Eram crianças em julho de 2008 - 16 anos atrás. Moradores do Condomínio Felizardo Furtado. Como estarão agora, eis a pergunta.
Conselheiro X
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sexta-feira, setembro 27, 2024
quarta-feira, agosto 28, 2024
Futebol eficiente e valentia: Grêmio campeão do mundo
Correio do Povo: chamada de página inteira para a transmissão de Tóquio |
sexta-feira, agosto 16, 2024
segunda-feira, abril 22, 2024
quinta-feira, fevereiro 29, 2024
segunda-feira, fevereiro 12, 2024
Heleno de Freitas, a "Gilda", o craque temperamental que virou lenda
Aniversariantes de 12 de Fevereiro
Martinho da Vila faz 86 anos.Heleno de Freitas (F.1959) nasce em 1920.
O diretor Luis Person (F.1976) completaria 88 anos.
E, no dia de hoje, morria o ator Sal Mineo, em 76.
segunda-feira, fevereiro 05, 2024
Aniversariantes do dia 5 de Fevereiro
Charlotte Rampling faz 78 anos.Regina Duarte faz 77.
Carlos Tevez faz 40.
Neymar completa 32.
quinta-feira, fevereiro 01, 2024
segunda-feira, janeiro 29, 2024
sexta-feira, janeiro 19, 2024
Televisão fixa os maridos em casa: 1951
Casamento de Brizola teve Getúlio Vargas como padrinho
quinta-feira, janeiro 18, 2024
O pior presídio do Brasil já naquela época: Casa de Correção de Porto Alegre
Neste momento em que eclodem rebeliões em penitenciárias de quase todos os Estados brasileiros - com destaque para o que aconteceu no Amazonas, com cerca de 60 mortos - vale a pena lembrar que o sistema prisional brasileiro sempre foi um horror, uma fábrica de criminosos, engrenagem que transforma, de dentro para fora, delinquentes comuns em terríveis assassinos - homens que perdem a humanidade e se bestializam por força do que vivenciam nessas "casos dos horrores". O Rio Grande do Sul nunca foi diferente. A antiga Casa de Correção, na Ponta do Gasômetro, era, na primeira metade do século 20, um dos presídios mais sórdidos do Brasil. Leia abaixo a republicação da matéria saída neste blog em anos anteriores.
*Nas fotos, a imagem da Casa de Correção, à margem do Guaíba, e reproduções do jornal Folha da Tarde, com evidentes exageros. Mais abaixo, reprodução da Revista do Globo e a foto do bandido Vavá, considerado um dos líderes da rebelião e famoso pela sua audácia. O presídio gaúcho já era, então, um dos piores, senão o pior, do Brasil. Em 1951 a Revista do Globo, em extensa reportagem sobre os presos famosos que estavam na Correção, citou o escroque internacional Mike Freemann, que conhecia as cadeias de muitas grandes cidades do mundo: "Antes de vir para cá eu estava convencido que a pior cadeia existente sobre o globo terrestre era a de Addis-Abeba, a capital etíope. Agora no entanto vejo que ela é uma deliciosa colônia de férias comparada à Casa de Correção de Porto Alegre."
Mike Freeman: "A pior cadeia do mundo". |
Pesquisa e Texto: Vitor Minas - Republicação
feitamente o interior do presídio, o que levantava a suspeita de que a pessoa que ateou fogo no terreno pudesse ser comandada à distância pelos detentos, quem sabe através de um jogo de espelhos. Do mesmo modo estes poderiam, das janelas da Casa, avistar a chegada dos caminhões. Outro fato sintomático foi a depredação antecipada da bomba de água do Cadeião.
Major Aragón, o "incendiário" e vigarista, foi assassinado na Casa de Correção (foto da Revista do Globo) |
Bem antes da publicação deste artigo, em janeiro de 1955 - dois meses depois do incêndio - a Revista do Globo dedicou várias páginas à Casa de Correção e à sua longa e sinistra história. Assinada pelo jornalista Tabajara Tajes, relata alguns dos muitos acontecimento ocorridos nas celas e nos porões de "uma das cadeias mais antigas do mundo":
"Tem o casarão, na sua existência de um século, histórias de dor, de sangue e de tristezas, capazes de impressionar quantos ainda se comovam com a sorte dos condenados pela Justiça. Rios de sangue correram nos seus subterrâneos. Suas salas de tortura, em tempo não muito afastado, esconderam cenas tétricas, de homens judiados com requinte selvagem. Presos políticos tiveram unhas arrancadas, membros picados a pontas de cigarros. Caras humanas foram deformadas a socos e pontapés".
