sábado, dezembro 03, 2011

A enchente de 1941 não pode ser coisa de picaretas. Infelizmente é, meus amigos.


Pois é: estamos aí, com esta revista aí, tirada por conta própria, a respeito da grande enchente de 1941 no Rio Grande do Sul, acontecimento que foi um marco na história de Porto Alegre, especialmente. Estou colocando em livrarias e bancas, ainda em pequena quantidade. A tiragem é de 1.000 exemplares e a publicação tem 57 páginas em papel couché.
Esta, ao contrário de outras, não é uma simples picaretagem, desculpem a franqueza. E, de certo modo, pelo fato de ser inédita, bancada com recursos próprios, na cara e na coragem, por um sujeito desempregado e totalmente à margem do mundo da imprensa, torna a iniciativa algo especial.
Não quero me gabar. Não sei se faria isso de novo, mas estou apostando nos resultados e no boca-a-boca da propaganda, já que os grandes veículos de imprensa não se dignaram a publicar nada a respeito, apesar de eu tê-los procurado. o Cara da Zero Hora, do tal Almanaque Gaúcho, me recebeu até com cafezinho, comprou uma revista e - vejam bem - não publicou uma linha sequer. Isso que a página dele é sobre a história do Rio Grande. Deixa pra lá.
Os caras da bandeirantes, idem. O tal Casagrande, que também recebeu, não fez um único comentário em seu programa de rádio. Outro, esse bem mais antigo e que, portanto, estaria mais interessado no assunto, Fernando Albrecht, também recebeu e não falou ou publicou nada.
Azar deles. Na Palmarinca a revista está vendendo bem, e ainda não sei o resultado de outros pontos. Vai aos pouquinhos, numa boa, podem ter certeza.
Agora que estou reiniciando este blog, resolvi publicar a reprodução da capa de Águas de Maio - esse é o nome da coisa.
Ah, antes que esqueça, o pessoal da Coletiva.Net, especializado nessas coisas de mídia e afins, publicou uma pequena matéria a respeito, com a reprodução da capa. Demorou uns vinte dias, mas publicaram.
Só tem uma coisa: estou distribuindo, como cortesia, a revista para as principais bibliotecas do Estado, uns vinte ou 30 exemplares ao total. Portanto, não tem como me ignorar. Bem ou mal, Águas de Maio é a principal, e única, publicação a respeito do maior acontecimento na história de Porto Alegre. Quem diria, eu, este humilde camponês ucraniano, este pobre lenhador... Os caras, com todos os recursos, não fizeram nada - só extorquiram dinheiro desses fundos de "apoio à cultura". O negócio deles é reunir meia dúzia de fotos, botar uns textinhos no meio, conseguir o "patrocínio" e embolsar a grana. E o tal "livro" é quase sempre luxuoso, que aí, obviamente, rende mais na conta.
Impressionante, para quem sente na carne, a fogueira de vaidades, a picaretagem, o concluio e a mediocridade cultural do Estado gaúcho.
Não sou fã das modernidades de hoje, mas, felizmente, existem esses tais blogs e outras coisas semelhantes. Dá pra cuspir um pouco, até escarrar alguma tuberculose. Abraços a todos neste sábado lindo de sol na Capital gaúcha. (Vitor Minas)