca gente sabe é que ele foi professor de Matemática em cursinhos pré-vestibulares, como mostra esta matéria da revista Veja de 1991, a Vejinha RS (que não mais existe).

André, então, era quase um desconhecido que animava casas de espetáculos e bares da Capital.


* Clique em cima da imagem para ler a matéria.

Café com livros na Felizardo


Esta é Mara, dona do Muitas Ondas, livrolocadora e café na rua Felizardo 351. Professora, Mara é apaixonada por livros - já escreveu um, infantil. Um dia resolveu abriu um negócio que tivesse algo a ver com ela - surgiu o Muitas Ondas.

Em ambiente aconchegante e protegido, o local conta com capuccino, refrigerantes, cerveja, crepe, petiscos, salgados e doces, além de um mini Golfe na entrada. Os livros são locados a 0,40 centavos a diária e estão em bom estado de conservação. São cerca de 3 mil títulos, sem contar as revistas. "Tenho a lista dos dez mais vendidos da revista Veja e sempre compro os lançamentos", informa ela.
Para locar (livros, revistas, jogos infantis e adultos) é preciso fazer uma ficha de inscrição, com comprovante de residência e um documento de identidade.

O telefone do muitas Ondas é 3061.4753. O horário de funcionamento vai das 10 às 20 horas, de segunda-feira a sábado. Confira.

Sobremesa Musical nesta quarta-feira, na PUCRS

* Projeto Sobremesa Musical desta quarta-feira, 9, apresenta um recital de canto e piano, intepretado pelo tenor Flávio Leite e o pianista Paulo Bergmann, com repertório de Bellini, Rossini e Tosti. O local é o átrio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, prédio 9 do campus central da PUCRS. A entrada é franca e novas sugestões de músicas podem ser enviadas para o site www.pucrs.br/icm
* Congresso Reúne Educadores Maristas, de 15 a 18 de julho, no Centro de Eventos da PUCRS, no campus da avenida Ipiranga, 6681. Entre os temas a serem debatidos, estão questões como o que a sociedade espera do professor do Século XXI e quais os novos desafios de educar. Serão quatro dias de debates e atividades temáticas, com a presença de conferecistas de renome internacional que falarão para 2.500 pessoas, vindas de todo o Brasil. Este é o Terceiro Congresso Nacional Marista de Educação, com organização da Rede Marista. Os maristas estão presentes em 78 países e chegaram ao Brasil em 1887.
Informações pelo site www.maristas.org.br/congresso, ou então pelo Tel.: 0800 54 11 200.
* A FAMECOS, Faculdade de Comunicação Social da PUC, realiza, de 8 a 17 de julho, Curso de Extensão em Jornalismo Criminal (Policial). Os ministrantes são Adriana Irion, Humberto Trezzi e Renato Dorneles. Informações pelo Tel.: 3320-3680.

Telefonia ruim adiou a chegada da Internet


Era dezembro de 1995, e o Brasil ainda enfrentava grandes dificuldade para entrar com tudo no mundo da Internet. A culpa - em uma época sem banda larga - era do precário sistema de telefonia do Brasil, que ainda não havia sido privatizado. O presidente da República era Fernando Henrique Cardoso, e Sérgio Motta, o seu ministro das Comunicações.

A Internet não contava - vejam só - nem com 100 mil usuários.

Leia a matéria "Confusão na rede", transcrita de VEJA de 27 de dezembro de 1995.


"Houve até quem tentasse alcunhar 1995 como o ano de entrada do Brasil no mundo da Internet. Mas, com um número de usuários que não chega a 100 000, não colou. A partir de primeiro de janeiro de 1996, o sonho de se conectar ao universo da comunicação digital será jogado ainda mais para longe. Na entrado do ano novo, fecha-se uma das maiores portas de acesso à Internet no Brasil, a administrada pela Embratel. O prazo para a estatal interromper seu serviço de conexão de usuários à Internet foi dado pelo ministro das Comunicações, Sérgio Motta, em abril. Sua intenção era boa. Ele imaginava, à época, que no final deste ano a rede já estaria funcionando a pleno vapor e a Embratel poderia deixar a função de provedora de acesso para as empresas particulares e dedicar-se apenas ao trabalho de expandir a infra-estrutura necessária.

"Sete meses depois, a situação é bem diferente da pretendida. A principal estrutura de fios e computadores, que deveria estar cobrindo todo o país em setembro, só ficou pronta há poucos dias. Mesmo assim, não está completa. Falta criar centrais de atendimento para receber as chamadas telefônicas dos usuários e encaminhá-las ao destino na rede Internet, seja ele nos Estados Unidos, seja na Austrália, seja no Amazonas. Por conta desse atraso, várias empresas interessadas em servir de porta de acesso à rede ficaram em compasso de espera. Agora, com a saída da Embratel dessa função, ainda não estarão aptas a absorver os 6 000 clientes deixados na mão, muito menos a captar novos.

