Foi um crime - o fim dos trens de passageiros em todo o Brasil. Hoje sem sequer uma única linha em todo o Rio Grande do Sul, e pouquíssimas no restante do Brasil, os trens são recordados com saudade. Em 1975, por exemplo, podia-se sair de Porto Alegre e ir até as principais cidades do Estado utilizando-se as ferrovias. Eram viagens desconfortáveis e demoradas, porém inesquecíveis e mais baratas do que a dos ônibus. Contraditoriamente, já com muitas linhas comuns desativadas, vieram, em 1975, os famosos trens húngaros, mais caros, confortáveis e sofisticados, ligando a capital a alguns importantes pólos do interior, como este, que seguia para Santa Maria, conforme noticiou o Correio do Povo. A viagem levava cinco horas, apenas uma a mais do que faz um ônibus moderno hoje. Reprodução da coleção disponível no Arquivo Histórico de Porto Alegre.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sexta-feira, julho 11, 2014
Os gringos não gostam de banho e de vacinas
Durante um desses últimos jogos da Copa ouvi o repórter de uma emissora de televisão comentar que a seleção da Alemanha tinha, naquele momento, seis ou sete jogadores, entre titulares e reservas, gripados - e gripado quer dizer gripado mesmo, e não resfriado. Seria devido às variações de temperaturas vivenciadas nos diferentes locais onde jogou, inclusive Porto Alegre - aqui jogou com mau tempo e até um pouco de chuva.
Como não sei mais o que é gripe há quatro anos, pensei no óbvio: como é que esses sujeitos, que valem muitos milhões de euros, conseguem pegar uma forte gripe hoje em dia, considerando que existe, disponível e facinha de aplicar, a vacina contra o vírus da gripe? Por que a comissão técnica não aplicou, antecipadamente, tal vacina nos seus atletas, sabendo que eles enfrentariam tal variação de temperaturas no Brasil, sem falar no problema do entra e sai em ambientes com ar condicionado? Evitaria tudo o que aconteceu.
Pois é, mas não fizeram tal coisa e griparam. Claro que não seria burrice e nem ignorância, pelo mesmo assim acredito. Depois, meio por acaso, vi um médico falando em uma emissora de rádio que, na Europa, há uma resistência cultural generalizada e muito antiga às vacinas, sei lá porquê, coisa que no Brasil - país meio bárbaro, mas adiantado na questão de vacinação em massa e na aceitação desta - não existe. Aliás, aqui até gostamos de nos vacinar, e dia de vacinação é quase de festa.
Então tá. Os gringos, comprovadamente, não gostam de tomar banho e também não gostam de se vacinar. Ô gente chique! (Vitor Minas)
quarta-feira, julho 09, 2014
De miss Cantegril a Miss Universo: a trajetória de Ieda Maria Vargas em 1963
O ano de 1963, quando João Goulart era presidente do Brasil e John Kennedy ainda não havia sido assassinado nos Estados Unidos, época da Bossa Nova e um ano depois que o nosso selecionado de futebol sagrou-se bicampeão mundial de futebol no Chile, a porto-alegrense Ieda Maria Vargas, de 21 anos, vivia momentos mágicos: era eleita Miss Porto Alegre, Miss Rio Grande do Sul e, finalmente, Miss Universo, em Miami Beach, nos Estados Unidos, vencendo 92 concorrentes e vingando a derrota de Martha Rocha, em 1954.. Desde então a então moradora do bairro Petrópolis (rua Palmeira) continua a ser um referencial de beleza. Ela certamente não esquecerá aqueles meses de junho e agosto - 51 anos atrás.
Reprodução da Revista do Globo e do jornal Correio do Povo. Arquivo Histórico de Porto Alegre.
Reprodução da Revista do Globo e do jornal Correio do Povo. Arquivo Histórico de Porto Alegre.
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