Magali, a empresária dos alimentos.
Quem passa pela rua Felizardo, esquina com a Guilherme Alves (defronte à casa que era do seu Alécio e de dona Idalina), vê diariamente os "vendedores de pão" que ficam na esquina. Ou melhor, vendedor ou vendedora - sempre um, unicamente.Vestidos de jaleco branco e boné da mesma cor, com o produto rigorosamente embalado em plástico, eles permanecem ali de sábado a sábado, das 14 às 20 horas, faça sol ou faça chuva. Quando o tempo é ruim, o vendedor(a) abre o guarda-sol de praia e, com um tabuleiro preso nos ombros, prossegue anunciando seu produto (pães caseiros e cachorro-quente), sempre de forma educada, a passantes e motoristas que aguardam o sinal abrir.Há um ano trabalhando no local, Magali Piazza é uma pequena empresária que, graças ao seu tino comercial, cativou uma clientela não só do bairro como pessoas de outros pontos da cidade que passam pelo Jardim Botânico. "Vendo bem. Temos uma boa clientela", afirma. Magali diz contar com outras pessoas "que nos ajudam". Mas na tarde desta quarta-feira era ela própria quem estava lá. Durante a entrevista vendeu dois pães e conversou com várias pessoas. Embora afirme que vende cerca de 20 pães diariamente, é lícito imaginar que seja mais do que isso.O pão colonial é feito em casa, na rua Tibiriçá, no Jardim do Salso, onde ela mora com o marido. É ele quem a traz até aqui, em um carro Scort. Os pães são feitos sempre à noite, com ovos e leite e "suavemente doces". Isso, é claro, importa em muito trabalho - "não páro nunca".Trabalho que inicia à meia-noite e vai até cerca das 2h30min da manhã. Depois disso eles descansam. Ao acordam, saem à luta e só retornam para casa quase no final da noite.Vender pães e cachorros, segundo Magali, "dá para sobreviver". Ela até sonha com algo maior, como abrir uma padaria, mas diz não ter capital: "Teria que conseguir empréstimo, recorrer a bancos". O melhor horário das vendas inicia às 17 horas, quando o movimento de veículos e pessoas voltando do serviço é maior.Magali tem outro ponto, na rua onde mora, e diz que veio para cá depois de estudar o movimento("é uma esquina movimentada") e de consultar os comerciantes da volta, para saber se tinham alguma objeção ao seu trabalho. Ela não constituiu empresa, porém nunca teve problemas com os fiscais da Prefeitura - e assim vai tocando o seu negócio.Negócio trabalhoso: no inverno tem a chuva, o frio e o vento. No verão, o calor e o sol escaldante. Pensando em expansão, colocou uma tele-entrega para os moradores do bairro - a partir de dois pães ela entrega a domicílio. O pão - com quase meio-quilo - custa R$ 3,00. Já o cachorro custa R$ 1,50.Nada mau para quem estava desempregada e já havia trabalhado em lojas, em shoppings center e até em bingo.
Quem passa pela rua Felizardo, esquina com a Guilherme Alves (defronte à casa que era do seu Alécio e de dona Idalina), vê diariamente os "vendedores de pão" que ficam na esquina. Ou melhor, vendedor ou vendedora - sempre um, unicamente.Vestidos de jaleco branco e boné da mesma cor, com o produto rigorosamente embalado em plástico, eles permanecem ali de sábado a sábado, das 14 às 20 horas, faça sol ou faça chuva. Quando o tempo é ruim, o vendedor(a) abre o guarda-sol de praia e, com um tabuleiro preso nos ombros, prossegue anunciando seu produto (pães caseiros e cachorro-quente), sempre de forma educada, a passantes e motoristas que aguardam o sinal abrir.Há um ano trabalhando no local, Magali Piazza é uma pequena empresária que, graças ao seu tino comercial, cativou uma clientela não só do bairro como pessoas de outros pontos da cidade que passam pelo Jardim Botânico. "Vendo bem. Temos uma boa clientela", afirma. Magali diz contar com outras pessoas "que nos ajudam". Mas na tarde desta quarta-feira era ela própria quem estava lá. Durante a entrevista vendeu dois pães e conversou com várias pessoas. Embora afirme que vende cerca de 20 pães diariamente, é lícito imaginar que seja mais do que isso.O pão colonial é feito em casa, na rua Tibiriçá, no Jardim do Salso, onde ela mora com o marido. É ele quem a traz até aqui, em um carro Scort. Os pães são feitos sempre à noite, com ovos e leite e "suavemente doces". Isso, é claro, importa em muito trabalho - "não páro nunca".Trabalho que inicia à meia-noite e vai até cerca das 2h30min da manhã. Depois disso eles descansam. Ao acordam, saem à luta e só retornam para casa quase no final da noite.Vender pães e cachorros, segundo Magali, "dá para sobreviver". Ela até sonha com algo maior, como abrir uma padaria, mas diz não ter capital: "Teria que conseguir empréstimo, recorrer a bancos". O melhor horário das vendas inicia às 17 horas, quando o movimento de veículos e pessoas voltando do serviço é maior.Magali tem outro ponto, na rua onde mora, e diz que veio para cá depois de estudar o movimento("é uma esquina movimentada") e de consultar os comerciantes da volta, para saber se tinham alguma objeção ao seu trabalho. Ela não constituiu empresa, porém nunca teve problemas com os fiscais da Prefeitura - e assim vai tocando o seu negócio.Negócio trabalhoso: no inverno tem a chuva, o frio e o vento. No verão, o calor e o sol escaldante. Pensando em expansão, colocou uma tele-entrega para os moradores do bairro - a partir de dois pães ela entrega a domicílio. O pão - com quase meio-quilo - custa R$ 3,00. Já o cachorro custa R$ 1,50.Nada mau para quem estava desempregada e já havia trabalhado em lojas, em shoppings center e até em bingo.
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