Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
quarta-feira, março 05, 2014
A gente não tem um pingo de liberdade. Isso poderia ser um atentado á segurança nacional!
Não há mais riscos de ditadura no Brasil - embora alguns, para justificar seus ilícitos atuais, tentem evocar esse fantasma risível. Porém em outros tempos, outra cultura, outro mundo, a ditadura militar brasileira, ridícula como todas as ditaduras, baixava o nível ao ponto de proibir camisetas de serem usadas, ou até mesmo produzidas. Em 1975, quando o movimento de 1964 fazia 11 anos, uma loja da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, quase entrava na lei de Segurança Nacional por expor em sua vitrine uma peça de roupa com os dizeres "a gente não tem nem um pingo de liberdade". Pior de tudo: aquilo virou notícia e quase deu cadeia... Que tempos babacas, hein.
Coleção Correio do Povo do Arquivo Histórico de Porto Alegre.
Coleção Correio do Povo do Arquivo Histórico de Porto Alegre.
terça-feira, março 04, 2014
Grêmio, campeão de 1960
Em 1960 o Grêmio, treinado por Osvaldo Rolla, o Foguinho, conquistava o seu quinto título consecutivo estadual, interrompido no ano seguinte, 61, para o Internacional. O clube da Azenha foi recuperá-lo nos anos de 62, 63, 64, 65, 66, 67 e 68, o hepta tricolor. O poster acima foi publicado na Revista do Globo, de Porto Alegre, publicação esta que durou até o verão de 1967.
O time de 1960 tinha nomes como Airton e Juarez, sem contar a belíssima e moderna camisa tricolor da época, bem próxima dos modelos atuais.
O time de 1960 tinha nomes como Airton e Juarez, sem contar a belíssima e moderna camisa tricolor da época, bem próxima dos modelos atuais.
segunda-feira, março 03, 2014
Delegacia de Costumes em franca mobilização contra os "engraçadinhos dos cinemas"
Em 1955, obviamente, a moral e os bons costumes eram outros, e para velar por eles existia a Delegacia de Costumes, organismo policial que, naquele momento, se ocupava em autuar e repreender os "engraçadinhos dos cinemas". Tal categoria compreendia mocinhos bonitos, jovens metidos a galanteadores baratos, alguns contando piadinhas, dizendo palavrões ou mesmo passando a mão nas moças, aproveitando-se do escurinho reinante nas salas de exibição (certamente muitos pagavam o pato e eram injustiçados pelas moçoilas vingativas). Nesta matéria do Correio do Povo o delegado de Costumes de Porto Alegre mostrava que não estava para brincadeiras. Inclusive já havia pego vários "engraçadinhos", cujos nomes - vejam só a época - foram publicados pelo jornal, inclusive com o endereço. Certamente grande parte deles já não vive mais, ou não está mais em idade de ser "engraçadinho"...
Com Loureiro da Silva era assim, em junho de 1941
Em junho de 1941, durante o Estado Novo, ao término da grande enchente que devastou não somente a capital gaúcha como grande parte do Estado - a Grande Enchente de 1941 (ver revista a respeito "Águas de Maio", de Vitor Minas) - os proprietários de empresas de ônibus e dos serviços de transporte da época tentaram se aproveitar da desgraça geral para fazer o que bem entendiam e ganhar mais alguns trocados, aumentando tarifas ao bel-prazer e alterando os itinerários de seus carros. Irritado, o enérgico e competente (favorecido, é claro, por vivermos em uma ditadura) prefeito de então, José Loureiro da Silva - para muitos o melhor prefeito que já assumiu o Paço municipal - mandou apreender vários ônibus e ameaçou os exploradores com a pena de prisão. Bem diferente do que se viu na última greve dos rodoviários de Porto Alegre, um conluio com os patrões que prejudicou a população durante longos quinze dias e que resultará em mais um aumento da tarifa.
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