Em 1978 o regime militar já sabia que teria de reabrir democraticamente o Brasil e deixar caminho para a volta dos civis, o que não acontecia desde 1964. Mesmo assim o Ato Institucional número 5 ainda estava vigente - seria revogado no início de 1979 - e a censura à imprensa e às artes, todavia sem o rigor de antes, ainda continuava existindo. A imprensa, contudo, já desfrutava de uma certa liberdade e redobrava seu esforços contra o autoritarismo, noticiando tudo o que acontecia a respeito. Apesar de seu conservadorismo, o jornal do empresário Breno Caldas era um dos que mais contemplavam o tema, como se vê nesta notícia de 1978.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
quarta-feira, agosto 19, 2015
terça-feira, agosto 18, 2015
Prefeito de São Paulo proíbe fumo em lojas e supermercados
Hoje acender um cigarro em ambiente público é quase impensável, e o fumante é uma espécie de animal a ser caçado, em nome da saúde e do bem estar geral. Mas, menos de 40 anos atrás, na década de setenta, ainda - no Rio Grande do Sul, ao menos - se fumava em ônibus, táxis, repartições públicas, hospitais e até em aviões. Mas aos poucos o cerco contra o tabaco e seus usuários ia se fechando, como vemos nesta matéria do CP de julho de 1976, em que se noticia que o prefeito de São Paulo, Olavo Setúbal, proibia se fuma "cigarros, cachimbos e charutos no interior de supermercados e lojas de departamentos".
segunda-feira, agosto 17, 2015
Uma Porto Alegre dividida entre "anglófilos" e "germanófilos"
Em março de 1941 o Brasil - que vivia então o Estado Novo de Getúlio Vargas - ainda mantinha-se oficialmente neutro no tocante às forças que combatiam na Grande Guerra, conflito se desenvolvia na Europa e África, principalmente. Mas, no Rio Grande do Sul e sobretudo em sua capital, a população dividia-se entre "anglófilos" e "germanófilos", cada qual torcendo fervorosamente para um lado, como se fossem verdadeiros times de futebol. O cinema vivia seu auge nos anos quarenta e Porto Alegre contava com quase 30 casas de exibição, todas exibindo várias sessões ao dia. O cine mais luxuoso era o Vera Cruz, o único com cadeiras estofadas. Precedendo as grandes películas de Hollywood, os "jornaes", ou "espetáculos de guerra, faziam o maior sucesso, mostrando em imagens o que estava acontecendo de fato no teatro de guerra, como se vê nesta anúncio publicado no Correio do Povo. Tais documentários levavam meses para chegar ao Estado, vindo muitas vezes pela Argentina.
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