Em 1976 o Brasil ainda vivia o regime militar - o presidente era o general Ernesto Geisel, que promovia a abertura política "lenta, gradual e segura". O país vivia um ciclo de desenvolvimento que iria acabar definitivamente nos anos seguinte, com a alta da inflação, o endividamento externo e o arrocho salarial. O Ato Institucional número 5 ainda estava em vigor, e todos os livros, revistas, jornais, filmes, peças de teatro e outras manifestações artísticas precisavam da liberação e aprovação da Censura Federal, em Brasília. Muitos livros, como estes citados na matéria acima do CP, eram simplesmente proibidos e mesmo recolhidos das prateleiras das livrarias. Note-se que um fiu censurado por ser contrário à então moral e bons costumes, enquanto o outro, de José Louzeiro, abordava um caso policial de muita repercussão nos anos 70; o estupro e a morte da menina Araceli, em Vitória, Espírito Santo, crime que envolvia medalhões da cidade.
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