Em qualquer atividade, o cara tem que saber a hora de parar, diz o velho e surrado clichê. Li que o programa Casseta e Planeta sairá do ar no próximo ano, depois de muito tempo na tela da Globo.
Acho que eles estão certos, se tocaram: o Casseta envelheceu e perdeu grande parte da velha graça. A morte de Bussunda, é claro, contribuiu para isso, embora eu ache que tudo e todos tenham o seu ciclo, especialmente na tevê. Pensando bem, duraram muito, e duraram porque eram bons. Mas agora, com o Pânico, o CQC e outros programas do gênero humor proliferando em vários canais, as noites de terça na Globo já não nos atraem mais. O Casseta se tornou repetitivo e aquelas caras que nos divertiam hoje são manjadas demais. É assim que a coisa funciona, em qualquer parte do mundo.
Desses que estão aí gosto mais do Pânico, à exceção de alguns quadros. São ousados e representam um passo à frente em relação ao Casseta. E são, em quantidade, mais criativos e diversificados. Também pararam um pouco de humilhar, ou escrachar, os populares. Porem irão envelhecer também - e o Charles Henrique já é a prova. Se continuar naquela de narrar o currículo do artista entrevistado, e não criar algo mais, já era.
O CQC não me agrada muito. Não consigo gostar inteiramente de um programa de humor escrachado em que os apresentadores e humoristas andam de terno e gravata, como se fossem executivos. Aliás, o Tom Cruise disse isso a eles, quando foram entrevistá-lo.
Outra coisa: os caras são bobinhos demais. Bobinhos de classe média, infantis, garotões. Bom, é o que penso. Mas assisto a esses dois últimos e ainda dou boas risadas.
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