segunda-feira, dezembro 29, 2008

Erros de comunicação mataram os Mamonas

Os Mamonas morreram no auge do sucesso. A torre não entende o piloto. O piloto não entende a orientação da torre. Nesse meio tempo, há uma troca de torres, pois os operadores do tráfego aéreo precisam atender a mais dois aviões que se preparam para pousar no aeroporto de Guarulhos. Na troca, uma torre não sabe a orientação que a outra passou e ninguém mais se entende - mas todos acham que está tudo bem.
Resultado: às 23h15min58 seg, o piloto do Learjet prefixo PT-LSD deixa de falar com a torre e, dois segundos depois, o avião se espatifa sobre a Serra da Cantareira, matando os cinco integrantes do grupo Mamonas Assassinas e mais dois tripulantes, também da equipe.
Esta é a conclusão de um relatório confidencial da Aeronáutica, ao qual a revista Veja teve acesso, e revelou em sua edição de 29 de maio de 1996, poucos meses depois do acidente com os Mamonas, na noite de 2 de março de 1996. O relatório é baseado na caixa preta e nas gravações.
Foi possível reconstituir o que aconteceu, especialmente nos últimos trágicos três minutos - e como, segundo a revista, "a incompetência e o azar mataram os Mamonas".
TUDO ERRADO - O avião decolou de brasília - onde fizeram o último show - quando faltavam dois minutos para as 10 horas da noite de 2 de março. A 15 minutos do pouso em Guarulhos, o Learjet perdeu contato com brasília e passou a comunicar-se com Guarulhos. Está tudo normal, o tempo é bom, o vento também, e tudo indica que não haverá nenhum problema. Cinco minutos após o primeiro contato, a 40 km da pista, a torre pede ao co-piloto que informe a sua posição.
Aí, o início da tragédia: ele diz que é "180", mas não era. Era 170. A torre manda que vire 10 graus. Ele vira.
Minutos depois a torre pede ao co-piloto para informar a velocidade do vento. Ele consulta o equipamento de bordo, que informa um vento de 400 km por hora - velocidade impossível, quase um tufão. Nesse momento, o co-piloto percebe que o equipamento não está funcionando e diz à torre que não tem condições de falar do vento. A torre concorda que a velocidade era um dado absurdo e o desconsidera. Até aqui, problema nenhum. As condições do vento eram normais.
Prossegue a revista, em sua matéria "Três Minutos Fatais": "Há tranquilidade no avião, tudo corre bem, mas os Mamonas estão a cinco minutos e 29 segundos da morte. O avião está a 18 km da pista."(...) "Coisas estranhas começam a ocorrer. Mesmo assim, limita-se a informar ao co-piloto sua posição e diz para, daí em diante, comunicar-se com outra central, a Torre Guarulhos. (...)
"Sete segundos mais tarde o avião dos mamonas informa para a nova torre." - Sierra delta arremetendo."
Começou o desastre. Faltam três minutos e 32 segundos para o choque. (...) "Agora quem fala com a torre não é mais o co-piloto Takeda. É o próprio piloto Jorge Luiz Germano Martins, que será encontrado morto com o microfone no colo. Ele informa que levantará o avião e fará a volta para tentar o pouso de novo. A manobra é correta, só que o retorno deveria ser feito virando à direita. O piloto informa que fará "curva à esquerda" e a torre não o corrige, mandando "curva à direita". Em seguida, nova falha de comunicação." - Prossiga então para o setor sul - diz a torre." - Afirmativo, setor norte - responde o piloto." Estava tudo errado. A torre diz "sul" e o piloto entende "norte". Se fosse na direção "sul", o avião faria o retorno. Como ia na direção errada, rumava para a Serra da Cantareira. Havia ainda uma chance. O piloto, mesmo sem saber se ia para a serra, informa que fará a curva para ficar de novo, de frente para a pista. Se fizesse essa manobra, não haveria acidente. Mas a torre pede que não faça isso, pois há outros dois aviões prontos para pousar e terá de monitorá-los. Pede ao piloto que volte a comunicar-se com a torre original. À torre original, o piloto informa que, em vez de fazer a curva que pretendia, está "alongando a perna do vento", ou seja, está seguindo reto." - O.K. - diz a torre - mantenha a perna do vento".
Faltam dez segundos para a morte. O avião dos Mamonas não tem aparelhos de bordo para detectar obstáculos à frente. Segue reto. Não há nenhum sinal de pânico ou tumulto na tripulação. Mas, para os passageiros, leigos no assunto, há motivo para tensão, pois o avião não pousou como deveria. Ninguém suspeita que há uma enorme montanha ali na frente.
"- Afirmativo - diz o piloto, seguindo a orientação de manter-se em linha reta. Faltam dois segundos."O avião se estraçalha na Serra da Cantareira. Eram 23h16minutos." (Pesquisa e texto: Conselheiro X.)



