Ó tempos, ó costumes. Em 1975, quando a ditadura ainda estava com todas as garras e os costumes eram outros, um prefeito de uma cidadezinha do interior saiu-se com esta, a respeito dos "cabeludos" universitários do Projeto Rondon: quem usa cabelo comprido, ou está desgostoso de ser homem, ou está planejando assassinar alguém... Extraído do Correio do Povo, de Porto Alegre, Arquivo Histórico de Porto Alegre.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
terça-feira, julho 09, 2013
O faz de conta dessa história da espionagem americana
Essa história da espionagem norte-americana no Brasil é o típico caso do me engana que eu gosto. Ora, essa indignação e surpresa das autoridades de Brasília em relação a tal espionagem é, no mínimo, ridícula - ou pura jogada de efeito, de marketing, apenas para marcar presença e esbravejar uma suposta sobrerania nacional.
Todo mundo sabe que, no mundo, hoje, ontem e amanhã, todo mundo espiona todo mundo o tempo inteiro. O que os EUA estão fazendo qualquer outro país faria, se tivesse o dinheiro, a tecnologia e os inimigos que os americanos têm. Aliás, faria não - fazem. E a imprensa, de um modo geral, entra nessa, por mera conveniência. Quanto ao OBama, ele apenas faz beicinhos de amuo - ora, vocês, cantando de galo, dando uma de moralistas!
Numa boa: não sei se espiongar tanta gente, acumular tantas informações, leva realmente a algum efeito prático. Bilhões de informações, e como ordená-las, sitematizá-las, processá-las, entendê-las? Por exemplo, se o Boris Casoy liga par aum garotinho da Tailândia, o que eles podem fazer, se o cara diz simplesmente: "E aí, frangrinho,vamos nessa?"
Da minha parte, prefiro ficar em casa lendo O Nosso Homem em Havana, do Grahan Greene, a história de um espião fajuto que engana todo mundo, inclusive seus superiores, enquanto aguardo outra safra dessas informações novas que são mais antigas que a procura das nascentes do Nilo. (V.V.)
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