Tem coisas aparentemente insignificantes que são mesmo um pé no saco. Ligo para um número na Serra e está sempre ocupado. Até aí, normal. O que me irrita é que em vez do clássico e prático tuin-tuin agora vem uma gravação com a voz melosa de uma mulher de plástico: "O número que você ligo se encontra momentaneamente ocupado e...". Porra, pra que isso? Por que não usar o velho sistema do barulhinho e botar uma mocréia para dizer o que a gente sabe? E por que o "momentaneamente"? Afinal, imagino que o número que eu liguei não vai ficar ocupado para o resto da vida.
Outra coisa que me invoca em Porto Alegre (sem falar no calor infernal do verão etc etc) é essa história dos "radares móveis". Para os sortudos que não moram aqui, explico que os tais radares móveis são aqueles aparelhos que detectam e multam o motorista em excesso de velocidade nas vias urbanas. Pois é, uma coisa boa e tal. Só que os gênios gaúchos e portoalegrenses devem ter nascido em Portugal. Em vez de colocarem aquilo nos mocós, bem escondidinhos, eles divulgam publicamente e com estardalhaço a localização e o dia em que tais "pardais" vão estar funcionando. "Na Estrada do Caralho Grosso, dia 16, estará funcionando o radar móvel". Deve ser mesmo piada de português. Ora, o motorista simplesmente é avisado a ter cuidado naquele trecho, assim como um ladrão é alertado a não roubar onde tem polícia.
Imagino o que um cidadão desses países de "primeiro mundo" não pensaria disso. Aliás, imagino o que qualquer pessoa lógica e sensata não pensa a respeito. Faz-me rir, Acácio. (Conselheiro X.)
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