Nas quatro primeiras décadas do século vinte a navegação fluvial e lacustre era algo comum na vida dos gaúchos que viviam nas proximidades das lagoas e cursos dágua. Porto Alegre, especialmente, beneficiava-se desse delicioso e moroso meio de transporte, não somente de passageiros como de carga, e que se valia sobretudo de vapores para ligar a capital gaúcha à "interland" do Rio Grande do Sul em uma época em que viajar pelas estradas de terra batida era um verdadeiro suplício. Mais de vinte companhias operavam no Estado na década de vinte e trinta, com saída do cais do porto, no centro de Porto Alegre, e levando famílias inteiras para Cachoeira do Sul, Taquara, Mariante, Encantado, ou então - de modo ainda mais cotidiano - Pelotas e Rio Grande. Nesta propaganda, extraída do Correio do Povo de outubro de 1936, vemos o anúncio da Navegação Tavares, que fazia a ligação para a cidade de Palmares do Sul, no centro-sul do território rio-grandense.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sábado, abril 25, 2015
A inauguração do primeiro semáforo de Porto Alegre: 1940
Quando teria sido inaugurado o primeiro semáforo de Porto Alegre? Essa pergunta poucos se fizeram, embora tais sinaleiras, como chamam os gaúchos, sejam vitais para o sistema de trânsito e façam parte do cotidiano não só de motoristas como também de pedestres que circulam pela capital gaúcha. Pois a resposta à pergunta é: o primeiro semáforo de Porto Alegre foi inaugurado no dia 11 de novembro de 1941, durante a gestão do prefeito José Loureiro da Silva, quando a cidade mal chegava a 300 mil habitantes, e mereceu destaque nos jornais da época, que ressaltaram a importância da modernidade, que nos comparava aos grandes centros urbanos - Rio de Janeiro e São Paulo. A "sinalização automática" vinha substituir os guardas de trânsito, aquelas figuras pitorescas que ficavam sobre uma espécie de picadeiro, com um apito na boca e fazendo gestos com os braços, muito comuns em cenas do cinema mudo. A matéria acima foi extraída da coleção do Correio do Povo do Arquivo Histórico de Porto Alegre.
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