Dona Nídia Ricciardi de Castilhos foi professora e diretora (sete anos) da escola Otávio de Souza, época em que também residia no bairro. Mais de meio século depois, ela lembra do Jardim Botânico (mora hoje na Barão) como uma ilha de tranquilidade e do Otávio de Souza como um colégio de pais interessados e alunos comportados, muitos dos quais a encontram na rua nos dias de hoje: “Eles ainda me cumprimentam e perguntam como estou”, diz.
Natural do Alegrete, na Fronteira, 77 anos de idade, ela começou a dar aulas no antigo Otávio de Souza no distante ano de 1954 – ou seja, 52 anos atrás. Nessa época, recém casada, morava na rua Surupá, “em uma casa de alvenaria, alugada da família Scherer, que tinha muitas casas aqui.” O Otávio só ia até a quinta-série, era ao lado da ESEF e todos, segundo ela, “eram todos do Botânico e todos muito bonzinhos”.
A vida era simples, então, todos se conheciam e aos domingos muitas famílias faziam piqueniques no recém-inaugurado Jardim Botânico. A avenida Salvador França – que ia somente até a rua Felizardo – já era uma avenida movimentada, garante, “muito larga, de terra batida, com muitos ônibus passando”. A Vila dos Bancários já existia, a maioria das residências do bairro eram de madeira e o armazém do Antonio Mocelin, no final da linha do ônibus, era o centro de tudo, uma espécie de supermercado da época.
“Depois veio o seu Alécio, na esquina com a Barão do Amazonas. “Lembro que havia um açougue na esquina da Valparaíso com a Salvador França e um mercado do outro lado, de uns alemães”, recorda. “O prédio que está na esquina da Salvador com a Surupá também já existia, acho que foi o primeiro prédio daqui. Esses dias eu voltei na rua Surupá, não reconheci e perguntei a uma pessoa que rua era aquela. Sabe o que ela respondeu: é a rua em que a senhora morou!... Sei que está diferente, muito bonita”.
Para matar as saudades desse tempo, dona Nídia e as antigas professoras e amigas do colégio Otávio de Souza reúnem-se uma vez por mês. “Tomamos chá e falamos daquela época”, conta ela.
Natural do Alegrete, na Fronteira, 77 anos de idade, ela começou a dar aulas no antigo Otávio de Souza no distante ano de 1954 – ou seja, 52 anos atrás. Nessa época, recém casada, morava na rua Surupá, “em uma casa de alvenaria, alugada da família Scherer, que tinha muitas casas aqui.” O Otávio só ia até a quinta-série, era ao lado da ESEF e todos, segundo ela, “eram todos do Botânico e todos muito bonzinhos”.
A vida era simples, então, todos se conheciam e aos domingos muitas famílias faziam piqueniques no recém-inaugurado Jardim Botânico. A avenida Salvador França – que ia somente até a rua Felizardo – já era uma avenida movimentada, garante, “muito larga, de terra batida, com muitos ônibus passando”. A Vila dos Bancários já existia, a maioria das residências do bairro eram de madeira e o armazém do Antonio Mocelin, no final da linha do ônibus, era o centro de tudo, uma espécie de supermercado da época.
“Depois veio o seu Alécio, na esquina com a Barão do Amazonas. “Lembro que havia um açougue na esquina da Valparaíso com a Salvador França e um mercado do outro lado, de uns alemães”, recorda. “O prédio que está na esquina da Salvador com a Surupá também já existia, acho que foi o primeiro prédio daqui. Esses dias eu voltei na rua Surupá, não reconheci e perguntei a uma pessoa que rua era aquela. Sabe o que ela respondeu: é a rua em que a senhora morou!... Sei que está diferente, muito bonita”.
Para matar as saudades desse tempo, dona Nídia e as antigas professoras e amigas do colégio Otávio de Souza reúnem-se uma vez por mês. “Tomamos chá e falamos daquela época”, conta ela.
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