Para Dentro do Labirinto retorna à Sala Álvaro Moreyra
Devido ao sucesso da pré-estreia que superlotou a Sala Álvaro Moreyra em dezembro, o experimento teatral sobre a obra de Jorge Andrade,“Para Dentro do Labirinto”, terá novas apresentações hoje, 29, amanhã, 30, e domingo, 31. Com entrada franca, as apresentações serão às 21h, na Sala Álvaro Moreyra (Centro Municipal de Cultura, av. Erico Verissimo, 307).
Para Dentro do Labirinto é resultado do segundo módulo do Grupo Experimental de Teatro - o Módulo Montagem de Textos - iniciado em outubro de 2009. O trabalho reúne fragmentos das peças As confrarias, Pedreira das Almas e Vereda da Salvação, de Jorge Andrade, entrelaçados com trechos da autobiografia, Labirinto, único romance do dramaturgo. Segundo Mauricio Guzinski, coordenador do Grupo Experimental de Teatro, a montagem enfoca os aspectos humanos, em especial a presença forte das mulheres. "Elas são personagens quase míticas no teatro de Jorge Andrade", diz Guzinski. As obras - As confrarias, escrita em 1969 (nunca foi encenada), tem como pano de fundo a Inconfidência Mineira, em Vila Rica (MG). Pedreira das Almas (cidade fictícia, baseada em São Tomé das Letras (MG), escrita em 1952, se passa em 1842, durante a Revolta dos Liberais (estreou no TBC e tem sido alvo de montagens recentes); Vereda da Salvação, baseada em fatos reais e trágicos, ocorridos entre agregados e representantes de fazendeiros, em Catulé, Malacacheta (MG), em 1955 (foi concluída em 1964 e encenada diversas vezes, duas por Antunes Filho, TBC/1964 e CPT/1993, além de transformada em filme, por Anselmo Duarte com roteiro e diálogos do próprio autor, em 1967).
Labirinto, (1ª edição, 1978) mostra os fios da criação de Jorge Andrade embaralhando personagens reais a fictícias, personagens históricos com atores de encenações de suas peças, escritores e artistas (entrevistados por Jorge para a Revista Realidade). Grande parte da obra de Jorge de Andrade (1922- 984) tem origem nas memórias de infância e juventude, no meio rural paulista e está marcada por suas observações precoces acerca dos reflexos da crise de 30 e por seu desejo de traçar um painel sobre as grandes mudanças ocorridas na história brasileira.
De certa forma, respondendo à provocação feita, na década de 50, em Nova Iorque, por Arthur Miller: "Volte para seu país e procure descobrir porque os homens são o que são e não o que gostariam de ser, e escreva sobre a diferença". A resposta para esta "horrível equação" surge, muitas vezes, não só nas entrevistas de Andrade, mas também na boca de inúmeras de suas personagens: "A diferença formava uma muralha que emparedava, na mesma injustiça, fazendeiros e colonos." Grupo Experimental - O Grupo Experimental de Teatro foi implantado pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC) em 2008, abrindo um novo espaço de pesquisa e aperfeiçoamento para atores locais. Os atores - que são selecionados, periodicamente, para participar da pesquisa - já tiveram a oportunidade de receber orientação de Laura Backes, Matteo Belli, Nair D"Agostini e de Mauricio Guzinski.
Neste segundo módulo, além da pesquisa de textos dramáticos, literários, jornalísticos e acadêmicos; da pesquisa de ações físicas e vocais para composição das figuras e personagens; do levantamento iconográfico (que reuniu obras de Portinari, Sebastião Salgado, Picasso, Goya, Michelangelo, Pietás européias e brasileiras), a montagem traz músicas pesquisadas no folclore brasileiro, cantadas ao vivo pelos atores do Grupo e pelos músicos convidados. Outras informações na Coordenação de Artes Cênicas, no Centro Municipal de Cultura, av. Erico Verissimo, 307 - telefones: (51) 3289-8064 / 8062 / 8061, cac@smc.prefpoa.com.br.
