Essa história da espionagem norte-americana no Brasil é o típico caso do me engana que eu gosto. Ora, essa indignação e surpresa das autoridades de Brasília em relação a tal espionagem é, no mínimo, ridícula - ou pura jogada de efeito, de marketing, apenas para marcar presença e esbravejar uma suposta sobrerania nacional.
Todo mundo sabe que, no mundo, hoje, ontem e amanhã, todo mundo espiona todo mundo o tempo inteiro. O que os EUA estão fazendo qualquer outro país faria, se tivesse o dinheiro, a tecnologia e os inimigos que os americanos têm. Aliás, faria não - fazem. E a imprensa, de um modo geral, entra nessa, por mera conveniência. Quanto ao OBama, ele apenas faz beicinhos de amuo - ora, vocês, cantando de galo, dando uma de moralistas!
Numa boa: não sei se espiongar tanta gente, acumular tantas informações, leva realmente a algum efeito prático. Bilhões de informações, e como ordená-las, sitematizá-las, processá-las, entendê-las? Por exemplo, se o Boris Casoy liga par aum garotinho da Tailândia, o que eles podem fazer, se o cara diz simplesmente: "E aí, frangrinho,vamos nessa?"
Da minha parte, prefiro ficar em casa lendo O Nosso Homem em Havana, do Grahan Greene, a história de um espião fajuto que engana todo mundo, inclusive seus superiores, enquanto aguardo outra safra dessas informações novas que são mais antigas que a procura das nascentes do Nilo. (V.V.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário