Em 1976 - quarenta anos atrás - era assim que se falava: cocotinha, ferinha, carinha, bicho, motoca, transa, magrinho... Neste anúncio, publicado no CP de abril de 1976, uma empresa, "nova loja transando moda" - certamente de "moda jovem" - pedia vendedores que fossem feras, carinhas e cocotas. Diga isso para alguém com 18 anos, hoje, e ele dará boas e merecidas gargalhadas, as mesmas que a próxima geração dará desta de agora.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sábado, setembro 17, 2016
sexta-feira, setembro 16, 2016
Oscarito em Porto Alegre, com a Companhia Alda Garrido, em 1936
Em setembro de 1936 a Companhia Alda Garrido estava em Porto Alegre, apresentando-se, entre outros locais, no teatro Coliseu. A capital gaúcha era, então, a terceira cidade mais importante do país e aqui aportavam, anualmente, os maiores espetáculos vindos do Rio de Janeiro. Entre os integrantes da companhia - uma das mais destacadas do Brasil - estava o comediante Oscarito, então com 30 anos e que se tornaria, por assim dizer, o Chaplin brasileiro. Nesta matéria do Correio do Povo ele participava da revista "Cidade Maravilhosa". Oscarito, nascido na Espanha, havia estreado no teatro apenas quatro anos antes. Imitador de Getúlio Vargas por algumas vezes, era, além de amigo, admirado pelo então presidente da República sediada no Palácio do Catete, no Rio. Naquele ano de 1936 o ator participou do filme Alô, Alô Carnaval, ao lado de Carmen Miranda - esta também uma figura frequente nos palcos gaúchos e que havia, um ano antes, em 1935, inaugurado a Rádio Farroupilha.
Porto Alegre, 1976: onda de assaltos aterroriza a cidade
Se Porto Alegre é, hoje, uma terra sem lei, onde todos - menos os bandidos - caminham nas ruas receando pelo pior, quarenta anos atrás a capital gaúcha já tinha sérios problemas na área de segurança. Embora, logicamente, não chegasse aos níveis de hoje, especialmente no que tange à crueldade dos marginais, o centro da cidade já era um território agitado, com muitos assaltos, roubos e pungas. Em 1976, conforme se vê nesta matéria do Correio do Povo, a onda de crimes nas ruas atemorizava a população, que se voltava, irritada, contra as autoridades estaduais - exatamente como se faz hoje. A Brigada Militar, por sua vez, já se queixava do efetivo insuficiente - e olha que se vivia então sob o regime da ditadura militar.
quarta-feira, setembro 14, 2016
Há 40 anos eram nomeadas as primeiras promotoras públicas do Estado do Rio Grande do Sul
Há exatamente 40 anos - em agosto de 1976 - o Rio Grande do Sul assistia a nomeação das suas primeiras promotoras de Justiça concursadas. Considerado então como um avanço na luta pela "emancipação da mulher", o fato foi destaque em todos os jornais - incluindo então o mais importante deles, o Correio do Povo. Iolanda de Oliveira Samuel, Eunice Teresinha Ribeiro, Ligia da Costa Barros e Marly Raphael Mallmann tornavam-se, assim, as pioneiros do ministério público em terras gaúchas - hoje são dezenas delas.
A notícia do nascimento de dois bilionários: Alexandre e Pedro Grendene
No dia 2 de janeiro de 1950, no início do verão, meses antes da Copa do Mundo no Brasil, quando Getúlio Vargas ainda não havia se candidatado oficialmente a presidente e sido eleito democraticamente em outubro, nasciam os gêmeos Alexandre e Pedro Grendene, no município de Farroupilha, na serra gaúcha. A família já tinha posses, mas ninguém poderia supor que, décadas depois, nos anos oitenta, os dois se tornariam multimilionários graças à fabricação de sandálias de plástico. Alexandre Grendene, hoje com 66 anos, tornou-se também um bon vivant - tem um impressionante iate de mais de 300 milhões de cruzeiros, muitos filhos, muitas empresas e um patrimônio pessoal de mais de dois bilhões de dólares. Nesta reprodução, de uma participação de nascimento, datada de 23 de janeiro, publicada no Correio do Povo e encontrada casualmente, vemos a comunicação do nascimento dos gêmeos.
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