As enchentes do Guaíba sempre foram um dos mais dramáticos problemas para a população de Porto Alegre, que temia as periódicas cheias do rio que hoje é considerado lagoa. Inundações famosas, como a de 1873, a de 1903, a de 1914, a de 1926, a de 1928, a de 1936, seriam superadas pela maior de todas: a grande enchente de 1941, literalmente um divisor de águas na história da capital. A partir daí - e diante do drama humano e dos prejuízos materiais - o governo da União, na época nas mãos dos gaúcho Getúlio vargas, iniciou uma série de obras de contenção que culminaram, décadas mais tarde, como famoso Muro da Mauá, no centro da cidade, contestado por muitos mas aprovado pelos técnicos que estudam o assunto. Em julho de 1937, menos de um ano de uma outra cheia que deixou mais de 50 mil desabrigados em uma cidade de 250 mil habitantes, o Correio do Povo noticiava outra inundação que vitimava a cidade. Atente-se para o título, "Infelicidade que não tem fim", reportando-se o jornal à historicidade do problema. Abaixo, reprodução do Jornal da Manhã, também de Porto Alegre e que durou alguns anos, destacando-se pela bela diagramação e pela cobertura de eventos sociais, música e variedades.
Sobre a enchente de 1941 o autor deste blog, Vitor Minas, tem um trabalho - Águas de Maio, a Grande Enchente de 1941 - e cujo resumo pode ser acessado neste blog e também no Youtube.
Sobre a enchente de 1941 o autor deste blog, Vitor Minas, tem um trabalho - Águas de Maio, a Grande Enchente de 1941 - e cujo resumo pode ser acessado neste blog e também no Youtube.
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