 

10 comentários:

Unknown disse...

irresponsaveis mataram nossos idolos

Anônimo disse...

Muito triste...hj ouvi o cd deles...como pôde acontecer tantos erros!!!

clayton alexandre100%músico-banda mattilde disse...

sem querer defender o piloto ,nem ninguem eu tenho uma tese eu pensei na possibilidade deste dialogo entre piloto e torre ter sido feito peo dinho e a torre pois no momento que a torre fala setor sul e a aeronave diz setor norte pode bem ter sido uma brincadeira do dinho sem bem que pelo que enadei pesquisando o piloto foi encontrado morto com o telefone no colo porque é incomcebível tantos erros para um piloto profissional com uma certa experiência em horas de voo mas foi lamentavael o acidente !

clayton alexandre100%músico-banda mattilde disse...

sem querer defender o piloto ,nem ninguem eu tenho uma tese eu pensei na possibilidade deste dialogo entre piloto e torre ter sido feito peo dinho e a torre pois no momento que a torre fala setor sul e a aeronave diz setor norte pode bem ter sido uma brincadeira do dinho sem bem que pelo que enadei pesquisando o piloto foi encontrado morto com o telefone no colo porque é incomcebível tantos erros para um piloto profissional com uma certa experiência em horas de voo mas foi lamentavael o acidente !

Anônimo disse...

Eu tenho outra tese . . . na minha opinião na hora que a torre diz : '
setor sul' e a aeronave responde : 'setor norte' . . . a torre errou tbm pq deveria ter tentado corrigir o erro do piloto por exemplo : olha presta atenção eu não falei setor norte eu falei setor sulllll tá? . . . ele não corrigiu o piloto aí talvez se a torre tivesse corrigido o piloto hj eles estariam vivos. . . e nos trazendo alegria ainda !!! . . . Mamonas Assassinas 4 ever !!! . . .

Anônimo disse...

Olha pra um controlador de torre ele agiu errado . . . houve negligência aí na hora que uma torre trocava de comando com a outra . . . eles tipo não passaram a situação da aeronave pra outra torre e não advertiu a aeronave por exemplo : não falei setor norte , falei setor sul cara vc tá na direção errada tá indo de encontro com a serra da Cantareira . . . Isso era o mínimo que as torres de comando deveriam ter feito por eles. . . houve negligência sim eram NOVE (9) vidas que estavam em risco CARA!!!... eu.no lugar desses controladores de torre teria feito isso que tô te falando que eles deveriam ter feito!!!...

Anônimo disse...

Pega o relatório inteiro (na íntegra e não como está aqui), e chegará na conclusão de que a culpa foi da torre de controle que não orientou corretamente o piloto. O piloto apesar de experiente nunca tinha pousado em guarulhos. A primeira torre de controle errou pois não orientando corretamente o piloto (deveria ter pedido pro
Piloto diminuir a velovidsde) e nas passou as coordenadas corretas para a segunda torre. A segunda também errou (propositalmente) sabiam que era o avião dos mamonas e ainda falaram tirando sarro é o avião das mocinhas. O que culminou na morte de uma das bandas mais legais que o Brasil teve.

clayton alexandre100%músico-banda mattilde disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
clayton alexandre100%músico-banda mattilde disse...

lembrando que o learjet não possuía caixa preta !

Unknown disse...

Propositalmente me parece um argumento convincente
Faz sentido
Pelo fato deles ser uma banda amada pelas crianças
Odiada pelos adultos
Mas não acho que faz sentido
Eles são muitos profissionais cara