Em uma época de proliferação de religiões e seitas religiosas - geralmente geradas pela voracidade pecuniária de seus "pastores" - é sempre reconfortante encontrar nos arquivos dos jornais de décadas passadas (Correio do Povo) algo que se contraponha à escuridão dos dogmas. No caso, isto aconteceu em 1976 - portanto, há quase 38 anos - quando o então presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, César de Mesquita, do Movimento Democrático Brasileiro, MDB, assumindo certamente uma posição firme e não popular, ameaçou até mesmo renunciar ao cargo se fosse obrigado a ler a Bíblia no início das sessões plenárias. O fato virou notícia e demonstrou que nem todos se curvam aos ditames fáceis da conveniência eleitoral. Em 1976, quando a ditadura ainda estava firme no poder, tal ato assumia um significado ainda mais contundente.
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