"Jogo de Paciência - Mesmo com a infra-estrutura básica resolvida em breve, as provedoras terão de enfrentar outro obstáculo: a falta de linhas telefônicas. Não adianta a Embratel ter um sistema de transmissão para a rede internacional impecável, se as provedoras não tiverem linhas disponíveis para que seus clientes a acessem. Elas precisam de dezenas ou mesmo centenas de números de uma só vez. "A carência de linhas é tanta que, apesar de termos separado uma verba de 1 milhão de dólares para investir em telefones, não conseguimos estar nem na metade", lamenta Marcelo Lacerda, um dos diretores da Nutec, empresa provedora de acesso à Internet, hoje com 1 500 assinantes. "Se aceitarmos muito mais clientes com esse número de linhas, corremos o risco de deteriorar a qaualidade do serviço", diz Lacerda. Algumas empresas colocam até 200 usuários para disputar uma mesma linha de acesso, o que torna a entrada na Internet um jogo de paciência insuportável. "Tenho muita curiosidade, mas não consegui uma senha de entrada e tenho receio de ecolher um provedor de acesso de péssima qualidade", diz o analista de recursos humanos Roberto Santanna.

"Ao grupo de ansiosos por entrar na rede, no qual se inclui o analista, provavelmente se juntarão os clientes da Embratel. Isso só não acontecerá se a pressão que a estatal está fazendo para não largar o serviço der resultado. Em outros países, como a França, onde o sistema de telecomunicações também é gerido pelo monopólio estatal, a empresa cuida da infra-estrutura e também é provedora de acesso à Internet. Apenas seguem uma rígida regulamentação que tenta tornar justa a concorrência entre a iniciativa privada e a estatal responsável por traçar os projetos de expansão da telefonia. No Brasil, pelo ritmo em que as decisões sobre Internet andam, isso é assunto para 1997."

Os 10 anos do Maníaco do Parque, preso em Itaqui


O nome dele é Francisco de Assis Pereira e tinha 30 anos quando se tornou conhecido como o "Maníaco do Parque". Há dez anos - em agosto - Francisco foi preso na cidade de Itaqui, no Rio Grande do Sul, acusado de ter assassinado oito mulheres em São Paulo. Condenado, cumpre pena e até se casou na cadeia.

O caso do Maníaco do Parque foi um dos mais comentados, senão o mais, do ano de 1998. Foragido durante 23 dias, ele foi reconhecido por pescadores, em Itaqui, para onde havia viajado, usando documentos falsos.

Os crimes, que aconteciam no Parque do Estado, na capital paulista, desafiavam a polícia: no local foram encontrados os corpos das mulheres, que ele estuprava, enforcava e roubava e depois largava, mortas, em clareiras de uma das maiores áreas verdes de SP.

À polícia informou terem sido, na realidade, nove vítimas, e falou do seu "lado negro":

"Eu tenho um lado ruim dentro de mim. É uma coisa feia, perversa, que eu não consigo controlar. Tenho pesadelos, sonho com coisas terríveis. Acordo todo suado. Tinha noite em que não saía de casa porque sabia que na rua ia querer fazer de novo, não ia me segurar. Deito e rezo, pra tentar me controlar."


Os atos de Francisco ganharam as manchetes em 12 de julho de 1998, quando os jornais publicaram o primeiro retrato falado do maníaco. No mesmo dia, a manicure Selma Rodrigues Goes, 35 anos, afirmou ter visto uma fumaça saindo de dentro da empresa J.R. Express, na rua Alcântara Machado, em São Paulo. O morador do local era ele: Francisco de Assis Pereira, o único funcionário que trabalhava e dormia na empresa.

Ao chegar ao trabalho, o empresário Jorge Sant' Ana, o patrão, encontrou um bilhete sobre a mesa, com um recorte do jornal em que havia o retrato falado. No bilhete, Francisco lamentava ter ido embora e pedia desculpas pela partida.

No mesmo dia, o empresário percebeu que havia algo de errado com o vaso sanitário da empresa. No conserto, foi encontrado um bolo de papéis queimados, que entupira o esgoto. Junto, estava a carteira de identidade de Selma Ferreira Queiroz, uma das vítimas Alguns dias depois, a estudante Sara Adriana Ferreira reconheceu na polícia a voz do homem que, no dia 4 de julho, telefonou para a sua casa, na cidade de Cotia, exigindo mil reais pela libertação de sua irmã Selma. Ele identificou a voz ao ver uma entrevista que Francisco havia dado a uma rede de televisão, em 1994, sobre um grupo de patinadores noturnos: era ele.

