Em 1975 a Borreggard norueguesa sentiu que estava na hora de cair fora, tanto o ódio da população porto-alegrense e da região metropolitana às emissões aeréas (e também aquáticas) dos seus "odores nauseabundos" e "pútridos", infectando os ares de uma capital que já se orgulhava de ter mais de 1 milhão de habitantes e de viver um criativo tempo de mudanças - em que pese a decadência do seu centro e o grande aumento da criminalidade. Esperta, a empresa multinacional mudou, pelo menos nominalmente, de donos e foi parar nas mãos do Montepio da Família Militar, isso em plena época da ditadura, quando os militares podiam tudo e mais um pouco. Mesmo assim - ou talvez por isso mesmo - continuou a enganar, a mentir, a fazer falsas promessas e, claro, a largar a velha fumaça que, empestando os ares, fazia muita gente vomitar e sentir náuseas. Foi asim nesta ocasião de junho de 75, aqui descrita pelo jornal Correio do Povo, que, pressionado por seus muitos leitores e assinantes, movia uma verdadeira campanha contra a "malsinada" fábrica de celulose e que era, então, a inimiga pública de todos os moradores da Mui Leal e Valerosa cidade de Porto Alegre.
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