O repórter prossegue, descrevendo alguns desses episódios, como o da Cela 16, e os locais chamados de "democrata" e "republicano". "A cela 16, há poucos anos, abrigava a escória do presídio. A ser deposto um governador, o chefe de policia mandou trancafiar ali um parente do mesmo, delegado de uma cidade do interior. Um malfeitor, que fora mandado prender por essa autoridade, cumpria naquela cela a sua pena. E na sua primeira noite de presídio, quando o silêncio invadira o casarão, vultos fugitivos arrastaram-se até ao beliche onde dormia o novo hóspede do cubículo. Mãos fortes taparam-lhe a boca com um pano. Durante longas horas serviu de pasto aos instintos bestiais do condenado que jurara vingança. No dia seguinte, em prantos, jogou-se aos pés do guarda carcerário, pedindo-lhe pelo amor dos filhos que não o deixasse mais ali. Que o matasse. Não lhe haviam valido os cabelos brancos e nem a personalidade forte. (...)
"No Republicano, buraco feito de cela, escavado abaixo do nível do Guaíba, foi trancafiado um preso que matara um companheiro de cela. Sua reclusão foi adotada mais em razão da própria segurança do que mesmo de castigo. O preso morto era donzela de vários presidiários. No trajeto, por um desentendimento qualquer, o condenado esbofeteou um guarda. E no dia seguinte, sem que nem presos nem vigilantes vissem nada, o infeliz amanheceu virado num autêntico paliteiro. Oitenta e seis punhaladas marcavam a vingança daquelas feras humanas. Nunca se explicou como detentos puderam abrir celas, portas de corredor e várias grades intermediárias para terminarem estourando o forte cadeado do Republicano."
(...) "Noutra cela, Guaiaca, presidiário de bom comportamento, e até com indícios de debilidade mental, foi morto aos pouquinhos num torniquete feito de lençóis. Numa ponta um pau extraído de um dos dos beliches e na outra um tamanco. presos amotinados, que o haviam apanhado como refém, foram torcendo, torcendo, até estrangulá-lo. No cubículo ao lado o imundo comércio de presos menores determinou o assassinato de "Sete...", que levava a alcunha pelo número de presos que violentou numa só noite."
(...) "Na Enfermaria, onde quase uma centena de tuberculosos escarram os pulmões, um pretinho apareceu enforcado nas grades da porta. Aparentemente cometera suicidio. Necrópsia posterior apurou o estupro bestial que sofrera, provavelmente na hora da agonia. Na famigerada Sétima Enfermaria , ao lado do "Reizinho", sem dúvida o maior arrombador de cofres do Brasil, minado pela tísica, vivia o "Sarará do Galo", vingando-se da reclusão com escarros na cara dos guardas e de quantos dele se aproximassem.
"Escola de crimes, do interior da cadeia saíam gatunos aperfeiçoados na arte de roubar e de matar. Cidadão decente que uma briga inevitável levasse ás suas celas, de lá saía acabrunhado, sem honra e sem dignidade, descrente dos homens, descrente da Justiça."
(...) "Depois que administrar presídio se tornou cargo de afilhados políticos, a situação piorou ainda mais na Casa de Correção. (...) Com os dirigentes sucediam-se as portarias. Golpes de pena destruíam o que os outros haviam construído. A política carcerária caiu para níveis baixíssimos. Havia presos gozando de regalias inexplicáveis.
CONSTRUÍDO PELOS ESCRAVOS
quarta-feira, setembro 27, 2023
Cordeiro de Farias na Renner: enchente de 1941
Da minha revista (2010) 'AGUAS DE MAIO - A GRANDE ENCHENTE DE 1941' - Edição do autor
Nestes dias em que as chuvas, e a consequente possibilidade de novas enchentes, atormentam Porto Alegre e região metropolitana, nunca é demais lembrar que tal flagelo - as cheias do Guaíba - são um dilema que remonta aos primórdios da colonização da cidade e que tiveram seu ápice na primeira metade do século 20, quando as inundações desalojavam dezenas de milhares de pessoas e se constituíam no principal problema para a população e a economia porto-alegrense. Nestas reproduções, vê, em primeiro, a matéria do Correio do Povo de 1937 (um ano antes ocorrera uma cheia extraordinária) cujo título "infelicidade que não tem fim" bem representa a gravidade do problema. Na segunda foto, da Revista do Globo, aparece o Interventor Federal (governador nomeado), Osvaldo Cordeiro de Farias, em visita à fábrica da Renner, então o maior estabelecimento industrial do Estado. A Renner, em maio de 1941, durante a histórica cheia, ficou com quase dois metros de água em seus interiores e teve grande parte das partidas de lã destruídas.
domingo, setembro 24, 2023
sábado, abril 22, 2023
Nostradamus não é mais aquele
Sou um fã um tanto descrente de todas as profecias e teorias da conspiração, inclusive, claro, das de Nostradamus, que acertou em quase tudo. Quase. Por exemplo, não acertou em predizer a pandemia mundial do Coronavírus, emboramente - como diria o prefeito de Sucupira - alguns, em fake news, tenham forçado a barra para dizer que o francês previu sim o acontecimento, em seus versos apocalípticos. Confesso que a cotação do profeta do caos caiu muito junto a mim por essa falha. Afinal, ele previu até a morte de Johnn Kennedy - bem menos impactante do que a pandemia (disse que o Lee Oswald era apenas o bode expiatório, e aí concordo com ele). Porém não prever a grande epidemia mundial é uma falha grave.
Devo ainda acreditar em Mostradamus (tudo bem, pode ter cochilado na hora da pajelança)? Sei lá, depois que o Luizito Soares chutou aquele pênalti para a Lua fico sempre com uma pulga atrás da orelha.
domingo, outubro 24, 2021
Nem Marighella e nem Fleury
Surgiu aí um filme sobre Marighella - que não vi e não gostei, como já escreveu aquele escritor. Por principios, não gosto de filmes que enaltecem (me parece que é o caso) figuras que querem, na marra, implantar sua filosofia política, sejam de direita ou de esquerda. Marighella faz parte da luta armada contra o regime militar, uma burrice tamanha que até o PCB e Prestes alertaram: só faria as coisas piorarem ainda mais. Tudo bem, no contexto da Bolha Assassina, até se afigura que cai bem - só que não. Democracia, em que pese todos os seus defeitos, como ressaltou Churchill, ainda é o melhor sistema político.Trocar uma ditadura de direita por outra de esquerda, Mussolini por Stálin, nunca é bom negócio. E tem mais: esses filmes, que se pretendem meio "biográficos" a respeito de algumas personalidades, são puro jogo caça-níquel, iguais aos que se fazem da Revolução Farroupilha para agradar os gaúchos, e ainda tem gaiato que compra a prosopopéia. E olhe que sou gaúcho, pero não tão burro assim - só um pouquinho menos que vocês. Dizem que o filme sbre Mariguella foi aplaudido de pé no Festival de Berlim. Imagino só a platéia de Berlim: intelectuais, intelectualoides, deslumbrados e deslumbrados de todas as estirpes e nacionalidades, a maioria burgueses tirando onda, essa fauna toda que bem conheço. Algumas grã-finas, com certeza. Poderiam fazer também um filme a respeito do delegado Fleury, que fuzilou Mariguella em SP. Teria mais ingredientes cinematográficos: Fleury, símbolo maior da repressão, acabou de deslumbrando com o próprio mito, se viciou em cocaína, passou a beber e falar demais e foi apagado pela mesma repressão do qual era o expoente maior. Bem feito - e o Marighella também levou o que pediu. No caso do Fleury, inventaram aquela queda de barco no litoral paulista, afogamento, para apagar um cara que conhecia todo o jogo dos porões, quando a abertura política já era inevitável, em 79. Isso, sim, daria um bom filme, bem mais esclarecedor - não o desse sujeito primário (tal qual sua ideologia), e que estava também longe de ser um santo, chamado Marighella. Do meu lado, nem Carlos Marighella nem Fleury. Ou será que este país não aprende nunca?
quinta-feira, outubro 21, 2021
Kojak diz que as mulheres só querem o amor de um homem, seja "careca, cabeludo, branco ou negro"
domingo, outubro 17, 2021
O ano em que a cearense Florinda Bolkan foi escolhida a melhor atriz da Itália
Florinda Bolkan foi uma celebridade nos anos setenta, para quem, por exemplo, lia revistas como Manchete, onde a atriz brasileira - que vivia e atuava na Itália - estampava páginas e mais páginas, sem contar dezenas de outras publicações. Cearense, bela e talentosa, ganhou por três vezes o prêmio Donatello, o Oscar italiano, e foi dirigida, entre outros, por Visconti. Sua amizade - ou caso de amor - com a Condessa Cicogna abriu-lhe muitas portas no jet-set internacional, o qual frequentou com desenvoltura por muito tempo. Hoje vive novamente no Brasil e já não atua mais como atriz. Injustamente esquecida, as novas gerações sequer sabem quem ela é, o que não surpreende em um país sem memória. Seja como for, Florinda foi um dos grandes nomes internacionais do mundo cinematográfico de origem brasileira, antes de Sônia Braga e de Gisele Bundchen. Nesta reprodução do Correio do Povo, de maio de 1971 noticia-se que Bolkan foi escolhida a melhor atriz da Itália naquele ano, por sua atuação em Anônimo Veneziano, de Salerno. Com ela foi premiada - como melhor atriz italiana - nada menos do que Monica Vitti.
sexta-feira, outubro 15, 2021
Em maio de 1956 Inezita Barroso veio encontrar Paixão Cortes e sua turma
Há mais de sessenta anos, em maio de 1956, a grande Inezita Barroso, então uma jovem com menos de 30 anos, veio a Porto Alegre, onde pesquisou e encantou-se com a música regional que aqui se fazia. Mulher inteligente e vanguardista, essa paulista, já falecida - que apresentava o melhor programa de música caipira de raiz do Brasil, o Viola Minha Viola, na TV Cultura - foi recebida de braços abertos pela gauchada que dela se acercou quando foi hóspede de honra do folclorista Paixão Cortes, em sua casa em Porto Alegre.Reprodução da Revista do Globo, coleção do Arquivo Histórico Moysés Vellinho da Prefeitura de Porto Alegre.
quinta-feira, outubro 14, 2021
Itália proíbe "Os 120 dias de Sodoma"
Em 1976, e durante grande parte dos anos setenta, a Itália viveu um período de agitação e instabilidade política, com grupos de esquerda declarando guerra ao Estado. E pior que o Estado italiano, corrupto como sempre, também não era lá essas coisas em matéria de democracia, como se vê nesta nota publicada pelo Correio do Povo em janeiro de 76: Pasolini, um dos maiores diretores de cinema daquele país teve um de seus filmes proibidos para exibição - Os 120 Dias de Sodoma. Aliás, na Itália acontece de tudo, até Fellini - mas eles estão aí, como sempre, desde o império romano. Reprodução do Correio do Povo. Blog do Conselheiro X.
Hippies de Nova Friburgo só pedem que os deixem em paz
É, a vida não era mesmo fácil para os hippies naqueles inícios dos anos setenta. Considerados sujos, drogados, vadios e permissivos, eles - naqueles tempos de repressão política e também de costumes - passavam duras penas para fazer o que hoje se vê em qualquer esquina ou qualquer praia. Nesta matéria, reproduzida do Correio do Povo, um grupo de hippies de Nova Friburgo, na zona serrana do Estado do Rio, perseguidos e humilhados pela polícia, só pedem que os deixem trabalhar e viver em paz, como qualquer cidadão brasileira.
quarta-feira, outubro 13, 2021
Joe Louis, um dos maiores pugilistas de todos os tempos, é barrado em hotel de Copacabana
Joe Louis foi uma dos maiores pugilistas de todos os tempos, mantendo o título de campeão mundial dos pesos pesados por 12 anos. Em 1950, já com problemas financeiros, Louis excursionou pelo Brasil, onde realizou diversas lutas no Rio e em São Paulo (conta-se que teve um caso com a cantora e futura apresentadora de TV Hebe Camargo), mediante gordos cachês. Na metade do século XX os Estados Unidos viviam o seu regime de segregação racial, não muito diferente da África do Sul, e nem mesmo o campeão Joe Louis escapava disso, embora fosse famoso. O que ele talvez não esperasse é que, no Brasil, mais propriamente no Rio de Janeiro, o problema da discriminação racial também existia - e no seu nível mais alto. Depois de ser rejeitado em vários hotéis, o norte-americano acabou se hospedando em um modesto hotel carioca, já que, segundo ele, o Copacabana Palace não aceitava "pessoas de cor". Louis faleceu em 12 de abril de 1981, aos 66 anos, tendo sofrido com o vício da cocaína e as alucinações que se seguiam às crises. A reprodução acima é do Correio do Povo, coleção do Arquivo Histórico Moyses Vellinho, de Porto Alegre.
No tempo em que os "vampiros" atacavam as crianças gaúchas para tirar-lhes o sangue
Quem quer que tenha nascido no interior do Rio Grande do Sul ou de outros Estados vizinhos sempre ouviu falar nas histórias dos "tiradores de sangue", espécies de vampiros que atacavam as crianças indefesas, geralmente a caminho da escola, e retiravam-lhes com seringa o sangue à força, ou depois de dopadas. Tais relatos - que muitos interpretavam como lendas rurais, inverossímeis até - de fato aconteceram e foram narrados pelos jornais da época, como nesta reprodução do Correio do Povo, de Porto Alegre, em abril de 1980. Naquela época ainda se comercializava sangue no Brasil e não havia uma política de saúde eficaz nesse sentido, o que tornava o comércio e o tráfico - geralmente com o plasma enviado para os Estados Unidos e Europa - algo muito rentável. Curiosamente, não se tem notícia de que nenhum de tais "vampiros" tivesse sido preso, o que certamente contribuiu para dar aos fatos verídicos um tom de lenda ou de histórias que os pais contam para disciplinar e amedrontar as crianças.
terça-feira, outubro 12, 2021
O casamento do engenheiro e deputado Leonel Brizola em março de 1950 teve Getúlio como padrinho
Com apenas 28 anos, mas já deputado estadual pelo Partido Trabalhista Brasileiro - do qual era uma das mais promissoras lideranças regionais - Leonel de Moura Brizola saiu na página social do Correio do Povo naquele dia 3 de março de 1950: dois dias antes o jovem político e engenheiro casara-se, em Porto Alegre, com Neusa Goulart Brizola, que vinha a ser irmã de João Goulart - futuro presidente do Brasil, deposto em 1964. Uma importante personalidade (na verdade, padrinho do enlace) se fez presente: Getúlio Vargas, também natural da terra da noiva, São Borja, onde vivia retirado na sua fazenda do Itu (localizada no município de Itaqui e não São Borja). O casal seguiu em viagem de lua-de-mel "para o Prata", como informou o CP. A reprodução é do Arquivo Histórico Municipal Moysés Vellinho.
O Circuito Ciclístico Porto Alegre Taquara, em 1950, era uma grande prova de resistência
Andar de bicicleta, hoje, é uma atividade corriqueira, especialmente em grandes cidades. Vista como uma alternativa sustentável e saudável frente ao poluente e agressivo automóvel, ela reúne grupos de ciclistas e aficcionados desse meio de transporte que, na primeira metade do século 20, era visto bem
mais como um esporte. E nisso o Rio Grande do Sul também se destacava, com a realização de inúmeras provas de pequeno, médio e longo curso que atraíam muitas pessoas - os "circuitos ciclísticos". Um dos mais famosos de então era a prova "de resistência" Porto Alegre-Taquara, ligando as duas cidades que distam cerca de 70 quilômetros. Eventos como esse eram amplamente noticiados nos jornais, como se vê nesta matéria do Correio do Povo de julho de 1950.