A Argentina sempre foi um país passional e extremado que tinha tudo para dar certo - um povo homogêneo e alfabetizado, vastos recursos naturais, capacidade de trabalho etc. Mas o radicalismo, o caudilhismo e o militarismo fez essa nação - que já foi o celeiro do mundo e tinha um alto padrão de vida na primeira metade do século - perder o bonde da História. Em 1975 e 1976 o nosso vizinho vivia uma situação de caos, no governo de Isabelita, a mulher e sucessora de Juan Perón, e o golpe militar estava previsto com um ano de antecedência. Depois que ele aconteceu, no final de março, os grupos esquerdistas da luta armada, muito mais organizados e radicais do que os similares brasileiros, continuaram em armas, apesar da feroz repressão das Forças Armadas e dos grupos paramilitares de direita. Previa-se até mesmo que a situação degenerasse em uma guerra civil. Os guerrilheiros de esquerda não desanimaram e continuaram ações tão ousadas como o de ataques a quartéis, em batalhas como a que se vê na reprodução acima, com mais de cem mortos, em 1975. A reprodução é do Correio do Povo, coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre.
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