sexta-feira, agosto 29, 2008

Piloto se suicida a 10 mil metros de altura

Boeing 737-300: subitamente o piloto mergulhou nas águas de um rio.
É algo raríssimo, tão raro que é de se duvidar que aconteça. Mas acontece. Um piloto com problemas mentais, disposto a por fim à vida, mergulha o avião de passageiros em direção ao solo e mata todo mundo. Quem imaginou um pesadelo desses? Pois foi, ao que tudo indica, o que aconteceu em dezembro de 1997, na Indonésia. Era o vôo 185 da SilkAir, uma companhia aérea de Cingapura.

O avião Boeing 737-300 havia partido de Jacarta e, quando estava a 10.300 metros de altura, subitamente embicou e, em um movimento de 180 graus, mergulhou em direção às águas de um rio. O piloto, Tsu Way Ming, não se comunicou com a torre de controle, não pediu ajuda e naquele momento estava com a aeronave nivelada em altitude e velocidade de cruzeiro - considerada a etapa mais segura do vôo.

O que intrigou os peritos, além da manobra brusca, foi o fato de um dos gravadores de bordo ter parado em pleno vôo, o que só acontece se alguém desligá-lo deliberadamente - afinal, o gravador comanda todos os circuitos eletrônicos do aparelho. Quanto ao piloto, apurou-se que atravessava um período de dificuldades financeiras e familiares e já havia sofrido três punições por errros de procedimento no comando. Ele era casado e tinha três filhos.

O diretor-geral da companhia aérea, em pronunciamento público, declarou: "Com base nas informações que temos até agora, penso que essa( suicídio) possa ser uma possibilidade". Embora remota, a possibilidade de um piloto suicidar-se no ar, levando consigo todos os passageiros de um avião, deve ser levada em conta.

Em 1982, um piloto da Japan Airlines derrubou o DC-8 que pilotava na baía de Tóquio, matando 24 das 164 pessoas a bordo. Ele, o piloto, sobreviveu e confessou o ato, tendo sido internado em uma clínica psiquiátrica. Uma convenção internacional determina que todos os pilotos de avião sejam submetidos regularmente a exames de saúde de extremo rigor, incluindo aí uma avaliação psicológica, o que nem sempre quer dizer muita coisa.

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