Em janeiro de 1980 o Partido dos Trabalhadores, em formação, parecia ser uma nova esperança para os brasileiros, cansados da ditadura militar de direita e também dos partidos tradicionais que levaram a ela. O PT, mesmo com todo o seu radicalismo inicial, tinha a ver com as aspirações de muitas pessoas, especialmente dos jovens. Puro, lutando contra a corrupção política e as velhas práticas nefastas da política brasileira, aos poucos, nos anos seguintes, não obstante criticado e hostilizado, cresceria e se solidificaria como uma das mais importantes agremiações políticas brasileiras. Mas a inexorável realidade de um País de mediocridades, de corruptos e corruptores, de conchavos e acertos financeiros, acabaria por transformá-lo em mais uma outra sigla velha e podre, semelhante a todas as demais. Quanto aos "idealistas" da primeira geração, logo se transformaram em oportunistas cínicos. Mas, em janeiro de 1980, Lula - hoje muito bem de vida - dizia que o partido que se formava não aceitariam "pelegos",como acontecera com o PTB do passado. Velhos e inesquecíveis tempos.
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