"Se o navio tivesse sido construído com chapas de aço de melhor qualidade, a tragédia poderia ter sido evitada, ou pelo menos amenizada". Quem afirmou isso foi o arquiteto naval norte-americano William H. Garzke, coordenador do estudo sobre as causas da tragédia do navio Titanic - aquele que rendeu filmes e livros.
Divulgado em setembro de 1993, o relatório - feito por especialistas da Sociedade dos Arquitetos e Engenheiros Navais de Nova Iorque - concluiu que o aço utilizado na construção do maior navio do mundo, e que se partiu em dois em 15 de abril de 1912, na sua viagem inaugural entre a Inglaterra e os Estados Unidos, era de má qualidade, de terceira categoria. Se fosse usado um material melhor, o iceberg que colidiu contra o transatlântico não teria feito um rombo de mais de 90 metros no seu casco, matando 1522 pessoas.
Através de análises fotográficas e testes físicos realizados com destroços do navio, os cientistas descobriram que as chapas de aço do casco do Titanic eram impróprias para navegação em águas tão frias como as da costa canadense, local do desastre, onde a temperatura do mar chegou, na noite da tragédia, a 2 graus negativos. Segundo eles, as chapas desse tipo de aço racham ao tomar contato com águas geladas, detonando uma reação de estilhaçamento semelhante à que acontece com o vidro. "O naufrágio do Titanic ocorreu mais por uma fraqueza de suas chapas de aço do que devido à violência do choque com o iceberg", esclareceu William Garzke. Os destroços do Titanic - um gigante de 271 metros de comprimento e dez andares - foram encontrados em 1985, a 4.000 metros de profundidade, no mar da costa canadense, por um grupo de cientistas franceses e americanos. O estudo provou que o casco co navio quebrou como se fosse de vidro, e não foi perfurado, como se acreditava antes. Ou seja, a empresa White Star Line, preferiu economizar e acabou dando margem a uma das maiores tragédias marítimas de todos os tempos. (Pesquisa: Conselheiro X.)
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