Devido ao sucesso da pré-estreia que superlotou a Sala Álvaro Moreyra em dezembro, o experimento teatral sobre a obra de Jorge Andrade,“Para Dentro do Labirinto”, terá novas apresentações hoje, 29, amanhã, 30, e domingo, 31. Com entrada franca, as apresentações serão às 21h, na Sala Álvaro Moreyra (Centro Municipal de Cultura, av. Erico Verissimo, 307).
Para Dentro do Labirinto é resultado do segundo módulo do Grupo Experimental de Teatro - o Módulo Montagem de Textos - iniciado em outubro de 2009. O trabalho reúne fragmentos das peças As confrarias, Pedreira das Almas e Vereda da Salvação, de Jorge Andrade, entrelaçados com trechos da autobiografia, Labirinto, único romance do dramaturgo. Segundo Mauricio Guzinski, coordenador do Grupo Experimental de Teatro, a montagem enfoca os aspectos humanos, em especial a presença forte das mulheres. "Elas são personagens quase míticas no teatro de Jorge Andrade", diz Guzinski. As obras - As confrarias, escrita em 1969 (nunca foi encenada), tem como pano de fundo a Inconfidência Mineira, em Vila Rica (MG). Pedreira das Almas (cidade fictícia, baseada em São Tomé das Letras (MG), escrita em 1952, se passa em 1842, durante a Revolta dos Liberais (estreou no TBC e tem sido alvo de montagens recentes); Vereda da Salvação, baseada em fatos reais e trágicos, ocorridos entre agregados e representantes de fazendeiros, em Catulé, Malacacheta (MG), em 1955 (foi concluída em 1964 e encenada diversas vezes, duas por Antunes Filho, TBC/1964 e CPT/1993, além de transformada em filme, por Anselmo Duarte com roteiro e diálogos do próprio autor, em 1967).
Labirinto, (1ª edição, 1978) mostra os fios da criação de Jorge Andrade embaralhando personagens reais a fictícias, personagens históricos com atores de encenações de suas peças, escritores e artistas (entrevistados por Jorge para a Revista Realidade). Grande parte da obra de Jorge de Andrade (1922- 984) tem origem nas memórias de infância e juventude, no meio rural paulista e está marcada por suas observações precoces acerca dos reflexos da crise de 30 e por seu desejo de traçar um painel sobre as grandes mudanças ocorridas na história brasileira.
De certa forma, respondendo à provocação feita, na década de 50, em Nova Iorque, por Arthur Miller: "Volte para seu país e procure descobrir porque os homens são o que são e não o que gostariam de ser, e escreva sobre a diferença". A resposta para esta "horrível equação" surge, muitas vezes, não só nas entrevistas de Andrade, mas também na boca de inúmeras de suas personagens: "A diferença formava uma muralha que emparedava, na mesma injustiça, fazendeiros e colonos." Grupo Experimental - O Grupo Experimental de Teatro foi implantado pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC) em 2008, abrindo um novo espaço de pesquisa e aperfeiçoamento para atores locais. Os atores - que são selecionados, periodicamente, para participar da pesquisa - já tiveram a oportunidade de receber orientação de Laura Backes, Matteo Belli, Nair D"Agostini e de Mauricio Guzinski.
Neste segundo módulo, além da pesquisa de textos dramáticos, literários, jornalísticos e acadêmicos; da pesquisa de ações físicas e vocais para composição das figuras e personagens; do levantamento iconográfico (que reuniu obras de Portinari, Sebastião Salgado, Picasso, Goya, Michelangelo, Pietás européias e brasileiras), a montagem traz músicas pesquisadas no folclore brasileiro, cantadas ao vivo pelos atores do Grupo e pelos músicos convidados. Outras informações na Coordenação de Artes Cênicas, no Centro Municipal de Cultura, av. Erico Verissimo, 307 - telefones: (51) 3289-8064 / 8062 / 8061, cac@smc.prefpoa.com.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário