A Copa do Mundo de 1950 que aconteceu em junho e julho, no Brasil, teve capítulos em Porto Alegre, que sediou jogos daquele que era o quarto campeonato mundial de futebol. Os favoritos, então, eram a Itália - a atual campeã (1938, antes da guerra) e a Inglaterra, e ambas decepcionaram já de início. O Uruguai, sempre respeitado, tinha muita moral e era o xodó dos gaúchos e da imprensa gaúcha, que sempre destacava a "garra dos orientais".
Ao contrário do que se pensa, os nossos vizinhos tinha, no íntimo, a quase certeza de que o seu jogo rápido e eficiente destruiria a tabelinha brasileira e que eles (não apontados como favoritos) poderiam, sim, sair com a taça nas mãos. ´É o que se vê nas páginas do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, capital que sediou jogos da Iugoslávia (também fortíssima candidata), da Suíça (que empatou com o Brasil) e do México (que só pensava em fazer festas).
O velho estádio dos Eucaliptos, do Inter (que cedeu dois jogadores para o selecionado canarinho: Nena e Adãozinho), foi remodelado e ampliado (pelos padrões da época, claro) mas foi o Grêmio porto-alegrense quem fez festas para a Azul celeste quando esta passou por aqui, trazendo consigo a Jules Rimet. Uma delegação oficial do Grêmio homenageou o time de Obdulio Varela quando este desembarcou no então aeroporto de São João, na escala do vôo Rio-Montevidéo. Afinal, estava tudo em casa e o céu era azul...(Vitor Minas)
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