Todas as mulheres mortas foram namoradas ou se relacionaram com o maníaco, um motoboy que adorava patinação, usava roupas coloridas, era jovial e alegre e, segundo alguns mulheres, era também carinhoso e brincalhão. O tipo comum, que não desperta desconfianças e com quem pode se puxar conversa no elevador.

Ao fugir, Francisco passou pela Argentina e voltou ao Brasil. Em Itaqui, na fronteira com a Argentina, chegou a frequentar missas e se tornou familiar aos pescadores do rio Uruguai, que logo desconfiaram dele e imediatamente o associaram ao retrato falado que saía na televisão.

O motoboy era popular no Parque do Ibirapuera, onde costumava fazer malabarismos sobre patins, esporte que ele dominava e ensinava a outras pessoas. Era querido e respeitado até pelas crianças, que costumavam cercá-lo e falar com ele.

Em depoimento de muitas horas à Polícia paulista, o Maníaco do Parque confessou os oito assassinatos e mais um. Também admitiu outros cinco estupros. Foi nesse momentos que falou de seu "lado ruim", de sua "fixação em seios" e contou uma dramática história de relacionamentos, de molestamento sexual na infância, de um ex-patrão, com quem teria um relacionamento homossexual.

O maior caso policial do ano logo se transformou em um grande circo midiático. Um encontro entre Francisco e os pais foi transmitido ao vivo no programa do Ratinho e alcançou 38 pontos no Ibope - quase o mesmo da novela da Globo em horário nobre. Cinco mulheres se apresentaram à polícia identificando o homem que as havia violentado no Parque do Estado - as sobreviventes. Todas indicaram Francisco como o autor.

Entre as vítimas fatais do Maníaco, estava Elisângela Francisco da Silva, de 21 anos, cujo corpo foi encontrado no Parque em 28 de junho. Ela estava nua. Paranaense, de família humilde, Elisângela era conhecida pela excessiva timidez e pertencia à igreja Batista e, depois, à igreja Deus é Amor.

Outra, Raquel Rodrigues, de 23 anos, era "uma moça muito ingênua", como diziam suas amigas. Sua família vivia em Gravataí, na grande Porto Alegre. Nos finais de semana, em São Paulo, Raquel costumava frequentar barzinhos com suas amigas e trabalhava como vendedora, no bairro de Pinheiros. No dia da sua morte, telefonou para uma prima, dizendo que conhecera um rapaz e que aceitara posar de modelo para ele. Seu corpo foi encontrado em um matagal do Parque, no dia 16 de janeiro.

Outra, Selma Ferreira Queiroz, balconista, ainda não havia completado 18 anos. Desapareceu em uma sexta-feira. No dia seguinte, um homem telefonou para sua irmã, dizendo que ela havia sido sequestrada e exigindo mil reais de resgate. Mas não ligou de volta. O corpo foi encontrado no dia seguinte: ela estava nua, com sinais de estupro e espancamento. Nos ombros, seios e interior das pernas havia marcas de mordidas. Francisco também fazia sexo anal com a maioria de suas vítimas. Ele não usava armas, apenas as mãos.

Já Patrícia Gonçalves Marinho, 24 anos, saiu da casa da avó, onde morava, e nunca mais foi vista com vida. Seu corpo só foi encontrado no dia 28 de julho, em uma área erma do Parque do Estado. Morreu por estrangulamento e foi estuprada. Seu sonho era se tornar modelo e, segundos seus conhecidos, tinha uma confiança ingênua nas boas intenções de todo mundo.

O Maníaco do Parque mantinha um diário onde flava de suas conquistas amorosas, romances impossíveis e momentos de muita agressividade. Em um desses dias, ele escreveu: "Quando lembro daqueles momentos fico completamente excitado, malvado, carente, as coisas de englobam de uma só vez. (...) Estou procurando uma criança de 12 ou 13 anos que eu possa dominar" (...)

Transformado em superestar do Mal, Francisco deu entrevistas coletivas, falou em Deus, em Igreja - uma de suas fixações - e disse aos repórteres: "Eu sou ruim, gente, muito ruim."

Há dez anos trancafiado, Francisco foi um dos mais conhecidos seriall killer do Brasil - um clube que inclui Chico Picadinho, esquartejador, e Marcelo de Andrade, que estuprou e degolou nada menos do que 14 crianças e foi preso no Rio de Janeiro, em 1991.

