Quem pesquisas jornais antigos invariavelmente se depara com notícias impactantes, e que, no entanto, são apenas meros factoides que rendem manchetes - nada mais que isso. Em 1963, por exemplo, quando Ieda Maria Vargas conquistava o título de Miss Universo, o Grêmio era campeão gaúcho e o Brasil vivia uma fase de agitação e radicalização política que desembocaria no golpe de 64, saiu esta manchete no Correio do Povo, de Porto Alegre: uma usina nuclear a ser construída no Rio Grande do Sul... Somente na segunda metade da década de 70 é que isso aconteceu, e não foi no Rio Grande do Sul e sim no Rio de Janeiro, com as usinas Angra do acordo Brasil-Alemanha do general-presidente Ernesto Geisel.
Há muitos fatos assim - factoides depois esquecidos pelos próprios jornalistas, categoria de curta memória. Outro factoide que poucos lembram é o projeto de se abrir um canal, ligando Porto Alegre ao oceano Atlântico, na década de setenta, algo que encurtaria a distância para as viagens de navios, que não mais precisariam descer a Lagoa dos Patos e sair pela Barra de Rio Grande. Ou o túnel debaixo do Guaíba, que também chegou a ter um projeto técnico e teve a aprovação do presidente Eurico Gaspar Dutra, em 1950. É claro que não saiu disso.
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