Audiência do Policial x jornalista atrai atenção da mídia
Repórteres de jornal, rádio e televisão acompanharam os depoimentos agora à tarde
O ex-policial do DOPS gaúcho João Augusto da Rosa deve estar arrependido de ter entrado com processo por danos morais contra o jornalista Luiz Cláudio Cunha, pois o caso está recebendo ampla repercussão na imprensa nacional. Agora à tarde, mais de uma dezena de jornalistas de jornal, rádio e televisão acompanharam a audiência em que Luiz Cláudio depôs, como autor do livro Operação Condor: O Sequestro dos Uruguaios, que conta a história do sequestro de Lílian Celiberti, seus dois filhos menores e seu companheiro Universindo Diaz ocorrido em Porto Alegre, em novembro de 1978.
Irno, como o ex-inspetor do DOPS era conhecido quando integrava uma equipe de repressão no sul do país durante a ditadura militar, sentiu-se ofendido por ser nominado como “medíocre” no livro, ao mesmo tempo em que se queixa porque Luiz Cláudio não menciona sua absolvição por “falta de provas” no recurso que apresentou em 1983, em segunda instância, quando foi acusado de ter participado da ação de sequestro. Agora à tarde, na 18ª Vara Cível de Porto Alegre, o jornalista foi categórico em afirmar que não via motivos para citar a absolvição porque sabe que esta só ocorreu por falta de provas. “Tenho certeza do que escrevi. Foi este João Augusto da Rosa, o autor da ação que está sentado aqui agora, quem colocou um revólver na minha testa quando eu flagrei o sequestro. Esta é uma cena, excelência, que não se esquece nunca”, afirmou, ao depor para a juíza.
Representantes da ARI (Associação Riograndense de Imprensa), do Sindicato dos Jornalistas, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos e colegas jornalistas acompanharam a audiência. Irno falou por menos de cinco minutos, para reiterar sua queixa, enquanto Luiz Cláudio detalhou suas razões por cerca de meia hora. Depois, em poucos minutos, também depuseram a uruguaia Lilian Celiberti e o fotógrafo Ricardo Chaves, o Kadão, que acompanhou Luiz Cláudio em muitas de suas reportagens para a revista Veja, ao longo do ano de 1979. Ambos também foram firmes ao sustentar que o cidadão presente na audiência e autor da ação, João Augusto da Rosa, é, de fato, o mesmo inspetor Irno que atuou como um dos sequestradores.
Leia mais sobre o assunto:
Policial processa jornalista que denunciou o sequestro dos uruguaios
Luiz Cláudio não aceita dúvidas levantadas por Brossard
Durante os autógrafos, dois momentos constrangedores
Luiz Cláudio lança livro em que conta o sequestro dos uruguaios
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O ex-policial do DOPS gaúcho João Augusto da Rosa deve estar arrependido de ter entrado com processo por danos morais contra o jornalista Luiz Cláudio Cunha, pois o caso está recebendo ampla repercussão na imprensa nacional. Agora à tarde, mais de uma dezena de jornalistas de jornal, rádio e televisão acompanharam a audiência em que Luiz Cláudio depôs, como autor do livro Operação Condor: O Sequestro dos Uruguaios, que conta a história do sequestro de Lílian Celiberti, seus dois filhos menores e seu companheiro Universindo Diaz ocorrido em Porto Alegre, em novembro de 1978.
Irno, como o ex-inspetor do DOPS era conhecido quando integrava uma equipe de repressão no sul do país durante a ditadura militar, sentiu-se ofendido por ser nominado como “medíocre” no livro, ao mesmo tempo em que se queixa porque Luiz Cláudio não menciona sua absolvição por “falta de provas” no recurso que apresentou em 1983, em segunda instância, quando foi acusado de ter participado da ação de sequestro. Agora à tarde, na 18ª Vara Cível de Porto Alegre, o jornalista foi categórico em afirmar que não via motivos para citar a absolvição porque sabe que esta só ocorreu por falta de provas. “Tenho certeza do que escrevi. Foi este João Augusto da Rosa, o autor da ação que está sentado aqui agora, quem colocou um revólver na minha testa quando eu flagrei o sequestro. Esta é uma cena, excelência, que não se esquece nunca”, afirmou, ao depor para a juíza.
Representantes da ARI (Associação Riograndense de Imprensa), do Sindicato dos Jornalistas, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos e colegas jornalistas acompanharam a audiência. Irno falou por menos de cinco minutos, para reiterar sua queixa, enquanto Luiz Cláudio detalhou suas razões por cerca de meia hora. Depois, em poucos minutos, também depuseram a uruguaia Lilian Celiberti e o fotógrafo Ricardo Chaves, o Kadão, que acompanhou Luiz Cláudio em muitas de suas reportagens para a revista Veja, ao longo do ano de 1979. Ambos também foram firmes ao sustentar que o cidadão presente na audiência e autor da ação, João Augusto da Rosa, é, de fato, o mesmo inspetor Irno que atuou como um dos sequestradores.
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