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sexta-feira, novembro 17, 2017
"Conscientização política" rendeu processo aos seminaristas de Viamão: 1972
Em agosto de 1972 - há 45 anos, portanto - alguns jovens estudantes do Seminário Maior de Viamão, um dos mais importantes formadores de sacerdotes da igreja católica, estavam às voltas com a Justiça Militar do Rio Grande do Sul, que os acusava de fazer doutrinação política subversiva (de esquerda) em vilas populares da grande Porto Alegre. Antonio Sidekum, Ayres Cerutti, Walter Sponchiado e Pedro Germano Fries foram processados devido ao que, naqueles tempos, denominava-se, no jargão esquerdista, "trabalho de conscientização" ou "trabalho de base". Os tempos eram realmente difíceis na área política de um Brasil que vivia sob o regime militar e experimentava o chamado Milagre Brasileiro, com crescimento econômico de mais de 10% ao ano (embora a concentração de renda aumentasse em proporções semelhantes).
Senhores já de certa idade hoje, eles se destacaram posteriormente em vários ramos, entre os quais Ayres Cerutti, no jornalismo, e Antonio Sidekum, na educação. A reprodução é do Correio do Povo, coleção do Arquivo Histórico Moysés Vellinho, da prefeitura de Porto Alegre.
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