Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
quinta-feira, setembro 04, 2014
Ortunho, o zagueiro negro campeão pelo Grêmio
Neste momento em que o Grêmio está em triste evidência no noticiário brasileiro e internacional, vale lembrar de alguns dos seus craques negros, como Jorge Ortunho, por diversas vezes campeão gaúcho pelo tricolor e carioca pelo Vasco. Zagueiro, assim apelidado por sua semelhança com o uruguaio Ortuño, o jogador gremista faleceu aos 69 anos. Reprodução do Correio do Povo.
Rio Grande do Sul, o "Texas brasileiro", afirmou o jornal Globe, de Boston
1941 foi um ano marcante para o Rio Grande do Sul, com a ocorrência de grandes enchentes em todo o seu território e prejuízos colossais e jamais imaginados na sua economia. Mesmo assim, o Estado - já fortemente exportador de produtos primários e então o "Celeiro do Brasil", além de beneficiado com as importações europeias e norte-americanas decorrentes da Grande Guerra - detinha as primeiras posições no ranking econômico brasileiro, só perdendo para São Paulo em estabelecimentos fabris. Sua agricultura e pecuária destacavam-se no cenário brasileiro e até internacional, como observou o jornal Globe, de Boston, EUA, em reportagem publicada por ocasião da grande enchente de 1941 que devastou a terra gaúcha e chamou a atenção do mundo todo. Os Estados Unidos, na época, cortejavam o Brasil, parte da política da boa Vizinhança com os "irmãos do Sul" e que visava alinhar o nosso País contra as forças do Eixo. Em dezembro os americanos declarariam oficialmente guerra ao Japão e, por decorrência, aos seus aliados, Alemanha e Itália. O Brasil, com vários navios afundados por submarinos alemães, logo descobriu que não poderia permanecer neutro e declarou sua beligerância com a Alemanha no ano seguinte. Reprodução do Correio do Povo, Arquivo Histórico de Porto Alegre.
quarta-feira, setembro 03, 2014
Perseguição aos nazistas que agem no Rio Grande do Sul
No final de 1941 o Brasil ainda não havia declarado guerra ao Eixo, mas já se alinhava irreversivelmente com os aliados (que em breve teriam a seu lado na guerra os soldados norte-americanos) que cortejavam Getúlio Vargas e forneciam-lhe os recursos para construir a Siderúrgica de Volta Redonda, o passo inicial para a industrialização de um país que tinha no café o seu grande item de exportação. Navios brasileiros, torpedeados por submarinos alemães, ajudavam a criar um clina contra o nazismo na população do Rio Grande do Sul - excetuando naturalmente as regiões de imigração. Em agosto o governo do Estado Novo havia baixado uma série de decretos contra alemães, italianos e japoneses no Brasil, inclusive proibindo-os de falar em sua língua natal e apreendendo material de propaganda. Plínio Brasil Milano, o chefe do DOPS gaúcho, empenhou-se pessoalmente nessa tarefa, o mesmo acontecendo com o Interventor federal, Osvaldo Cordeiro de Farias, nomeado por Vargas. Temia-se a espionagem por parte de cidadãos de origem, e o Rio Grande era especialmente visado. Nesta reprodução do Correio do Povo, em novembro de 1941, tal fato aparece em destaque. Daí para diante quem era alemão, italiano ou japonês viveu dias difíceis. Coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre.
domingo, agosto 31, 2014
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