Condenado a 269 anos de prisão, ele cumprirá, no máximo, 30 anos, como prevê a lei brasileira.

domingo, julho 06, 2008

Botânico, neste domingo







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Imagens do Jardim Botânico, neste domingo, 6: muito sol, temperatura amena e muitos estabelecimentos comerciais fechados. E edifícios em construção.

Um novo banco para o Jardim Botânico?

Banco: será aqui?

*Finalmente, depois de dias nublados, cinzentos e úmidos, o sol apareceu, mudando o ânimo das pessoas. Coincide com o início do mês, o que sempre significa pagamento de salários e dinheiro no bolso.

* Vocês repararam o crescente número de empreendimentos que estão surgindo no Botânico? Na Barão dos Amazonas isso é ainda mais visível. A maioria são micro ou pequenas empresas, geralmente na área de prestação de serviços.

* Na Guilherme Alves, quase esquina com a Felizardo, abrirá, nesta segunda-feira, um restaurante, estilo familiar. Está localizado em uma casa, que foi toda reformada, e promete ser um ponto movimentado não só durante o dia como à noite. Atravessando a rua temos o Arado, o pub, que abre diariamente e já conquistou a sua clientela.

* Infelizmente, fechou aquela lan-house da rua Valparaíso, esquina com a Barão. O local era bem frequentado, mas talvez - uma opinião - o aluguel tenha comprometido o empreendimento.

* O Centro Comercial da Felizardo, defronte ao Condomínio, definitivamente já provou ser um bom ponto. Todas as lojas que se estabeleceram ali estão indo bem: a casa de carnes, a lan-house (que tem, entre outras coisas, um xerox de primeira qualidade), os salões de beleza.

* Esse Centro, para quem não se lembra, demorou a ser inaugurado. Mas, quando inaugurou, veio com tudo.

* A clínica de gerontologia, na Guilherme Alves, também parece estar indo bem. Discreta, sólida, bem localizada, recebe pessoas de outros bairros.

* O proprietário - ou talvez um deles - era um emérito médico da PUC, estudioso da velhice, e que faleceu naquele terrível desastre do avião da Gol, em São Paulo.

* Como nem tudo são flores, cresce a mendicância no bairro. Mas é assim em toda a parte.

* Quem investe em divulgação - e colhe os louros disso - é a professora Lalla Ghull, na rua Barão do Amazonas, 792, bem no coração do bairro. Ela agora está com aulas de Dança do Ventre - aulas particulares, e também avulsas. Também confecciona roupas sob medida. O telefone dela é 8424.2122 e 8428.4684.

* Não podemos esquecer do Stúdio Dança de Paulo Pinheiro, também na Barão. É um dos melhores e e mais conhecidos de Porto Alegre e já foi tema de uma extensa reportagem da TVE.

* Direção do Condomínio Felizardo Furtado, com seus 944 apartamentos, está alertando sobre os famosos telefonemas dos bandidos que dizem ter um filho ou parente nosso em seu poder, e exigem resgate. Geralmente os autores são presidiários e é tudo cascata - mas que amedronta, amedronta. O melhor é desligar de cara.

* Vocês já repararam que o Botânico está se transformando em um bairro canino? É tal a quantidade e diversidade de cães - de todas as raças, cores e tamanhos - que temos praticamente um mostruário do que existe de raças pelo mundo.

* O JB tem duas agências bancárias - a da Caixa Federal, no Bourbon Shopping, e o Itaú, na Barão. Mas há rumores, bem consistentes, de que um outro banco vai se instalar no bairro. O local seria aquele terreno na Barão, ao lado do Cavanhas, e bem pertinho do Itaú. Banco é assim: um gosta de ficar ao lado do outro. Bom.

* Bar do Paulão, que foi vendido para Elton, do Bora-Bora, continua com sua tradicional clientela. Muito antigo no bairro, o bar e armazém, na Valparaíso com a Terceira Perimetral, está localizado em uma zona de grande valorização.

* Aliás, o que se comenta é que os corretores imobiliários andam a mil pelo Botânico, fazendo propostas de compra a muita gente. Querem terrenos em que possa construir edifícios. Muita gente está vendendo, enquanto outros resistem, esperando uma valorização ainda maior.

* Pena que o HomeStore da Colombo, na Ipiranga, tenha saído do bairro. O que será que vem em seu lugar?
* Quem quiser iniciar a semana lendo um bom livro pode passar no Muitas Ondas, a locadora de livros e jogos da Felizardo, 351, onde também há café, petiscos e crepes.
* Turma de trilheiros e jipeiros continua se reunindo no Tia Zefa, outro ponto tradicional.