Em 1936, quando Flores da Cunha era o governador do Rio Grande do Sul e um dos donos da rádio Farroupilha ("a mais potente"), as três emissoras radiofônicas que então existiam em Porto Alegre disputavam acirradamente o mercado local. A Difusora, a PRF-9, a segunda inaugurada na capital gaúcha, com 5 quilovates de potência na antena e 25 na torre, enfrentava não só a Farroupilha (100 quilovates na base e 25 nas antenas) como a rádio Sociedade Gaúcha. Em um tempo em que não havia sistema de pré-gravação, tudo, naturalmente, era feito ao vivo. As três emissoras contratavam orquestras e artistas famosos que vinham do Rio e permaneciam em Porto Alegre às vezes por semanas, apresentando-se nos cine-teatros locais. A cidade, com pouco mais de 250 mil habitantes, era a terceira mais rica e importante capital brasileira e dispunha de um público exigente para as apresentações artísticas. Em novembro de 1936, a Difusora apresentava no Imperial - o maior cinema da cidade, com quase 1.700 lugares - o show com um "cast" sensacional para aquele início dos anos de ouro do rádio: Aracy de Almeida, as irmãs Pagã e Jorge Murado, entre outros. Reprodução da coleção do Correio do Povo, coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre.
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