Após a terrível enchente de maio de 1941, que deixou quase 80 mil pessoas sem teto, alojadas em postos públicos de salvamento, passou-se a discutir os meios apropriados de se impedir que tão grande catástrofe se repetisse sobre Porto Alegre. Considerada um dos problemas mais vitais do Estado, a questão das cheias periódicas do Guaíba mereceu longas discussões, com variados e contraditórios pontos de vista. Muitos consideravam que nenhuma obra de engenharia seria capaz de impedir o problema, e que a solução mais racional seria a cidade adaptar-se ao crescimento das águas, incluindo novos padrões de construção. Em julho de 1941, logo depois do término da grande e histórica cheia, o dr. Cândido José de Godoy, em secretário do Estado gaúcho, escreveu esta carta ao Correio do Povo, rebatendo ou corrigindo declarações anteriores.
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