O Pasquim marcou época, por seu vanguardismo, humor e ousadia. Mas o início do semanário, fundado em 1969, não foi nada fácil - o Brasil vivia uma franca ditadura militar após a decretação do AI-5, e o pessoal do Pasquim - que havia publicado uma charge considerada desrespeitosa às autoridades, além da polêmica entrevista com Leila Diniz - logo acabou em cana. Em dezembro de 1970 o regime dos generais tentou asfixiar a publicação, determinando a sua suspensão e prendendo quase toda a equipe - eles passaram as festas de final de ano encarcerados, no Rio. Os talentosos jornalistas e humoristas, porém, tinham muitos amigos - todos igualmente talentosos, que se encarregaram de tocar o barco e não deixar o jornal morrer. Nesta reprodução de uma matéria do Correio do Povo, de Porto Alegre, noticiou-se a "suspensão" da circulação do tablóide, algo que afinal acabou não acontecendo, embora a censura prévia continuasse feroz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário